entre a razão

capítulo 26

Votem e comentem.

Sorry desde já.

····Nick····

  Hoje é sábado 18:30 e estou deitado no sofá pensando em que merda eu possa ter feito.

Cecilia está me evitando desde terça da semana passada. Não responde minhas mensagens, foge na faculdade, e almoça sozinha todos os dias.

Eu não faço ideia do que aconteceu.

Emma disse que Cecilia não comentou nada com ela, e me ameaçou na quinta falando que se eu tivesse feito algo, ela iria descobrir e que Dean e Matt são fortes para carregar um corpo.

Eu sei que tem algo errado, conheço Cecilia e ela não se afastaria se estivesse tudo bem.

Estávamos virando amigos, sei que tem preocupações e intenções a mais de ambas as partes, mas mesmo assim era uma amizade.

Pego meu celular e vejo que Dean respondeu minhas mensagens, falou que Emma e Matt estão preocupados, mas que não sabem o que aconteceu.

Estou realmente preocupado com uma pessoa que conheço a 1 mês. Que caralho.

Levanto do sofá e saio do apartamento, sem um lugar em mente para ir, mas eu se eu ficar eu vou enlouquecer.

Dirijo por 40 minutos e paro na frente de um pub.
   
Eu preciso beber.

Saio do carro e ando em direção a entrada do lugar enquanto coloco minha jaqueta.

Assim que abro a porta, sinto o ar quente do pub em meu rosto, caminho na direção do balcão e me sento esperando alguém me atender.

Pego meu celular e mando uma mensagem para Cecilia. "Quero conversar com você." Fico olhando a tela do celular por mais de 5 minutos, e a resposta simplesmente não vem.

  — Por conta da casa. - uma mulher empurra um copo de whisky na minha direção.

— Obrigado. - viro a dose de uma vez.

— Dia ruim? - ela pergunta me servindo mais um copo.

— Vida ruim.

— Meio mórbido, não acha? - ela desliza novamente o copo na minha direção. O deixo na metade dessa vez.

— Talvez. - dou de ombros e bebo mais um gole do whisky.

— Briga com a namorada? - ela pergunta enquanto se vira e pega uma vodka para servir outra pessoa. 

— Não. - apenas uma amiga que está passando por algo que não faço ideia do que seja.

— Não, não tenho namorada ou não, não briguei com ela. - levanto meu olhar e a encontro me encarando com um sorriso sacana nos lábios.

— A primeira opção. - não se recusa uma foda fácil.

— Então nesse caso, eu saio do trabalho às 23:00 - ela pisca e se vira indo servir bebidas para outras pessoas.

Termino de beber e um cara me serve outra dose.

E esse mesmo processo de repete, várias e várias vezes.

Olho para o relógio forçando meus olhos a focarem e vejo que são 22:45. A garçonete que se chama Maya conversa comigo de vez em quando, e para ser sincero eu não estou com a mínima vontade de foder com ela.

Cecilia não me respondeu, acho que já liguei umas duas vezes e ela também ignorou as minhas  ligações.

Levanto do banco e vejo Maya me olhar, a ignoro e sigo em direção ao caixa, com um pouco de dificuldade por conta das incontáveis bebidas.