Welcome to Neverland •em revisão•

XXII Capítulo - 2° Temporada

P.O.V Selina
Desmontamos o acampamento improvisado na clareira em menos de uma hora. Alex insistiu que eu não fizesse nada, então fiquei de pé na frente da cova improvisada de Jack.
Nesse meio tempo, fiquei pensando em como minha vida mudou de um segundo para o outro. Em um momento era uma Caçadora de Sombras em movimento, no momento seguinte estava em Neverland pra morrer. Em um momento eu passei a pior aventura da minha vida, no momento seguinte tudo ficou bem e sobrevivi mais de uma vez. Em um momento perdi o amor da minha vida, no momento seguinte perdi meu melhor amigo. E nesse momento, sei que meu caminho é uma passagem só de ida para o inferno. E é melhor o diabo estar pronto quando nos encontrarmos.

P.O.V Peter
Não vou aguentar muito mais tempo.
Por alguma razão, Rumple passou a me torturar constantemente há dois dias. Se fosse apenas cortes, facadas, espadas, martelos, pouco me importaria. Posso passar por isso, posso me curar rapidamente. Mas o que mais dói, o que não posso suportar, são as visões.

Rumple cria visões de Selina, de Jack, de Felix, de minha mãe, de Rumple quando era criança... Sangue por toda parte... Corpos empilhados... Lágrimas... Gritos... Desespero por todos oa lados... Eu não posso aguentar mais.

-Peter? -ouvi uma voz feminina na minha frente, Selina
-Selina... -ela se aproximou e me abraçou- Eu sinto sua falta...
-Do que está falando? -ela me soltou e segurou meu rosto levemente com as mãos- Eu estou aqui.
-Não... Não está... -uma lágrima escorreu de meu olho- Você não está aqui. Pelo menos não aqui, neste calabouço.
-Eu estou bem na sua frente, não me reconhece?
-Você é uma projeção.

E assim que terminei, sangue estava escorrendo de seu peito. Ela deitou no chão e vi o brilho de seus olhos sumirem lenta e dolorosamente. E a pior parte, era que ela nem mesmo estivera lá.

-Hoje é um dia glorioso! -Rumple apareceu e chutou o corpo de Selina- Ah, pobre papai, o amor da sua vida está bem morto na sua frente, não é?
-Ela é uma projeção.
-E quando for a verdadeira? Vai saber reconhece-la?
-Selina é única. Não importa quantas projeções você mande para mim, nenhuma delas chega aos pés da Selina verdadeira.
-Parece que terei que ser mais cruel então -ele sorriu e soltou uma fumaça amarela pelo aposento. Infelizmente, a inspirei e ouvi suas risadas que logo se interromperam. Assim que a fumaça passou, estava em casa.

Estava em casa. Na cabana. O barulho dos meninos perdidos lá fora era alto. Estava saudável e sem machucados. Eu... Estou livre! Livre! Saí correndo para fora e no segundo seguinte, o barulho cessou. Pilhas e pilhas de corpos de meninos perdidos, os antigos meninos perdidos. Houveram muitas guerras em Neverland, e muitos meninos mortos em combate. E agora aqui estavam, todos eles, sem vida e sem o brilho do sorriso que eles costumavam ter.

-Porque deixou isso acontecer conosco, Peter? -era uma voz atrás de mim.

Jack. Era Jack.

-O que aconteceu aqui? -perguntei desesperado.
-Você nos matou, Peter. Matou a todos nós.

Um segundo depois, uma espada estava atravessada em seu peito, gritei seu nome em desespero, mas ele continuou no lugar. Continuou no lugar, parado e sangrando.

-Sua ganancia matou a todos nós -ele disse- Como pode deixar uma coisa dessas acontecer com nós? Seus meninos perdidos? Que disse que iria proteger com toda sua força e poder? Como pode?
-Jack... Eu sinto muito! Não queria que nenhum de vocês tivesse morrido! Eu me arrependo!
-Não, não se arrepende. Porque agora tem tudo o que queria. E quanto a nós? Estamos presos em uma dimensão escura e torturadora por termos nos unidos a você. Você nos amaldiçoou, e agora vamos todos pagar pela sua ganancia.
-Eu tentei proteger todos vocês! Você mesmo me ajudou a salvar muitos meninos perdidos! Sabe que mais do que ninguém eu me sinto responsável por todos eles! -apontei para os meninos mortos- Sabe disso...
-Não Peter, eu não sei. E agora que estou morto, culparei você pelo resto dos meus dias no inferno.