Capítulo 15

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NOTA:

Estou sentindo que estou começando a enrolar com a trama e isso não é legal! >:(Por esse motivo, provavelmente os próximos capítulos serão um pouquinho maiores.

Pela primeira vez, me senti meio mal enquanto escrevia - tipo... bateu uma bad vibes pesada mesmo :'( Não sei se é por que ando meio sensível ultimamente ou se o que eu escrevi é realmente meio pesado... Não se preocupem, não tem nada explícito! Mas não custa avisar.

Muuuuito obrigado por todos os comentários e favoritos, vocês são uns amores <3Me desculpem por demorar tanto para responde-los ás vezes, é que a vida anda muito corrida e acabo esquecendo de olhar as notificações.

No mais, espero que tenham uma boa leitura!

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"Para purgar a incredulidade, a corrupção, e restabelecer a ordem". Essas foram as palavras da Tsaritsa quando ela declarou guerra aos Sete Reinos. Segundo as palavras da deusa, os outros Arcontes haviam relaxado em suas obrigações como divindades e líderes de nações, ausentando de seus deveres sagrados e deixando-os nas mãos de mortais. Pouco a pouco, eles estavam abandonando o povo que os adorava a própria sorte. "Eles precisam de um deus, não de uma estátua fria." Entre os Sete Arcontes, a Arconte Cryo era a deusa do amor, e como tal, ela amou toda a humanidade.

O Arconte Anemo era um deus ausente, que dormia por séculos deixando o povo de Mondstadt desamparado. Nas raras ocasiões em que visitava seus próprios domínios, ele assumiria uma forma humana, para que pudesse se misturar entre os mortais e beber em tavernas até a inconsciência. Quando o Exército do Norte tomou Mondstadt, Barbatos não pensou duas vezes antes de entregar sua Gnose e desaparecer em um redemoinho de vento, abandonando seu povo mais uma vez.

A Arconte Electro era uma deusa distante e cruel, que de seu palácio ditava ordens e era vista apenas em julgamentos, quando as cabeças de criminosos e rebeldes eram decapitadas pela lâmina da Musou Isshin, a espada sagrada da Shogun. O povo a amava e a temia em medidas iguais, mas também sentiam falta do tempo em que Baal foi próxima a eles. Mesmo com sentimentos conflitantes em relação a sua Arconte, Inazuma resistiu bravamente ao avanço dos Fatui, e a batalha contra Baal foi árdua, custando a vida de dois Príncipes Precursores, mas no fim, a Shogun Raiden caiu. Ela foi morta, seu corpo falso destruído, a Gnose recuperada, mas a espada onde sua alma residia, se perdeu no mar.

O Arconte Geo estava morto a muito tempo, mas as pessoas dizem que ele era um deus benevolente e justo, entretanto, também era egoísta. Sua Gnose foi entregue a Arconte Cryo no dia de sua morte, portanto, conquistar Liyue não foi uma tarefa difícil. Eles não tinham mais um deus para protege-los, e apesar de terem lutado bravamente, no fim, caíram como Mondstadt e Inazuma.

Todos em Snezhnaya conheciam essas histórias de guerra, e todos louvavam os grandes feitos da Toda-Poderosa Imperatriz de Gelo. Sua benevolência libertou Teyvat da opressão, do descaso e do abandono de deuses que já não mais exerciam sua divindade.

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Naquela noite, Childe não dormiu. A nevasca continuou por horas a fio, até o amanhecer. Childe viu quando a escuridão da noite deu lugar a aurora turva da manhã. A conversa com Zhongli plantou muitas perguntas em sua mente e, apesar do cansaço, ele simplesmente não conseguia parar de pensar no que estava acontecendo.

Era difícil de acreditar que a Tsaritsa faria algo ruim como mentir e trair seus aliados. O povo de Snezhnaya a adorava por seu justa, benevolente e amável - mesmo em sua frieza - ela jamais colocaria seu povo em risco, pois eles eram a coisa mais preciosa para ela.

Então, as palavras de Zhongli continuavam martelando em sua mente. Tudo o que o adeptus disse poderia ser uma grande mentira... Zhongli era bom em contar histórias, não seria difícil para ele inventar uma na tentativa de abalar a fé de Childe e sua visão sobre a Tsaritsa, afinal, Liyue foi conquistada por ela, e o povo dele, os Adepti, estavam sendo caçados feito animais por isso. Zhongli foi capturado, vendido a uma terra estranha e separado de sua parentela. Como um objeto, foi dado de presente a um menino nobre após passar por dezenas de torturas diferentes... O adeptus não tinha motivos para ser amigo de Childe - muito menos um amante - e, provavelmente, estava apenas tentando usá-lo para voltar para casa.

Hazy ShadeOnde histórias criam vida. Descubra agora