VIII Capítulo - 2° Temporada

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P.O.V Selina
Assim que atravessei o portal, cai em um monte de folhas. Os meninos me ergueram e me seguraram até conseguir ficar em pé. Os meninos já haviam montado uma barraca, fogueira e alguns estavam ao longe, de guarda, provavelmente.

-Você demorou pra atravessar o portal -Jack veio correndo.
-Mas... Eu só fiquei o que? Uns 15 minutos falando com Sombra?
-O tempo de Neverland passa mais rápido do que aqui. Para nós, você demorou uma meia hora.
-Uau... Espera, o tempo de Neverland é o dobro dos outros reinos?
-Bom, não o dobro, mas podemos pensar assim.
-Então... -minha visão começou a ficar embaçada- A quanto tempo... Peter...

Cai e os meninos em volta me pegaram.

-Acho que o Portal acabou com seu fôlego e o resto da força que tinha, venha -Jack me pegou no colo e me levou para a barraca- Trouxe minha barraca lá da ilha pra você.
-Como sabia que usaria?
-Porque por mais que você tentasse disfarçar, percebia o quanto estava exausta.
-Obrigada...

Entramos na barraca e havia uma cama ali. Jack me deitou nela e me cobriu com uma manta.

-De onde veio essa cama? -perguntei.
-Daqui -ele pegou uma mala enorme e a abriu- Feitiço de expansão, cabe qualquer coisa que passar pela mala. Agora durma, vamos buscar algo para você comer. Voltamos em breve, e fique tranquila quanto a sua segurança, os meninos perdidos vão cuidar de você.
-Obrigada... Por tudo...

Fechei meus olhos e nem prestei atenção no que ele disse em seguida.

P.O.V Peter
-Olhe só, parece que você perdeu.

Olhei para frente, Regina.

-O que quer, vadia? -perguntei.
-Ver se o plano de Rumple havia dado certo.
-Já viu o que queria, agora vá.

Regina se aproximou da cela e se agachou na minha frente.

-Me responda, porque Rumple o odeia tanto?
-Não sou obrigado a te responder.
-Vou melhorar a pergunta: porque você acha que poderia ganhar do Senhor das Trevas?
-Por que você acha que sou obrigado a te responder?
-Basta!

Ouvimos uma voz ao longe, seguida de uma risada. Rumple se aproximou bem lentamente e com um gesto, Regina de levantou e saiu.

-Sua decisão de se unir a minha aliada para me derrotar, foi a segunda pior que fez nestes anos -ele disse e riu novamente.
-Rumple... Por favor, entenda!
-Jamais! Você me abandonou com duas confeiteiras ridículas! Eu precisava de um pai!

Ele berrou e o silêncio permaneceu na masmorra.

-Agora, papai, você vai sentir todo o sofrimento que vivi nestes anos.

E com esta frase, se envolveu em uma neblina roxa, e sumiu.

P.O.V Selina
Quando acordei, era por volta de meio dia do dia seguinte. Foram as horas de sono mais gostosas que já tive. Me levantei e minha barriga protestou, estava morta de fome. Sai da barraca e todos os meninos, menos os que estavam de guarda na frente e atrás da barraca, estavam em volta de uma fogueira. Não avistei Jack, nem Tinke.

-Até que enfim -Alex disse vindo até mim- Você dormiu desde que chegamos ontem.
-Eu sei -ri- Mas ainda estou cansada. O que os meninos trouxeram para comer?
-Encontraram uma vila perto daqui e furtaram muitas coisas. Não se preocupe, tem comida para alimentar um exército.

Ri. Eu e Alex fomos para a fogueira e os meninos me entupiram de comidas e bebidas, que foram muito bem recebidas. Comi tudo que podia e até mais. Já era de noite quando Jack e Tinke voltaram. Jack me viu e correu para a barraca, voltando com um frasco transparente com um líquido vermelho.

Welcome to Neverland   •em revisão•Onde histórias criam vida. Descubra agora