Capítulo 32 (parte 2)

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NOTA:
Olá pessoas!! Me desculpem pela demora ;-; E me perdoem também por não responder os comentários, irei responder todos assim que possível!

Mas está aqui mais um capítulo pra vocês se deliciarem, espero que gostem :)
boa leitura 💖

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Kaeya queria vingança.

Albedo podia dizer isso por seus longos silêncios contemplativos e semblantes inexpressivos. Kaeya não era silencioso, e por mais que tendesse a esconder seus verdadeiros sentimentos, seu rosto jamais estaria em branco. Albedo o conhecia como a palma da própria mão, ou... como os símbolos químicos de cada um dos elementos da tabela periódica. Por esse motivo, ele podia dizer com certeza: Kaeya queria vingança.

Vingança por seus amigos caídos no campo de batalha. Vingança pela liberdade que foi tomada de Mondstadt... Vingança por seu irmão assassinado. E Albedo também sabia, que seu amado esposo já estava planejando algo.

As notícias vindas do outro lado do Porto de Pedra não eram nada animadoras. As pessoas se questionavam quanto tempo mais Liyue resistiria antes de naufragar sob o poder do Exército do Norte. E do outro lado do mar, nuvens de tempestade eletrizantes isolavam a já reclusa Inazuma, e cartas lançadas ao mar pelos civis que não podem deixar o país, relatam a situação caótica e desesperadora na qual a nação se encontra.

Mas enquanto Teyvat queima, algo se agita nas profundezas da terra. Albedo pode sentir, e ele sabe que Kaeya também pode.

Apenas dois dias haviam se passado desde o encontro de Kaeya com Lorde Barbatos, e desde que voltou para casa, o ex-capitão estava distante e perdido em pensamentos. Albedo se aproxima e se senta ao lado dele na janela de seu pequeno apartamento - eles tinham uma bela vista de Dragonspine.

Klee não estava em casa naquele momento, então eles poderiam conversar mais à vontade. Apesar do clima frio, os mais jovens eram obrigados a comparecer à Escola Preparatória - o meio que os Fatui encontraram para conseguir novos recrutas mais facilmente. Doutrinando-os desde pequenos, para que não se desviassem do "caminho da verdade". Klee odiava a escola com todas as forças, mas ainda assim, frequentava todas as aulas, apenas para evitar problemas. Afinal, nos dias de hoje, tudo era motivo para terminar pendurado com uma corda ao redor do pescoço.

— Qual é o plano? — o alquimista pergunta de repente, entregando ao outro, uma xícara de chá fumegante. Kaeya ergue uma sobrancelha, levemente confuso.

— O que o faz pensar que tenho um plano?

— Conheço você. — Albedo sopra o vapor que sobre sobre o chá, e encara o próprio reflexo sobre o líquido translúcido — Independente do que seja, saiba que sempre estarei ao seu lado. — pontua com um pequeno sorriso.

Em silêncio, Kaeya desvia o olhar, observando o telhado das casas cobertas de neve mais abaixo. Desde a queda de Dacarabian séculos atrás, Mondstadt não passava por um inverno tão rigoroso - talvez fosse a marca deixada pela nova divindade que possuía essas terras.

— Vamos libertar Mondstadt das garras dos Fatui. — o ex-capitão responde um tempo depois, bebericando o chá que aquecia suas mãos frias.

Albedo e encara, meditando em suas palavras. Os Cavaleiros de Favonius não existiam mais e, mesmo que não tivessem sido destituídos de seus deveres, não poderiam lutar pois seus melhores guerreiros estavam todos mortos. E o alquimista duvidava que, a essa altura, depois de tantas mortes, o povo de Mondstadt se levantasse em uma revolta contra o governo Fatui. Eles estavam com medo demais para isso.

— E... como faríamos isso, exatamente?

— Destronando a Arconte Cryo. — Kaeya estava decidido em suas palavras, mas Albedo ergue as sobrancelhas em leve espanto. Como diabos eles fariam tal coisa?! Eram apenas os dois, um capitão e um alquimista, contra o exército mais poderoso de Teyvat e uma deusa!

Hazy ShadeOnde histórias criam vida. Descubra agora