capítulo 25

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  No sábado, depois do jantar, Nicolas me deixou em casa. Eu estava acabada, cansada, com sono, mas isso não impediu os leves amassos no carro, não tínhamos forças para transar de novo.

  No domingo mandei mensagem para Emma, ela e Matt foram para o meu apartamento e ela contou que Dean é bem legal. O garoto com quem ela estava saindo "terminou" com ela pelo celular na sexta, por isso a levamos na boate.

Matt também saiu com uma menina da boate, mas não falou muito sobre.

Contei que Nicolas tinha me ajudado e como eu tinha esquecido a chave com a Emma, ele me levou para a sua casa e eu tive que dormir lá. Não falei sobre os 5 orgasmos que tive, e muito menos que fui a um jantar com a mãe e o padrasto.

Na segunda foi bem tranquilo, Nick tinha entregado nosso trabalho, e ele e Dean passaram o almoço comigo e com Emma, já que Matt se agarrava com alguém longe do refeitório.

Dean e Emma pareciam empolgados em algo entre eles, e acho que vão sair sem compromisso.

Nick e eu somos amigos, as vezes sai alguma piadinha sobre sexo ou algo do tipo. Não comentamos sobre o final de semanas com os seres os humanos que praticamente se comiam na nossa frente.

Andávamos juntos nos intervalos das aulas as vezes, Nicolas não é muito sociável isso é perceptível, os alunos procuravam não entrar em confusão com ele. As vezes algumas meninas o paravam para conversar, passavam seus números, e algumas até olhavam como se ele fosse um pedaço suculento de alguma torta.

Era bem chato ter que ficar vendo aquilo.

Não que eu me importe.

Mas Nicolas parecia não ligar, e a vida é dele.

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Hoje é terça e já são 17:30. Dean e Nicolas se sentaram com a gente de novo, e eu e Nicolas ficamos conversando entre a gente, já que emma e dean pareciam ocupados com a boca um do outro.

Estou na faculdade ainda, na biblioteca para ser mais exata. Estou adiantando alguns trabalhos.

Olhando para esses livros e esses projetos, é como se eu me sentisse mais perto dos meus pais.

Meu pai era engenheiro mecânico e minha mãe engenheira química, ambos amavam o que faziam. Eu cresci rodeada de cálculos matemáticos, fórmulas químicas, e carros. Papai amava carros.

Eu aprendi a amar tudo isso. Me sentia bem em ouvir as ideias dos dois, de ouvir mamãe falando sobre transformações e papai em como construir algo diferente e novo.

Os carros eram uma paixão a parte. As vezes meu pai modificava algum e eu o ajudava, mas o amor principal estava na velocidade, na adrenalina que ela gerava. E esse amor corria por meu sangue.

  O amor pela liberdade sentida, por aquela sensação de satisfação e de êxito quando atingimos algo inesperado.

Algumas pessoas buscavam descargas de adrenalina como uma válvula de escape, e talvez eu não seja muito diferente delas.

Mesmo depois dos meus pais terem morrido em um acidente, eu não conseguia ter medo ou receio.

  A morte é inevitável, indiscutível. Não importa como, quando ou onde.

É a certeza que todos temos.

Mas no fim, em meio a todo o caos, a certeza da morte é o que acalenta a alma, mesmo quando não percebemos.

  — Precisamos conversar. - sinto a mão de Luigi no meu ombro, me tirando dos meus pensamentos.

Seu rosto ainda está com alguns hematomas esverdeados.

— Era para você estar preso, e longe de mim. - falei me levantando da cadeira. Além de nós dois, a única pessoa que estava na biblioteca era a senhora que cuidava do lugar.

— Eu paguei a fiança, e vou ficar longe de você. Ou acha mesmo que quero ficar com uma pessoa tão desprezível como você?

  Sinto minha garganta arranhar, fecho minhas mãos e as deixo ao lado do corpo.

— Eu vou chamar a polícia, eu tenho uma ordem de restrição que você não está cumprindo.

— Eu já vou embora. Mas quem você acha que me deixou naquele estado? Hum? - ele pergunta e se levanta se aproximando.

— Não encosta em mim. - falo e levanto uma mão. Ele para e inclina a cabeça me olhando de cima a baixo.

— O que acha que o seu amiguinho vai fazer quando enjoar de você? Você viu o que ele fez comigo. - de que merda ele estava falando.

— Não sei do que você está falando. - e realmente não sei.

— Seu amigo de jaqueta. Deve estar interessado em te comer e depois largar você por aí. Quando ele bater em você, e ele vai, não adianta chorar e bater na minha porta. - ele vira as costas e sai. Junto minhas coisas e guardo tudo na mochila, corro em direção ao meu carro.

Nicolas me contaria se tivesse batido em Luigi.

Mas ele não tinha motivos.

Ele não me bateria. Nicolas é educado comigo, gentil.

Ele não faria isso. Luigi está mentindo.

Luigi tem que estar mentindo.

Dirijo até o meu apartamento e assim que chego me deito no sofá. Olho meu celular e vejo uma mensagem do Nicolas, mas decido não olhar.

Eu só quero descansar.

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Beijos tia Bella.

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