Will sentiu as mãos frias de Hannibal tocarem seus pés, subindo pelas suas pernas, seus lábios tocando seus joelhos de forma carinhosa, repetitivamente.
- É a terceira vez na semana que faz isso, Hannibal.
- Só estou feliz.
- Por que abraçaria minhas pernas todas as noites apenas por estar feliz?
- Estou feliz que você finalmente me aceitou, se aceitou. Lembro-me de Jack assumindo que em meu mundo eu sou deus, irônico o suficiente, no lugar mais profundo em minha mente, você é deus, sou apenas um devoto. - Beijou seus joelhos, acariciando seus pés.
Levantou-se do chão, empurrando Will gentilmente para que se deitasse, por cima de si, o beijou com ternura. Com a mão na lateral do seu pescoço, o acariciava até sua nuca, colocando as mãos entre seus fios encaracolados. Separando seus lábios dos dele, desceu beijos até seu pescoço, então suas clavículas e seu peitoral, o acariciando das costelas até sua cintura.
- Está me venerando?
- Sempre, mielas. - Beijou suas mãos, ambos sorrindo um para o outro.
- Até onde está disposto à ir por mim?
- Sabe que eu faço tudo o que você quiser, Will. Tudo, o mais absurdo que seja, e não seria difícil.
O olhar provocativo; rude de Will não escondia o quão satisfeito ele estava de escutar isso.
Ele não moveu um músculo, o encarando como quem o desafiava com apenas um olhar.
- Me devore, Hannibal.
Não hesitaria.
Segurou seu pescoço com força, mas não o impedindo de respirar. Juntou seus lábios com ânsia, o ritmo sendo inexistente com tamanha pressa. Suas mãos, trêmulas como jamais ficaram, desceram até a única peça de roupa no corpo de Will, libertando o falo do aperto desnecessário do tecido.
Seus beijos só eram interrompidos nesse meio tempo porque precisavam respirar. E quando o médico finalmente abandonou os lábios saborosos de seu amante, desceu beijos lentos até o seu abdômen, deixando seus lábios tocarem as cicatrizes do outro por mais tempo. Quando beijou abaixo de seu umbigo, observou-o abrir suas pernas. Ele não ousava o olhar, mas sabia que aquilo era um pedido. Tocou-o onde sabia que ele queria, ao mesmo tempo que, as coxas grandes à sua frente eram impossíveis de se ignorar. Movia sua mão rapidamente, o membro do outro já duro e seus gemidos já se fazendo presente. Beijava, mordia e deixava chupões em sua carne com cuidado, porém não resistindo em morder com um pouco mais de força apenas para escuta-lo choromingar.
Will tinha os olhos fechados, sua cabeça jogada para trás e seu torço fora do colchão por estar se apoiando em seus cotovelos, Hannibal se sentia sortudo de ter tal visão. Quando o colocou em sua boca, escutou mais um choromingo saindo de seus lábios, muito mais longo que o anterior. Ele olhou para si, atordoado demais para dizer algo, ou manter o contato visual. Jogou sua cabeça para trás mais uma vez, sentindo os dedos do doutor o adentrando dolorosamente. Como de costume, se quer havia notado quando ele pegou o lubrificante. O incômodo não demorou muito, com a gentileza e habilidade do doutor, logo estava gemendo de forma descontrolada por estar recebendo tanto estímulo ao mesmo tempo. Apertava os cabelos plantinados como uma resposta automática, até que ele parou.
- Como você quer?
- De qualquer forma, apenas faça.
Faria tudo que Will quisesse, e se ele consente para que faça como quer, não teria dúvidas.
Fez com que ele se deitasse de bruços, então puxou seu quadril até que ficasse de joelhos no colchão e separou suas pernas, o deixando mais exposto do que estava acostumado, conseguia sentir que ele estava nervoso. Não tardou em retirar a própria roupa íntima, suspirando por sentir-se livre do aperto. Segurando em uma das nádegas fartas, sua outra mão apertando a coxa com força, sentiu um aperto muito melhor enquanto adentrava-o, fazendo com que grunhisse ao mesmo tempo que o menor. Amassava sua carne como se estivesse, de fato, prestes a devora-lo.
O consumia cada vez mais, mas jamais se sentiria totalmente satisfeito.
Chegando ao limite, suspirou. Levou a mão que antes estava em sua nádega até os ossos proeminentes de sua coluna, tocando com delicadeza brevemente, espalmou sua mão ali, começando a estocar-o lentamente, tombando sua cabeça para trás com as sensações. Começou lento e cuidadoso, não era suficiente. Pegou ambos os seus braços, puxando-os para trás, segurando-os juntos e se impulsionando com força contra si. O gemido do outro foi tão alto quanto o de seus corpos se chocando, sorriu. Observou-o jogar sua cabeça para trás, seus belíssimos cachos balançando com um movimento tão brusco. Estabeleceu o ritmo lento, porém forte, sons adoráveis para sua audição eram a resposta que precisava de Will para apenas continuar.
A certo ponto, o ritmo começou a mudar automaticamente. Já não mais segurava os pulsos do moreno, suas mãos agora se afundavam na bunda avermelhada e se movia muito mais rápido, o outro já nem se quer tentava controlar sua voz.
Em meio ao momento frenético, sentiu uma das mãos suadas do mais novo tocaram em seu abdômen, curioso, por ser um ato incomum de sua parte, diminuiu a velocidade. - Hanni...senta. - Se não estivesse tão tomado pelos seus desejos, teria achado o comando tão direto cômico. Fez exatamente o que foi dito, sentando-se apoiado na cabeceira, sorrindo de lado ao vê-lo se mover tão adoravelmente em sua direção, adoraria a sua imagem pelo o resto de suas vidas. O outro, agora em seu colo, o reentroduzindo sem quaisquer paciência, tomou seu lábios com volúpia.
Abraçou o corpo esbelto; quente com tamanho cuidado, sentindo-o rebolar sobre si. Era absolutamente irresistível, agora que seus lábios não estavam mais juntos, conseguia vê-lo subir e descer com clareza. Abraçou sua cintura como se ele estivesse prestes a fugir, grudando seu rosto ao peitoral alheio e o sentindo bagunçar seus cabelos, enquanto a outra mão segurava em sua perna como apoio. Ele arranhava sua nuca, apertava-a. Conseguia senti-lo deitando sua coluna para trás cada vez que a sensação se tornava forte demais para se manter firme. Beijava seu peitoral inteiro, marcando-o com chupões. Soltando sua cintura, agarrou dessa vez ambas as nádegas, apertando-as como se houvesse grande necessidade no ato, a sensação da carne farta em suas mãos era melhor do que qualquer refeição.
Tudo sobre ele o encantava, não sabia ter a capacidade de ficar tão obcecado até ter o conhecido. Will havia superado seu limite de sentimentos, seu limite de atração, de autocontrole. Tudo se resumia à ele, sempre ele. Já havia até mesmo esquecido como era viver apenas por si mesmo, não queria viver por si mesmo quando poderia ter-lo daquela maneira. Como uma montanha russa, tudo que sabia sobre si, até mesmo sobre ele, mudou.
- Está se fechando, não faça isso. Fique comigo, Hannibal.
Olhou diretamente em seus olhos quando sentiu suas mãos tocaram seu rosto, ele era lindo, nunca, jamais seria capaz de compreender aquela forma física perfeita em seus braços. Não ousaria perder sua atenção de novo.
O beijou como se fosse a última vez, sentindo seus cabelos serem puxados e escutando-o gemer em seus lábios. Sem cuidado algum, derrubou-o na cama, voltando a tomar as rédeas da situação. Beijando-o múltiplas vezes, pôs suas mãos aos lados de sua cabeça, movendo-se dentro de si novamente. Ele agora arranhava suas costas, dando um pouco mais de atenção para sua nuca do que o resto. Estocando-o sem se quer pensar, seus movimentos eram lentos e fortes quando começou a sentir indícios de seu orgasmo. Escutando o grunhido alto do menor abaixo de si, sentindo sua mão apertar-se em volta dos fios da sua nuca e as unhas da outra se afundando na pele de suas costas, abriu seus olhos cansados apenas para vê-lo chegando ao seu ápice. Se moveu com dificuldade, mas logo também chegou ao seu limite, se jogando ao lado do moreno.
Respirando fundo, virou-se para o lado para o obsevar. Seu rosto tranquilo se virou em sua direção pouco depois, então pode ver os olhos azuis marejados perfeitamente. Colocou sua mão sobre a mandíbula do professor, chegando mais perto, tocaram suas testas e ficaram daquele forma.
- Sempre será perfeito em minha visão, meu Will.
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One's Hannigram
FanfictionTodas as minhas one's de Hannigram, posteriormente publicadas no Spirit, reunidas por ordem de publicação; de 2019 até os dias atuais.