— Quanto tempo mais teremos que esperar? — Vlad anda de um lado para o outro na pequena cela na qual estavam presos desde que foram capturados pelos Cavaleiros de Favonius em Porto Dohrmann.
— Vlad, se continuar assim, você vai abrir uma vala no chão. — sentada ao lado de Ekaterina no chão da cela, Nadia soa tão cansada e desanimada quanto parece.
— Se essa for a única forma de sair~
— Cala a boca e se sente aqui! — Nadia esbraveja, o que restava de sua paciência se esvaindo num piscar de olhos.
Vlad não ousa desafiá-la. Ele se cala e, como um cachorrinho obediente, se senta no chão frio. O Agente permanece em silêncio por alguns longos minutos, até que a preocupação que sentia fala mais forte, e as palavras escapam de sua boa.
— Algo estranho está acontecendo. — comenta, e Nadia suspira profundamente — Estamos presos aqui há uma semana e até agora não tivemos nenhuma notícia sobre o Lorde Tartaglia.
— Bem ele... ficou muito ferido depois daquela luta contra o Yaksha. — Ekaterina esteve em silêncio durante toda a manhã, apenas ouvindo as discussões entre seus camaradas. A secretária sentia-se exausta, e assim como Vlad, estava morta de preocupação — Talvez ainda não tenha despertado, não acho que os Cavaleiros o deixariam morrer, afinal, nosso senhor pode ser uma carta na manga.
— Espere um minuto... Lorde Tartaglia? — uma voz misteriosa a direita se intromete na conversa, atraindo a atenção dos três agentes — Vocês são Fatui também, hum? — seja quem for, o sujeito do outro lado da parede soa aliviado.
Vlad abre a boca para responder, mas Ekaterina é mais rápida. Talvez, se tivessem sorte, eles poderiam tirar alguma informação desse prisioneiro: — ...Sim, nós somos.
— Oh, Arcontes! — o homem está contente em ouvir isso. A prisão na qual estavam era como um corredor longo e estreito, de pedra cinzenta escura e sem janelas, onde as celas eram posicionadas lado á lado, e a pouca iluminação que tinham ali era proveniente de tochas penduradas nas paredes, o que tornava quase impossível ver quem mais estava preso naquele lugar — É bom poder falar com camaradas mais uma vez. Me chamo Pavlov, eu... fazia parte da comitiva que acompanhava a Lady Signora.
— Você está aqui todo esse tempo?! — Ekaterina pergunta, levantando e se aproximando das grades. Ela não conseguia ver o homem, mas se se esforçasse um pouco, ele conseguia ver suas mãos pálidas e calejadas.
— Sim. — ele respondeu com um suspiro — Até perdi a conta dos dias. Disseram que vieram com o Lorde Tartaglia, certo? Isso é uma missão de resgate? — há uma pitada de esperança em suas palavras.
— Era para ser... — ela começa, mas Ekaterina não sabe como mentir para esse pobre coitado que estava tão feliz em simplesmente poder falar com alguém de sua terra natal outra vez.
— Mas as coisas não saíram como o planejado, e acabamos capturados em Porto Dohrmann. — Vlad responde, percebendo o dilema de Ekaterina, que sorri em agradecimento.
— Havia um Yaksha, Lorde Tartaglia tentou enfrentá-lo, mas... — ela conclui com um encolher de ombros que certamente o homem do outro lado da parede não poderia ver.
— Oh, sim... — toda a esperança de um resgate se esvai em um suspiro derrotado — Ouvi falar sobre o Yaksha. — ele diz — O pequeno demônio, é como o chamam. Bem, é uma pena. — Ekaterina vê as mãos do homem desaparecerem de vista. Decepcionado, ele se afasta das grades, e a secretária escuta o som distinto do tecido pesado de seu uniforme Fatui esfregando contra a parede áspera - ele havia se sentado no chão.
— Você que está aqui há tanto tempo, tem alguma ideia de para onde eles podem ter levado o Lorde Tartaglia, Pavlov? — ela pergunta, na esperança de tirar alguma informação do homem. Por menor que fosse, já acalmaria seu coração.
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Hazy Shade
FanfictionMais uma vez, a paz reina sobre Teyvat. Após anos de guerra, Childe está de volta a sua terra natal, Snezhnaya. De repente, sua vida se tornou cinza e desinteressante - nada acontecia. Mas tudo muda quando Dottore o envia um bilhete.