Capítulo 11

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Gisele

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Gisele

Nos dias que se seguiram, quase não pude estar com Bellini. Em uma das vezes em que fui visitá-lo, ele prestava depoimento para a polícia, então o deixei sozinho com os policiais. No dia seguinte, era um grupo de enfermeiras; nos outros, fiquei presa entre cirurgia e reunião para tentar resolver o problema do hospital de São Paulo.

Mas diariamente fazia chamada de vídeo para ele conversar com os pequenos e, nesses momentos, sorria largo a cada vez que seus olhos paravam em mim.

Somente no dia em que teve alta, eu consegui conversar com ele a sós.

— Finalmente está de alta. — Beijo-o, ciente de que meu irmão acompanha cada movimento que eu faço.

― Foram 10 dias aqui, estou louco para ver meus irmãos. ― Ele sorrir largo.

Tive uma séria discussão há 2 dias com Pedro, informei que ele continuaria em suas funções administrativas e ele rebateu que eu voltara para assumir tudo. Mas meus planos mudaram e não só ele como toda a minha família terá que entender isso.

Não está sendo nada fácil e eu sabia que não seria, mas quando chego em casa e aqueles pequenos me abraçam forte, me beijam e me pedem doce e chocolate, esqueço um pouco das dores de cabeça que estou tendo com a minha família.

— Alguma recomendação especial? — indago olhando para Pedro.

— O de praxe, sem muito esforço, curativo uma vez ao dia, alimentação balanceada e retorno em quinze dias para avaliação.

— Obrigada — agradeço e viro meu rosto para Bellini. — Então, pronto para irmos?

— Gisele, posso conversar com você um instante? — Pedro pede sem disfarçar a irritação.

— Acho melhor não, vou deixá-lo em casa e voltar correndo para uma reunião, meu tempo está curto.

— Será rápido — insiste.

— Volto logo. — Beijo Bellini que fica em silêncio, mas atento ao que estamos conversando.

Gosto tanto dessa forma dele agir, não é a primeira vez que eu reparo nisso, é como se ele soubesse que eu preciso lutar minhas batalhas, mas seu olhar me mostra que estará ali se precisar de ajuda.

Saio do quarto com Pedro e vamos para uma sala vazia.

— Você vai mesmo levá-lo para sua casa?

— Não que isso seja da sua conta, mas vou, sim.

— Gisele, pelo amor de Deus, você já está indo longe demais!

— Pedro, quando foi que eu interferi em seus relacionamentos?

— Não tenho relacionamentos, só casos.

— Talvez este seja o problema, não estou em um caso, em algo passageiro. Quanto mais rápido você entender isso, melhor. Você quer me passar alguma informação sobre o seu paciente?

Bellini- O Amor pode estar onde menos se espera.Onde histórias criam vida. Descubra agora