Capítulo 23

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NOTA:
Olá, pessoas!! Como vocês estão?
Eu machuquei meu braço esses dias e tive que ficar de molho por um tempo, e isso me impediu de publicar os capítulos que havia planejado para esta semana. Mas espero que gostem do capítulo de hoje! :)

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O sol se ergue preguiçosamente no horizonte, banhando Liyue em tons quentes de dourado e laranja. Após uma - surpreendente - boa noite de sono, Childe desperta de forma tão preguiçosa quanto o próprio sol, e a primeira coisa que seus olhos cansados veem, é a imagem de Zhongli emoldurado pelo amanhecer.

Na varanda, de pés descalços e ainda em roupas de dormir, a brisa vinda do mar embalava o robe suave de seda escura e os cabelos do adeptus. Zhongli era uma imagem para ser vista, digno de uma pintura. Childe poderia ficar ali a manhã toda, apenas observando a beleza inigualável de seu amante.

O precursor rola de costas na cama e estica os braços e as pernas, ouvindo os ossos estalarem e gemendo de satisfação. Toda a movimentação atrai a atenção de Zhongli, que sorri amplamente para Childe.

— Bom dia, Ajax.

— Bom dia, Zhongli-xiansheng. — o rapaz pula para fora da cama e vai em direção a Zhongli. Calças de dormir pendendo frouxamente na cintura, e o torço musculoso coberto de cicatrizes a mostra. O adeptus não pode evitar cobiçar o corpo de seu amante mortal — Acordou cedo. — Childe envolve os braços ao redor da cintura de Zhongli, e descansa o queixo em seu ombro.

— As preocupações em minha mente mantiveram-me acordado. — responde com um suspiro, mergulhando os dedos nos cabelos ruivos que fazem cócegas em seu pescoço.

— Oh, xiansheng...

— Estou bem, não se preocupe comigo.

— Sempre irei me preocupar com você. — Childe beija a pele macia e perfumada do pescoço do adeptus, fazendo-o se arrepiar e sorrir amorosamente — Vou procurar o Andrei, a uma hora dessas, ele já deve estar de pé. O que quer para o café da manhã?

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No passado, Childe nunca permaneceu muito tempo no Porto de Liyue. Liyue em si era uma terra de muitas províncias, desde pequenos vilarejos cravados em meio as montanhas, a assentamentos de mineradores ao redor do grande Despenhadeiro. Haviam muitos lugares para se estar além da cidade portuária e, sendo assim, Childe nunca teve tempo para admirar a encantadora capital da nação dos monolitos e contratos.

Bem, Porto de Liyue não parecia mais uma cidade tão encantadora quanto o que era descrito nos livros. Não o entendam mal... A arquitetura do lugar era imponente, cada pilar e caminho de pedra contavam a história de um povo que resistiu por séculos, e prosperou sob o olhar protetor de um deus sábio e amoroso. Mas agora, a presença do deus desapareceu, e todas aquelas cores vibrantes e ouro reluzentes se tornaram cinza e sem vida.

O mar estava calmo, mas ainda assim, o barulho das ondas se chocando contra o porto parecia ensurdecedor. Não havia o grito dos comerciantes o chamando para dar uma olhada em seus novos produtos, nem o riso alegre das crianças que brincavam no cais. Até mesmo as gaivotas pareciam silenciosas.

Childe nunca tinha parado para reparar nesses pequenos detalhes, e seguindo Zhongli pelas ruas da cidade, sua caminhada parecia mais uma marcha fúnebre.

Eles estavam em uma praça da cidade, um lugar que, segundo Zhongli, haviam pequenas lojas e alguns dos restaurantes mais populares. A praça parecia tão morta quanto qualquer outra parte da cidade, mas as pessoas ali ainda tentava ganhar seu pão de cada dia.

Hazy ShadeOnde histórias criam vida. Descubra agora