XIV Capítulo

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NEVERLAND.
ANOS ANTES DE EMMA CHEGAR A ILHA.

P.O.V Tinker
Desviei de mais uma bola de canhão. Aquele maldito navio não iria desistir. O Jolly Rogger tinha bolas de canhão suficiente para alguma hora me derrubar. Mas não iria me entregar fácil. Joguei uma bomba de fumaça neles e atingiu um pirata, voei mais depressa, mas então jogaram uma rede em mim e cai bem no convés do navio.

-Ninguém escapa de Killian Jones -aquele pirata imbecil disse se exibindo- Agora, fadinha ridícula, vou pegar o que é meu de volta.

Ele pegou minha bolsa que estava na cintura, a abriu e pegou os dois feijões mágicos.

-Guarde-os nos meus aposentos Smee, vou conversar um pouco com nossa convidada.
-Convidada? Ta mais pra prisioneira -disse.
-Não diga isso, querida -ele se agachou na minha frente- Agora que tal irmos passear?
-E para aonde vamos, posso saber?
-Neverland.

Neverland. Já havia ouvido falar deste lugar, não tinha boa fama. Me disseram que Peter Pan morava lá com seus meninos perdidos.

Ouve uma explosão, não sei dizer ao certo o que aconteceu, apenas sei que quando abri os olhos estávamos em uma ilha. Neverland. Killian me olhou e disse algo para Smee que não consegui compreender. Mas logo depois, dois homens estavam me levando para fora do barco. Killian ia logo atrás de nós. Adentramos na mata e fomos andando por muito tempo, até que uma risada fez com que parássemos de andar. Peter Pan estava na nossa frente, e todos seus meninos perdidos estavam em volta de nós.

-Vejo que me trouxe uma fada, Jones -ele se aproximou de mim- O que faz com tal preciosidade?
-Ela tentou roubar os feijões mágicos, tome -ele jogou a bolsinha com os feijões para Peter- Pensei que poderia fazer de algo de útil com ela. Não me serve de nada.
-Realmente... Posso ter planos para ela.
-Então divirta-se, estamos indo embora.
-Até daqui a cinco meses, Jones.

Os capangas de Killian me jogaram no chão, aos pés de Pan. Os três foram embora e Pan se ajoelhou na minha frente.

-Seja bem vinda a Neverland, tenho certeza de que nos divertiremos muito por aqui.

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Já estava com eles a seis meses, eram terríveis. Os meninos perdidos não me respeitavam e Peter mal parecia notar que eu existia. Pouco fazia na ilha, era apenas mais um "item" que Pan precisava. Peter fez um acordo comigo que eu tive receio de não aceitar: eu lhe entregava pó de fada entre outros e ele me mantinha viva. Pode ser que tenha mentido, mas como ele não tem boa fama, preferi não recusar. De dois em dois meses ele vem me ver e exige o que pediu da última vez, e é assim desde sempre. Detesto esta rotina, mas não consigo achar uma maneira de sair da ilha, o que me torna uma prisioneira.

Hoje estava passeando pela ilha, procurando algo para fazer, tudo era tão pacato por aqui. Mas foi quando ouvi um grito e duas formas escuras no céu que me assustei. Voei um pouco para o alto e tentei ver quem era... Sombra. Estava carregando um garoto pela camiseta. Ele o jogou do ar e me apressei em pegá-lo. Quando peguei, o coloquei na praia. Ambos ficamos cheios de areia.

-Onde estou?! Quem é você?! -ele gritou.
-Está tudo bem, eu juro! Sou Tinker Bell, pode me chamar de Tinke. Você está em Neverland.
-Isso é impossível... Esta ilha não existe.
-Existe, e você está nela.

Ouvimos um barulho e todos os meninos perdidos apareceram e nos rodearam, inclusive Pan. Ele se aproximou do garoto e colocou sua mão no ombro dele.

-Seja bem vindo a Neverland, sou Peter Pan e estes são os meninos perdidos. Qual seu nome?
-Jack.
-Seja bem vindo Jack. A ilha é sua casa agora, meninos! -gritou a última parte.

Welcome to Neverland   •em revisão•Onde histórias criam vida. Descubra agora