Pregnancy - merder

Shepherd

Derek sorriu aliviado quando pagou pelos donuts oleosos que sua esposa tanto queria e saiu do refeitório, andando pelos corredores do hospital.

Entrou no elevador e apertou o botão que levaria para o andar da emergência. A emergência era mais perto do estacionamento, melhor do que dar a volta na entrada do hospital.

Havia algumas pessoas em algumas macas sendo atendidos por internos e enfermeiras, mas Derek arregalou os olhos quando viu dois paramédicos entrarem correndo na emergência, junto com Dra.Bailey.

— Shepherd, graças a Deus você está aqui. — A mulher baixinha exclamou. — Homem de trinta e oito anos, acidente de carro. Hemorragia cerebral.

— Mas... eu não estou trabalhando hoje! — Exclamou, acompanhando a mulher, que não saia do lado da cama.

— Eu não me importo! —Bailey exclamou. — Dr.Nelson está em outra cirurgia e você está aqui. Agora se troque e participe dessa cirurgia!

Derek grunhiu, mas olhou para um interno de óculos que olhava assustado ao redor, esperando receber ordens do que fazer.

Ele tinha que salvar uma vida. Meredith iria entender.

— Você! — Apontou, fazendo o interno arregalar os olhos. — Leve esses donuts para o meu escritório e se alguém tocar neles... eu vou ter certeza que você vai passar o resto do seu internato fazendo exames retais, você me ouviu?

— S-s-sim, senhor. — Assentiu assustado.

— Então ande logo! — Entregou o saco de papel para ele e o viu sair voando pela porta.

— Desejos da grávida? — Bailey perguntou irônica, vendo Derek pegar uma pequena lanterna e verificar os olhos do paciente.

— Ela de repente teve uma louca vontade de comer esses donuts sem gosto do hospital. — Derek respondeu.

— Ei, eu gosto desses donuts, Shepherd! — Miranda exclamou ofendida.

— Eu vou me trocar. — Falou, saindo de perto do paciente. — Leve ele pra cirurgia que já estarei lá!

***

Derek suspirou com o silêncio na sala de cirurgia. Ele adorava esse silêncio.

Trabalhava no cérebro do paciente para controlar a hemorragia enquanto Dra.Bailey mexia no abdômen aberto.

— Como está Meredith? — Miranda quebrou o silêncio. — Comprando muitas roupinhas?

— Ela está ótima. — Levantou a cabeça, sorrindo para a médica baixinha. — E estamos estocados de roupinhas de bebê, na verdade, ela está planejando outra ida a loja para comprar mais.

— Já sabem o sexo?

— Não. Mas ela está fixa que é uma menina. Estaremos ferrados se ela estiver errada.

— O instinto de mãe nunca erra, Shepherd. — Dra.Bailey falou. — Eu soube que era um menino desde o início da minha gravidez.

— Como está Tuck?

— Oh, ele está ótimo. — Sorriu por trás da máscara. — Daqui a pouco está terminando a escola.

Derek assentiu, sorrindo. Luke era dois anos mais velho que Tuck.

— Já está pensando se vai fazer alguma faculdade?

— Oh, ele está pensando em medicina. Também tendo uma incrível mãe cirurgiã como exemplo. — Deu uma risadinha. — E Luke? O que ele pensa em fazer da vida?

— Oh, ele é apaixonado por música. Mas pensa em fazer faculdade de psicologia.

— Ele ainda está namorando aquela menina? Julia?

— Julie. — Corrigiu gentil. — E sim, nunca vi ele tão apaixonado como ele é por aquela menina.

— Bem, aparentemente, ele é um romântico como o pai. — Riu.

Derek soltou uma risada.

— Disso eu tenho certeza.

***

Derek colocou suas roupas de volta e pegou seu celular no bolso da calça, bufando quando o mesmo não ligou. Descarregado.

Se levantou e pegou o carregador reserva, colocando seu celular para carregar e se sentou no sofá. Esperaria alguns minutos para o aparelho poder pegar alguma carga e ele poder ligar para sua esposa, dizendo que apenas demoraria mais alguns minutos pois queria notícias de seu paciente.

Mas antes que pudesse esperar, ele deitou a cabeça no braço do sofá e caiu em um sono profundo.

Horas depois, ele acordou com a voz de Dra.Bailey assim que ela abriu a porta de seu escritório.

— Shepherd, o que diabos você ainda está fazendo aqui? — Ela exclamou, vendo ele coçar os olhos.

— Eu... eu queria notícias do paciente. — Bocejou. — Que horas são?

— Shepherd, já está quase anoitecendo! — Apontou para a janela, aonde o sol já começava a se pôr.

Derek arregalou os olhos.

— Minha esposa vai me matar.