Capítulo 3

482 109 17
                                    

Gisele

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Gisele

Pelo retrovisor, vejo-o atravessar a rua correndo.

― Se não fosse por Bellini, nem sei como sairíamos dali ― o motorista comenta.

Até abro a boca para dizer que ele foi muito irresponsável ao ir por aquele caminho, mas escolho ficar calada, hoje o dia já foi estressante demais.

― Por favor, me leve para outro endereço. ― Passo o endereço da casa dos meus pais. Se eu não for para lá agora, minha mãe surta de vez.

Algum tempo depois, chego à mansão dos meus pais. Pago o motorista, me despeço dele e, antes de entrar, minha mãe sai e se joga nos meus braços, me abraça forte e eu deixo sair um pouco do temor que eu senti.

― Eu tive tanto medo, filha. ― Ela beija cada lado do meu rosto.

― Eu estou bem, mãe, não se preocupe.

― Ainda bem que você veio para cá, se fosse para seu apartamento, eu surtava.

― Não tenho a menor dúvida disso. ― Beijo seu rosto e abraço sua cintura enquanto entramos na casa.

O motorista do meu pai estaciona o carro na frente do hospital e eu estranho os carros de polícia parados em frente ao prédio.

― O que houve aqui? ― pergunto indicando os oficiais armados.

Meu pai suga uma boa quantidade de ar e solta em uma lufada forte.

― Ontem teve uma operação policial em uma comunidade, muitos feridos e um deles foi trazido para cá. A maioria já foi liberado ou transferido, mas um ainda está aqui, estamos tentando a transferência dele, o problema é que os hospitais públicos estão lotados, o paciente está em coma na UTI e o advogado dele conseguiu uma liminar que lhe dá o direito de ficar no hospital.

― Ainda não entendi o porquê dos policiais.

― Parece que ele é um criminoso procurado.

Faço um meneio afirmativo. Não é a primeira vez que passamos por uma situação assim, normalmente elas não duram mais que algumas horas antes de conseguirem uma vaga em um hospital público e transferir o paciente.

― Tem certeza que já está pronta para voltar? ― meu pai indaga mudando de assunto enquanto segura minha mão.

― Sim, pai, já fazem quase duas semanas que cheguei.

Foram dias agitados, participei da festa que minha mãe ofereceu, compareci a almoços e jantares que meu pai marcou com executivos da área médica, estou acostumada a isso, é fácil de lidar. Sei que meus pais me amam, mas também sei serem difíceis de conviver, nosso relacionamento é tranquilo porque temos objetivos profissionais parecidos, ou seja, eu faço o que eles esperam de mim.

Bellini- O Amor pode estar onde menos se espera.Onde histórias criam vida. Descubra agora