O mundo ficou parado por um tempo que pareceu mil anos. Jack ficou branco. O sangue não parava de escorrer de seu peito. Ele caiu de joelhos e eu berrei seu nome. O guarda atrás dele virou de costas e saiu andando no meio da noite. Os meninos deixaram suas armas caírem e se ajoelharam no chão, com as cabeças baixas. Eu corri até Jack e o peguei antes que caísse no chão, o coloquei deitado em meu colo.
-Jack... Jack... Isso vai doer -retirei a espada de seu peito por trás e ele gemeu de dor.
-Sel... -ele olhava para o céu, com uma expressão de horror no rosto.
-Jack! Por favor, fica comigo! Meninos! -olhei para eles, mas todos continuavam parados, ajoelhados- Alguém! Peguem algo! Façam algo!
-Eles não... Não vão... Se mexer...
-Porque?! -meu rosto estava manchado de lágrimas que não paravam de cair.
-Peter... -ele estava tossindo sangue- Nos ensinou que... É inevitável que... Alguém não... Morra em uma batalha... E que nós temos que... Aprender a viver com... Isso...
-Mas isso não é certo! -berrei- Eu não sei como te salvar, eu não sei como te salvar, eu não sei como te salvar...
-Não... Precisa... -ele sorriu, o sangue não parava de escorrer de seu peito- Me sinto tão... Livre...Ele sorriu uma última vez e morreu.
P.O.V Narrador
Os meninos continuavam ajoelhados enquanto o corpo de Jack permanecia no chão, sem vida. O céu estrelado fornecia a luz suficiente para ver os lindos olhos prateados do garoto. Selina havia deixado o local a muito tempo, buscando vingança. Quando encontrou o guarda que procurava, não teve piedade do homem. Lançou um raio que fez com que ele gritasse de dor, uma dor alucinante. O fogo que queimava em Selina queimava mais e mais forte conforme ela usava sua nova habilidade. O pobre homem ficou no chão, sem poder se mover.-Eu tenho um recado para vossa majestade, e é melhor que ela receba.
-Por favor... Por favor... -implorou o guarda- Eu tenho família, uma filha de dois anos... Eu só obedeci ordens...
-Sabe ao menos qual era o nome dele?
-Por favor senhora... Por favor...
-O nome dele era Jack!! -Selina berrou e entou jogou uma bola de fogo enorme no guarda.A bola de fogo queimou suas roupas, ficando apernas com parte de suas calças e sem camisa.
-Ah! -o homem berrou de dor, pois havia queimaduras em seu corpo- Por favor pare!
-Oh, eu vou parar -ela se ajoelhou ao lado do homem- Assim que você sentir o que ele sentiu.E com esta frase, uma espada surgiu na mão da garota. Segundos depois, qualquer pessoa que estivesse por perto, ouviria os gritos agonizantes de dor do guarda.
P.O.V Regina
-Crocodilo! -berrei quando já me encontrava em sua sala de estar.
-Hi hi hi, olá minha cara. Acho que deixei bem claro que cada um cumpriu sua parte no plano. Já pode ir embora -ele fez um gesto com as mãos- Anda, vai, vai -ele deu aquele sorrisinho irritante.
-Não me trate como um animal!
-Então não me chame de um, minha cara.
-Argh... -respirei fundo- Vim falar sobre a garota, ela é mais poderosa do que pensávamos.
-Na verdade, minha cara, ela é mais forte do que você pensava -disse dando enfase no "você".
-O que quer dizer com isso?
-Simples, eu amentei os poderes dela -fiz uma expressão confusa- Faz tudo parte do plano! Veja, minha cara, fizemos um acordo em que assim que eu conseguisse o que queria, a garota seria sua para desfrutas dos poderes dela como bem quisesse. Mas olhe bem, eu menti! ha ha ha.
-Seu monstro sangue frio... -formei uma bola de fogo nas mãos mas ele rapidamente a apagou. Bufei e continuei- Porque raios fez isso? Ela é mais poderosa que eu, temo dizer que ela é mais poderosa que você.
-É tudo questão de tempo minha cara. Preste atenção. Mandei uma velha amiga destruir Neverland com um veneno poderoso que não tem cura, mas os espertinhos congelaram a ilha. Assim o veneno não irá se propagar, ou seja, preciso de outra maneira de destruir a fonte de poder do meu pai. Mas há um poderoso feitiço protegendo a ilha, então não posso entrar lá. Nem pelo Antigo Portal, pois o mesmo foi destruido recentemente. Então preciso destruir a ilha com um poder enorme, mas Neverland só pode ser destruída pela mesma magia que criou, netes caso, meu pai e Selina. A magia de meu pai é poderosa, mas não o suficiente. Então aumentei os poderes de Selina para que a mesma os usasse e quando ela menos perceber, tomarei seus poderes novos e enfim destruirei Neverland. A magia que antes alimentava meu pai irá acabar e ele vai apodrecer pedaço por pedaço, até virar pó -ele deu uma risadinha- Brilhante! Não acha?Fiquei quieta por muito tempo, analisando cada parte de seu plano.
-Você o odeia tanto assim? -perguntei.
-Oh sim, eu o odeio mais que tudo -ele abriu o armário dele para guardar uma luva.
-E no entanto você ainda o chama de pai -ele congelou.P.O.V Rumple
-O que disse? -perguntei.
-Você ainda o chama de pai. Não pode negar Rumple, por mais que o odeie ele ainda é seu pai. O que estou para fazer com meu pai... No feitiço... Eu jamais me perdoarei por isso, me arrependerei cada dia. E tenho certeza de que você irá fazer o mesmo com o seu.
-Não ouse dizer que eu ainda amo aquele...
-Não disse -me interrompeu- que ainda o amava. Disse que vai se arrepender. Se bem me lembro da discussão de vocês aquele dia, ele estava pedindo desculpas. E mesmo assim você o prendeu."Estava sentado na poltrona, esperando por Pan. E quando ele surgiu, por mais estranho que tenha sido, ele sorriu.
-Rumple... -ele riu e quase chorou- Há quanto tempo.
-Olá, pai.
-Nossa... Nunca pensei que ouviria você dizer isso de novo -uma lágrima escorreu de seu rosto.
-Porque está chorando?
-Porque eu sonhei com este dia cada segundo desde que o deixei, e não sabe como me arrependo.
-E, no entanto, mandou seu companheiro roubar este objeto que suga a magia de qualquer um que está segurando agora.
-Rumple, é só por precaução. Quando soube que você, meu filho, se tornou o Senhor das Trevas... Não pude sentir nada além de orgulho. Você conquistou muito para estar aqui, parabéns Rumple.O sorriso sumiu de meu rosto.
-Apenas peguei a caixa por precaução, tive medo de que você resolvesse me atacar antes de poder explicar tudo. Eu nunca o machucaria filho, sabe disso.
Fiquei em silêncio.
-Filho... Sabe que eu nunca o machucaria, certo? -ele deu um passo e foi ai que Regina andou para ficar do meu lado- Regina?! Mas o que...
-Simples, papai -falei praticamente cuspindo as palavras com ódio- Eu sofri por anos e anos. Enquanto você imaginava nosso reencontro, eu imaginava sua morte.Ele pareceu chocado e recuou.
-Eu sinto muito Rumple! E sabe disso!
-Não, e não sei! -berrei e me levantei da cadeira- Você me largou com aquelas confeiteiras idiotas enquanto você brincava de ser a criança feliz que eu nunca consegui ser!
-Sinto muito Rumple... Mas eu... Não... -ele parecia realmente chocado- Não posso deixar que me mate.Ele abriu a caixa e o imprevisto aconteceu. A caixa sugou os poderes de Pan, não os meus. Ele gritou de dor. Linhas verdes, que representavam seus poderes, saíram de seu peito e foram para a caixa. Ele se ajoelhou e continuou gritando. Quando seus poderes estavam na caixa, a mesma se fechou e Pan caiu no chão, desacordado. Regina pegou a caixa e sumiu, mas ela era o menor dos meus problemas.
-Agora papai, é a minha vez de brincar! Hi hi hi hi!"
-Você não entende -disse- Ele é um monstro.
-Não Rumple. O único monstro aqui é você.
-Não se atreva sua cadela imunda!Virei e joguei uma faca nela, mas a mesma sumiu em uma névoa e a faca caiu do outro lado. Vadia... Ela não entende nada! Me deixar com aquelas confeiteiras não foi a única coisa que ele me fez, ele deixou um legado que me afetou a vida toda. E agora, é hora de mudar este legado, mudar minha vida. Não importa o que tenha que fazer, o plano vai dar certo.
-Vejo que sua companheira se preocupa com você -ouvi uma voz feminina atrás de mim.
-Emma.
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Welcome to Neverland •em revisão•
FanficA história de que todas as crianças crescem, mesmo uma, é conhecida mundialmente. Mas há um pequeno erro nesta história, Peter Pan não era um menino bonzinho como todos pensam. Quem escreveu a história queria pensar que em outra vida, ou em outro un...