Manhã (erótica)

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Era aproximadamente oito da manhã quando Will acordou, sentiu algumas partes de seu corpo doendo mais do que outras, provavelmente pela forma em que o mesmo dormia. Chegou a se levantar para escovar seus dentes e lavar o rosto, mas voltou para a cama quando terminou, se enrolou mais um pouco no cobertor e, sem conseguir enxergar quase nada desde que havia acordado, rolou para o lado para agarrar algo rotineiro, até se lembrar que era sexta e seu, agora, marido provavelmente ainda estava trabalhando. Ainda assim continuou na cama, perdido em seus pensamentos, tomou um susto quando o despertador que sempre deixava ligado caso dormisse mais do que deveria, estava tocando. Se levantou o mais rápido que podia, notando a incômoda ereção matinal estava pronto para retirar suas roupas e ir tomar um banho quando escutou a porta abrindo e a voz grossa ecoando pelo espaço minimalista de seu apartamento. Sentiu um arrepio em sua nuca ao sentir o olhar pesando sobre seu tórax desnudo e o volume em sua calça folgada, sua vergonha não o deixando olhar diretamente para o rosto do mais velho.

Os passos cada vez mais próximos o deixavam ainda mais nervoso, até que sentiu ele deitar sua cabeça abaixo de sua clavícula, o segurando como se precisasse de apoio.

- O que há de errado, Hannibal?

Ele endireitou sua postura, olhando em seus olhos e passando a segurar seu rosto, não tão gentilmente quanto costumava, parecia pensar em algo que o aborrecia. Ficou assim por um tempo, a preocupação tomava conta de sua mente com o outro apresentando um olhar tão cansado. Repentinamente, então, sentiu os braços fortes e conhecidos envoltos em sua cintura e beijos suaves em seu peito. A sensação de conforto indo embora quando as mãos fortes foram em direção a própria gravata, desfazendo-a e jogando-a no chão, logo desabotoando a camisa social, mas ainda deixando-a em seu corpo.

- Fico aliviado que esteja aqui. - Os braços voltaram ao redor de sua cintura, então os trouxeram mais para perto, colando os peitorais. Mais beijos em suas clavículas fazendo suas orelhas e seu rosto esquentarem, os olhos castanhos notando e o riso baixo o deixando ainda mais envergonhado. - Fique comigo, Will.

- Para onde mais eu iria? - Um leve puxão em seu cabelo o fez gemer em surpresa, os beijos suaves em sua garganta o fazendo derreter sobre seus braços e não ousar olhar para baixo, o ar quente perto de sua orelha o fazendo se arrepiar, uma mordida leve o fazendo gemer mais alto do que esperava. Os braços ainda o impedindo de se mover o deixavam ainda mais ansioso, porém longe de impedir com que aproveitasse as sensações lentamente provocadas sobre sua pele.

Graham ainda não entendia, mas uma sensação gostosa crescia rapidamente dentro de si quando faziam daquela forma, lenta e provocativa.

A mão do doutor cuidadosamente acariciando sua nuca enquanto a outra apertava sua cintura e o mantinha colado sobre seu tronco com o oposto de cuidado, fazendo um misto de sensações deixarem o moreno extasiado demais para protestar. As mordidas leves em seu pescoço e os chupões em seu peitoral regojizando-o por saber que amanheceria com provas do que Hannibal havia feito, e que havia sido algo a beira do mágico como todas as outras vezes também o davam gratidão pelos últimos acontecimentos em sua vida.

Quando suas pernas se enroscaram na cintura alheia e as costas encostaram na parede gelada, o corpo forte de Lecter o sustentando o lembrava dos seus anos de caça, qual havia abandonado. Sua força e resistência sempre foram algo surpreendente, agora, com a mudança em suas atividades, o deixava ainda mais surpreso.

- Devo continuar?

Acordando de seu devaneio, olhou com uma expressão confusa para si. - O que?

- Parece disperso.

O fato de que havia passado longos segundos observando o corpo alheio e sem nem perceber o deixaram provavelmente mais vermelho do que imaginou ser possível. E então o platinado pegou em seu pulso, encostando sua mão em seu peitoral e deslizando-a até a proeminência em sua calça, seu corpo quase entrando em combustão ao sentir o desejo eminente do parceiro.

Voltando a atenção para o corpo de Will, arfou em surpresa ao sentir a mão trêmula e quente abrindo seu zíper e deslizando para dentro de sua roupa íntima, iniciando uma carícia lenta e ousada, que o mesmo o devolveu em seguida. Moviam as mãos em uma quase sincronia, suspiravam e grunhiam, até que Hannibal os interrompeu, levando o moreno de volta à cama bagunçada.

Ao sentir seu corpo se chocar contra o colchão, não houve muitas cerimônias, conversas ou pensamentos. As mãos ágeis do mais velho retiraram todas as suas roupas, porém, não tivera paciência de tirar suas próprias. Não que ligasse para isso, honestamente, ele era lindo com os cabelos desgranhados, a camisa arregaçada e somente a braguilha da calça aberta. Ele se inclinou sobre suas pernas abertas, o beijando para distrai-lo enquanto o preparava. Já estava distraído sem se quer precisar dos seus lábios, tanto que, se quer havia visto ele pegar o lubrificante em alguma gaveta aos lados da cama. O fato do médico ter ido de dócil para desesperado em pouco tempo, vê-lo perdendo seu controle por sua causa, era suficiente para deixa-lo daquele jeito.

Seus beijos eram quase sempre lentos, a volúpia era recíproca, se encaixavam como se houvessem nascido para isso e ambos se amaldiçoavam por não terem feito tudo antes. A falta de ar era seu único obstáculo, os lábios se separam com urgência e as testas se juntam por algum tempo, seus olhos fechados, narizes e bocas se roçando levemente, de repente, um gemido alto denunciando o que as mãos habilidosas haviam o causado.

Agarrou seus cabelos, afastando o rosto do seu. - Não me faça esperar, Hannibal. - Ele sorriu como se estivesse se sentindo provocado, aproveitando quando afrouxou seu aperto para beija-lo de novo. Não pôde evitar gemer durante o beijo ao sentir-lo entrando, separando seus lábios para olhar para lado, apertando os fios dos cabelos platinados de novo. Ele inclinou o rosto até sua clavícula, beijando-a e grunhindo tão perto de seu ouvido ao adentrar seu corpo por completo como uma provocação que sabia que ele gostava. Com os antebraços no colchão, seu rosto ao lado do de Will, as mãos dele uma em suas costas e a outra em seus cabelos, começou a se mexer lentamente, não só para não machuca-lo, mas para provoca-lo. O menor gostava de ser tocado lentamente, mas detestava ser tratado de mesma forma quando já estava dentro dele, e o fazer perder a cabeça por conta disso era uma tentação qual quase nunca conseguia resistir. - Não me analise, não me provoque e se quiser fazer quaisquer coisa comigo, faça, mas faça direito. - Sentiu-o puxar seus cabelos para que olhasse para ele e arranhar suas costas com força o suficiente para o rasgar com a outra mão.

Se ele queria daquela forma, não o negaria.

Levantou seu próprio tronco, puxando as pernas do outro para cima e segurando-as daquela forma pelas coxas, fazendo exatamente o que ele queria em seguida. Estocando-o rápido, a cama balançava e Will não conseguia controlar sua voz. Ele não ousava falar uma palavra se quer, apenas gemia em alto e bom som, enquanto quanto a si mesmo, grunhia mais alto quanto mais perto se sentia e perguntava coisas que sabia que o outro não conseguiria responder.

- Satisfeito?

Dessa vez, escutou-o choromingar uma afirmação, finalmente olhando diretamente para si. Os olhos estavam marejados, suas bochechas levemente avermelhadas e seus cabelos uma completa bagunça. Will seria, de qualquer forma, para sempre sua visão preferida, porém ver seus músculos tremendo, seu peito subindo e descendo, seus lábios abertos e olhos fechados quando chegava ao ápice, era quase...superior. Retirou seu membro de dentro dele, mal precisando tocar-lo para também chegar ao ápice em cima do abdômen sujo do outro. Se inclinou sobre ele como havia feito tempo atrás, sentindo-o beijar e morder seus ombros, arranhando seus braços ao mesmo tempo, ainda respirando alto e descompassado.

- Se sente melhor?

- Você sabe o que é capaz de fazer comigo, Will.




One's HannigramOnde histórias criam vida. Descubra agora