Capítulo 7

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Gisele

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Gisele

Rayssa caminha até o sofá e senta os dois meninos no móvel, eles olham ao redor com curiosidade. Desvio deles e fito minha amiga que indica as crianças com o queixo.

Eu tenho zero contato com crianças e não sei nem como começar a interagir com elas.

― Não são nenhum bicho-papão, deixe-os conhecerem você ― ela sussurra ao meu ouvido e eu assinto.

Abaixo-me até ficar na altura dos olhos deles.

― Oi, meu nome é Gisele, eu sou amiga do seu irmão.

Namolada dele? ― O mais novo retira o dedo da boca, rapidamente fala de um jeito meio enrolado e volta à posição anterior.

― Cadê o meu irmão? ― o outro pergunta com a voz trêmula.

― Seu nome é Marcelo. ― Aponto para o irmão menor. ― E você é o Matheus. ― Desvio para o outro que Bellini disse ser 2 anos mais velho, mas parece pequeno demais para um garoto de 4 anos.

Na verdade, os dois são pequenos demais, mas como disse antes, não entendo muito sobre crianças.

― Seu irmão falou muito de vocês. ― Elevo uma mão e acaricio os seus rostos.

― Cadê o Marco? ― Matheus pergunta novamente.

― Ele teve um dodói aqui. ― Aponto para o peito dele.

― Ele vai molê? ― Marcelo indaga começando a choramingar.

― Neste momento, ele está sendo cuidado para tratar o dodói.

Eles começam a chorar e eu olho para Rayssa buscando ajuda.

Ela pega Marcelo no colo, me pede para sentar no lugar dele no sofá e põe o menino no meu colo e eu a fito com os olhos arregalados.

― Você prometeu cuidar deles, ser responsável por eles, e isso inclui dar-lhes segurança, eles estão tão assustados quanto você, estão com medo, abrace-os ― incentiva e eu aconchego o menino na minha perna e puxo o outro para mais perto.

― Vocês vão ficar comigo enquanto seu irmão se recupera, vou cuidar de vocês. ― Embalo os dois e beijo a cabeça deles.

― Eu vou buscar umas coisas bem gostosas para vocês comerem. ― Rayssa inclina o corpo e beija a cabeça de ambos.

― Obrigada ― sussurro para ela.

Ela pisca para mim e sai.

Converso com as crianças, digo algo que desejo do fundo do meu coração: que Bellini ficará bem. A merda é que como cirurgiã eu sei que toda cirurgia tem riscos e eu não tenho noção de qual foi o dano que a bala causou, mas mesmo assim eu prometo que ele ficará bem, porque simplesmente não consigo imaginar outra alternativa.

Bellini- O Amor pode estar onde menos se espera.Onde histórias criam vida. Descubra agora