escrevi meu primeiro romance em 2020 e fiquei muito surpresa com a quantidade de pessoas que comentaram e votaram em minha sina carolina. gostaria de agradecer a todas que opinaram e se envolveram tanto quanto eu na história da Heidi e da Carol. fiquei muito feliz (e surpresa) de saber que alguém lê o que escrevo. recebi mensagens de algumas meninas pedindo para eu continuar, postar epílogo, escrever uma segunda parte, mas já estava envolvida nesta história aqui, mas tenho pretensões, sim, de terminar a história da Helena e da Georgia e voltar correndo para escrever mais alguns capítulos (com a cena íntima que muitas pediram kkk) e quem sabe tentar publicar. espero que dê certo.
agora sobre questão de tempo, este meu novo projeto que comecei há um ano e espero que gostem de ler tanto quanto eu estou gostando de escrever: eu já tinha quase doze capítulos prontos e editados, mas acabei perdendo o documento porque fui burra e achei por bem publicar aqui o que já tinha pronto. não está terminada e, sinceramente, não sei se alguém vai ler esta intro/nova história, mas peço que tenham paciência comigo. obrigada a todas que chegaram até aqui!
Parte I
Assim que desembarcou na rodoviária, Helena olhou para os lados à procura da figura alta e enxuta de seu pai. Por um segundo, considerou tirar o celular do bolso da mochila suspensa em seu ombro para ligar para ele e saber onde estava. Embora não se vissem há mais ou menos dois anos, sabia por experiência que Jessé nem sempre era pontual em seus encontros com a filha, mas preferiu concedê-lo o benefício da dúvida e esperá-lo no local combinado.
Helena aproveitou para olhar ao redor com mais atenção, observando as pessoas indo e vindo com malas e mochilas. Sentiu-se como uma formiga na maior metrópole do país, como sempre se sentia quando vinha a São Paulo visitar o pai e os avós nas férias. A situação, no entanto, agora era outra, porque Helena não estava de férias. Estavam ainda em meados de setembro e tudo o que sabia era que veio para ficar.
Agora, sozinha na rodoviária, Helena começava a sentir na pele a ansiedade de viver longe de tudo o que conhecia. Longe de sua mãe e do irmãozinho recém-nascido. Mas Helena não pensaria neles.
— Leninha! — Helena se assustou quando viu Jessé correndo em sua direção, abraçando-a com força assim que a alcançou.
Ela riu, a sensação confortável de estar nos braços do pai depois de tanto tempo.
— Chegou o atrasado.
— Meu Deus, olha só como você cresceu.
— Não muito, aparentemente. Ainda sou bem menor que você — Helena sorriu, apontando a diferença de altura dos dois. Ela jamais alcançaria os um e oitenta e cinco do pai. — Esqueceu de mim, foi?
— Menina, quase não te reconheci do outro lado. O que fez com seu cabelo?
Helena semicerrou os olhos, chacoalhando a cabeça com a tentativa do pai de distraí-la do atraso.
— Cortei — ela passou as mãos pelo cabelo acobreado, ainda mais volumoso e ondulado agora que estava um pouco acima do ombro.
Um dia antes da viagem, Helena decidiu que precisava de um novo corte de cabelo para a sua nova fase, um corte mais maduro, mas sem perder a essência jovial, que deixasse para trás a imagem de menina renegada pela mãe. Como uma grande entusiasta de televisão que era, inspirou-se em Rachel Green, de Friends, sua mais recente obsessão desde que terminou One Tree Hill.
— Como você deve imaginar, minha mãe odiou — ela contou com um riso de desaforo, mas logo mudou o foco para o pai. — Achei que teria que ir para casa a pé, senhor Jessé.
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Questão de Tempo
Teen FictionParte I. Helena Porto conhecia muito bem os dissabores de ser sozinha. Não por acaso, passou boa parte de sua vida lidando com as consequências da tumultuada separação dos pais. Ela só tinha dez anos quando foi levada para outra cidade, e então deze...