Realybe (romântica)

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Hannibal se moveu atrás de si, lento, quase relutante. Os lábios cheios tocaram em seu pescoço carinhosamente, o fazendo se encolher levemente. Sentiu os dentes rasparem em sua pele, o músculo molhado circulando o local em seguida. As mãos dele tocaram em sua cintura por baixo de sua camiseta, subiram e desceram com lentidão, a carícia o causando arrepios. Aproveitou a escada à sua frente, se inclinando totalmente nela, o psiquiatra não parando de o tocar por um segundo se quer, o deixando tonto, mesmo que essa não fosse a sua intenção. As mãos quentes foram de sua cintura para dentro de sua calça, acariciando e apertando suas coxas, então gemeu pela primeira vez, baixo, porém audível o suficiente. Não sabia como haviam parado naquela situação.

Lecter não parecia estar se quer consciente do que estava fazendo, suas mãos passeavam por tudo, mas ele não proferia som algum. - Hannibal? - Virou para olhar para si, ele se afastou instantâneamente, não de forma brusca, mas o suficiente para que pudesse ficar de frente para si.

Olhou para o doutor em seus olhos, pareciam nebulosos, como se ele estivesse febril e não conseguisse lidar com o que estava acontecendo, parecia frágil. Levou sua mão direita ao rosto dele, ele inclinou sua cabeça como se quisesse sentir o calor de sua mão melhor, fechando os olhos e respirando fundo, parecia tão sereno.

Em um impulso, o beijou. Tinha o controle no começo, era terno e paciente, porém quando o médico tomou as rédeas, se tornou algo um pouco mais desesperado, era como se ele estivesse almejando por aquilo há tempos e não quisesse perder aquela oportunidade. Tão intenso que, sentiu seu tronco tocar sobre aquela escada de novo durante o beijo, o suporte sendo mais do que bem-vindo para suas pernas bambas. Quando se separaram com lentidão, abrindo seus olhos preguiçosamente, ambas as mãos dele tocaram seu rosto com carinho, ele olhando em seus olhos como se estivesse desacreditado.

- Geralmente sou eu quem tem dificuldade em diferenciar o que é real ou não, Dr. Lecter.

Um sorriso grande em seu rosto fez com que o próprio Will sorrisse, não pôde evitar rir baixo quando ele se afastou apenas para esfregar o próprio rosto, jamais imaginaria vê-lo tendo tais atitudes. Aquela mudança lenta de uma espontânea alegria para as feições sérias quando se olharam novamente, porém viam em seus olhos o carinho e ternura ainda aceso.

- Se eu o visse todos os dias, pelo resto da minha vida, - Ele se aproximou de novo e sorriu sem mostrar os dentes, acariciando a lateral do seu rosto e sua nuca. - eu ainda lembraria deste momento, Will.

- Irá se lembrar disso por um bom tempo, então. - O lituano não prestou atenção, mas jurou ter visto ele envergonhado, tossindo como se quisesse mudar o assunto. - Sobre o que estávamos falando, mesmo?

Se quer lembrava de algo que não fosse a sensação de seus lábios?




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