Nosso método (erótica)

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Definitivamente, o costume do doutor incomodava o agente, seus dedos sempre brincavam com a taça de seu vinho, líquido qual sempre bebericava aqui e ali. O local cheirava a restaurantes chiques, provavelmente havia preparado mais uma de suas refeições refinadas antes que o agente chegasse, uma cortesia comum de sua parte. Mas naquela noite, o próprio professor seria a refeição principal do psiquiatra, este que bebericou seu vinho novamente, com seus olhos penetrantes atentos ao homem confuso do outro lado de sua sala.

- Você apenas pertence a mim, e és tão ciente disso quanto aprecia isso. - Se aproximou lentamente e cheirou o pescoço do agente, sorrindo ao vê-lo arrepiar com o breve contato de sua respiração tão perto de sua pele. Usava um perfume forte que ele nunca havia usado perto de si, muito mais forte e caro do que o comum. - Querendo chamar atenção? - O doutor parou em sua frente depois de pôr o vinho de volta da mesa e observou seu rosto de perto. Admirou as lágrimas de raiva pura e genuína aglomeradas no canto de seus olhos, admirou cada expressão do seu rosto visívelmente confuso e furioso. Graham era uma bagunça de sentimentos, o que deixava o doutor ainda mais interessado em suas peculiaridades. - Se eu o tivesse criado, tenho certeza que estaria muito orgulhoso, - Procurou alguma folha específica em sua mesa, e quando achou, parou em frente ao agente novamente. - teria sido minha mais perfeita obra de arte.

Will pôs seu óculos que antes estava em seu bolso e analisou as folhas que lhe foram dadas. Eram desenhos seus, detalhados e cheios de cores vivas. Sua imagem era arte para Lecter, e ele fazia questão de memorizar e eterniza-la em seu palácio mental e sob folhas.

- Como você conseguiu isso? Você não imaginou roupas idênticas as minhas, mas eu nunca usei essas na sua frente.

Não quis estabelecer a seriedade do momento, perguntas estúpidas eram uma ótima escapatória.

- Já cuidei de você, muitas vezes. - Começou a caminhar pelo escritório enquanto falava, era mais um custume seu que incomodava o agente constantemente, já que gostava de saber exatamente onde o doutor estava. - Mas houve uma vez específica você desmaiou, eu lhe dei um banho e troquei suas roupas para que sua temperatura melhorasse. Eu observei você até que começasse a despertar, lhe desenhei enquanto lhe monitorava. Quando você acordou, eu já havia abandonado o local. Bom, era óbvio que você tinha episódios sonâmbulos e que acharia que fosse só mais um deles. - Will se levantou e foi até a saída da casa do psiquiatra, mas o canibal o impediu puxando-o pelo braço quando estava na frente da porta prestes a sair. - Uma pena que eu tive que lhe vestir.

- Não na cozinha, por favor.

Como previsto por si, foi pego no colo e levado de volta ao escritório, sentindo suas costas baterem contra as paredes enquanto era levado ao quarto. Suas mãos foram rapidamente de encontro aos ombros do doutor, este que rapidamente juntou seus lábios num beijo necessitado e, infelizmente, apressado. Graham pode finamente relaxar seus músculos quando foi colocado na cama, mas voltou a se sentir tenso ao sentir Lecter em cima de si em toda sua glória atacando seu pescoço com beijos e logo atacando sua clavícula com chupões.

- Devo admitir que adorei seu perfume novo, Will.

William se arrepiou ao sentir os lábios do doutor tocarem em sua pele novamente. A respiração quente em seu pescoço o fazia tremer dos pés a cabeça. Lecter pegou o cabelo do agente, puxando sua cabeça para o lado, podendo assim enterrar seu nariz sobre o pescoço e a clavícula do mesmo, ouvindo um gemido bem baixo, o que o estimulou e o fez marcar seu pescoço com uma mordida forte, ansiando por ouvir mais gemidos. Hannibal lambeu a mordida e fez uma trilha de beijos pelo seu pescoço. Um gemido repentino interrompeu sua tentativa de fala quando uma mão grande e intrusa tocou seu abdômen, subindo sua camisa. Era uma péssima ideia estar ali na frente de seu espelho quando o doutor começou com suas brincadeiras, podia ver exatamente tudo que lhe era feito. A mão do psiquiatra brincava com seu mamilo, e a outra empurrou seu rosto para cima e tapou seus olhos.

One's HannigramOnde histórias criam vida. Descubra agora