Capítulo extra.

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Palavras de Um Cúpido.

Capítulo Extra - Palavras de uma família.


Eu me arrependo
De muitas coisas as quais fiz
Mas você com certeza não é uma delas.

Pequim - China.

17:23 P. M


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— A-Chengzinho...

— eu conheço esse Tom de voz, "desembucha", MengYao.

— então eu queria saber se posso sair mais cedo hoje, sabe... É que eu tenho um encontro né-

— de novo?

— qual é, dá um desconto.

— vou dá um desconto no seu salário... Mas vaí logo! Já ia fechar mais cedo hoje mesmo, vou sair com o XiChen.

— uhm, datezinho?

Um sorriso sapeca se desenhou nos lábios do mais baixinho e então ele deslizou sua mão no balcão até WanYin, a qual revirou os olhos pela forma sem vergonha do mais baixo.

— a gente faz um ano de namoro, claro que vamos sair.

— ae mesmo, tinha esquecido, mas tá... Eu já vou se não me atraso e se você pudesse também-

— dá uma flechada no seu crush? Já falei que não tenho um arco e flecha, mas eu vou vê o que posso fazer.

— obrigado, talarico.

— vai se fuder!

WanYin gritou para o outro rapaz enquanto ele corria porta dos fundos a fora jogando o avental de qualquer jeito na prateleira.

Depois de um ano a amizade entre eles até fluiu bem, no fim sem remorsos ou quaisquer outra coisa, era aceitável... Um era a alma gêmea de XiChen e o outro era o amor da vida dele, não havia pelo que concorrer ou brigar.

Já sozinho no salão WanYin começou a recolher as meses da lanchonete, hoje Lan Huan havia tirado um dia de folga para ir a uma reunião escolar de JingYi, mas prometeram se encontrar no restaurante.

Tudo estava fluindo bem, hora ele estava no olímpico com Lan Huan, cumprindo seu papel de um Deus, hora ele estava na terra tomando conta da lanchonete com seu namorado vivendo uma vida normal, estava feliz e era isso que importava para si.

Só que nem tudo é perfeito e com isso Wei Wuxian se achou no direito de vim tomar café de graça na lanchonete todos os dias, folgado.

Repetindo, tirando isso ele tava muito feliz como jamais havia ficado em seus 27,621 anos...

Quando estava quase trancando a porta da porta de entrada da lanchonete alguém passou por ela, WanYin iria avisar que já estava fechado até perceber que era JingYi vindo.

O adolescente de 16 anos colocou sua mochila em cima da mesa e tirou de dentro dela um papel um tanto quanto amassado e uma caneta.

— pai, você pode assinar aqui pra mim?

— JingYi, você esqueceu? Seu pai não tá hoje, ele foi na sua reunião.

— eu sei, to falando com você... Vai ter um passeio escolar e passaremos três dias em uma pousada na costa em comemoração por termos passar de ano, mas o responsável precisa assinar... Aqui, assina, pai.

WanYin ficou brevemente surpreso, de início não achou que JingYi aceitaria tão bem a relação dele com Huan, ainda mais por todo o rolo que aconteceu.

Mas eles se deram bem, ainda sim WanYin não se sentia tão próximo do adolescente, mas agora ouvi-lo o chamar de "pai" fez ele realmente querer chorar.

— c-claro, dá aqui filho.

WanYin engoliu o choro preso em sua garganta e com um belo soreia9 desenhado nos lábios segurou uma caneta e assinou o papel antes entregar a JingYi, que logo o pós de volta na mochila.

— aliás, posso dormir na casa do Shizui hoje? A gente vai se juntar com a galera pra jogar.

— pode ir sim, se divirta.

— valeu, tchau pai.

O adolecentes acessou e foi embora sem perceber o estado em que deixou WanYin, o cúpido sorriu abertamente e no final deixou uma lágrima pequena de felicidade descer seu rosto, tinha uma família... Ele tinha uma família para chamar de sua.

Mesmo com tudo o que aconteceu, com todas as turbulências e defeitos ele tinha uma família, com a pessoa que ele amava, com um filho para o chamar de pai e amigos... Realmente nunca esteve tão feliz.

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