XIX Capítulo - 2° Temporada

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Me virei e me deparei com um homem com pele dourada que se parecia com a de um crocodilo, tinha cabelos enrolados e tinha um sorriso no rosto que era assustador.

-Quem é você? -perguntei.
-Sinto muito se não me apresentei querida, mas tenho certeza de que Pan lhe disse muito sobre mim.
-Rumple...?
-Na mosca querida! Hi hi hi hi.
-O que fez com Peter?
-Porque se importa tanto com ele? É só mais um pedaço inútil no mundo.
-Não diga isso dele! -berrei.

Senti aquele fogo em mim novamente e comecei a jogar bolas de fogo uma atrás das outras em Rumple, mas ele simplesmente as absorvia. Quando me cansei, cerrei minhas mãos em punhos e o olhei com ódio.

-Isso minha querida, belíssimo show! -o sorriso sumiu de seu rosto- Pena que foi em vão.

Ele ergueu sua mão e fui automaticamente lançada para o alto, indo para trás. Bati minhas costas em uma árvore e gritei com a dor, quando cheguei ao chão tentei me levantar rapidamente, mas Rumple já estava na minha frente.

-Agora minha querida, é tudo um relógio, uma questão de tempo. Eu quero brincar com você, testar você. E a corrida para encontrar seu amado Pan, começa agora.

Ele se envolveu em uma fumaça roxa e desapareceu.

P.O.V Peter
Não sentia mais minhas mãos, estava morrendo de fome, com dores em todo o corpo e um pressentimento horrível de que Selina estava em perigo. Ficava o dia inteiro com os braços esticados, ajoelhado e de cabeça baixa. Meus braços estavam completamente sem força.

-Voltei, papai -Rumple surgiu se uma fumaça roxa- Sentiu minha falta?
-Quer mesmo que eu responda?

Ele riu novamente. Abaixei a cabeça novamente e fechei os olhos.

-Acho que está na hora de contar o que vem acontecendo no mundo lá fora, papai. Por onde eu devo começar?... Ah, já sei! Hook e Will escaparam das masmorras.
-Disso eu divido muito. O que está aprontando Rumple? -levantei a cabeça e ele me olhou com um olhar assassino em seus olhos de crocodilo.
-O que o faz pensar que estou planejando algo, papai?
-Eles não fugiram, você os libertou. Porque?
-Vamos jogar um jogo, okay? Eu lhe conto os fatos -ele fez uma cadeira aparecer, se sentou na mesma e cruzou as pernas- E você os junta em uma história só, o que acha?

Não respondi nada, apenas voltei a abaixar a cabeça.

-Perfeito! -ele continuou- Primeiro fato, capturei você. Segundo fato, quebrei minha trégua com Regina. Terceiro fato, libertei Hook e Will. Quarto fato, tudo está acontecendo como planejado. Sexto fato, tudo ocorrerá em um dia. Sétimo fato, estou lhe contando as etapas do meu plano. Oitavo fato, cada pessoa que faz parte do plano está sendo manipulada a fazer o que eu quero ou pensar como quero. Agora ande, papai. Resolva o quebra cabeça.

Pensei e pensei. Oh não...

-Eu te abandonei quando criança -comecei- sem uma mãe para cuidar de você, agora quer vingança. Previu que um dia eu iria te procurar e manteve alianças com poderosos magos, mas assim que teve o que queria quebrou o laço com um deles. Libertou Will e Hook porque sabe que eles encontrariam os meninos perdidos e todos iriam me buscar. Está contando para mim porque quer ver meu sofrimento ser maior quando vir eles morrerem na minha frente. A parte sobre manipular as pessoas... Está fazendo com que cada um faça sua parte no plano, da maneira que for necessária.
-E?
-E... -uma lágrima escapou de meus olhos- Quer matar Selina na minha frente, como quando fiz com sua mãe.

Um silêncio predominou na masmorra. Depois de algum tempo, ele começou a bater palmas sarcasticamente.

-Brilhante, papai. E sabe qual vai ser a melhor parte? Você saber disso tudo e não poder salvar sua amada Selina.

Welcome to Neverland   •em revisão•Onde histórias criam vida. Descubra agora