Capítulo 8

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Gisele

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Gisele

Foi difícil adormecer. Além da minha cabeça estar atordoada pelo que houve, não estou acostumada a dormir com ninguém ao meu lado, e ter dois pequenos grudados em mim como se eu fosse seu Norte, também não ajudou em nada para relaxar.

Com cuidado para não os acordar, saio da cama e ando devagar até me acomodar em um pequeno sofá próximo da janela. Um sorriso brinca em meu rosto ao contemplar as ondas se quebrarem na areia formando uma espuma branca.

Apesar de morar de frente para a praia, eu raramente paro para olhar o mar, é engraçado como diante de algumas situações coisas que não eram importantes de repente passam a ser.

Olhando para a praia, vendo o amanhecer, penso que os pequenos gostariam de brincar naquela areia. Faço um meneio de cabeça e viro meu rosto para a cama, em que seguem adormecidos.

Resolvo tomar um banho frio, fazer uma quantidade absurda de café e começar a procurar por babás para ficar com eles enquanto estou no hospital, não posso levá-los comigo e também não tenho como ficar em casa.

Enquanto sigo com minha pesquisa pela agência de Baby Sister, minha campainha toca me fazendo franzir o cenho e ao olhar pelo painel eletrônico, vejo que é a minha mãe. Solto um suspiro antes de abrir a porta.

― Oi, mãe. ― Beijo seu rosto e ela desvia de mim e entra no meu apartamento aparentando não estar nada feliz.

― Você quase morre e sequer pensa em ligar para sua mãe para dizer que está bem! ― acusa andando de um lado para o outro.

Merda, eu tinha me esquecido do quanto minha mãe é ansiosa. Doutora Joana é uma psicóloga com alguns livros de autoajuda publicados, mas quando o assunto são seus filhos, ela se torna uma massa ansiosa e autoritária.

― Me desculpa, mãe. ― Me aproximo e a abraço. ― Foi tanta coisa que mal dormi essa noite, mas por favor, fale baixo.

― Por que, você está se sentindo mal?

― Não, mãe, eu estou bem. ― Desvio dela e olho para o corredor.

― Tem alguém aqui com você? ― Ela vira a cabeça para a mesma direção.

Faço um pedido mudo de silêncio, pego sua mão e seguimos devagar em direção ao meu quarto. Abro a porta tomando o cuidado de fazer o mínimo ruído, entro no ambiente escuro com minha mãe e sorrio ao ver que os pequenos ainda estão dormindo.

― Quem são essas crianças? ― minha mãe pergunta, confusa, apontando para a cama.

Chamo-a com os dedos e saímos do quarto, mas assim que chegamos à sala ela volta a questionar.

― Quem são eles? Ou melhor, de quem são eles?

― São irmãos do Bellini ― respondo enquanto me sento no sofá a sua frente.

Bellini- O Amor pode estar onde menos se espera.Onde histórias criam vida. Descubra agora