XXVIII Capítulo - 2° Temporada

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P.O.V Selina
Quando acordei tudo estava girando e anoitecendo. Me esforcei para levantar e fui até a saída da ilha. Eu nunca conseguiria remar até lá, tanto porque não tem o barco aqui, tanto porque eu sinto que vou morrer a qualquer segundo se não parar o sangramento. Mas eu ainda tinha meu colar que Peter me deu em meu aniversário, com pó de fada. Abri e joguei todo o conteúdo em mim. Comecei a voar e estava bastante turbulento na verdade. Mas assim que cheguei na praia, não aguentei.
Me virei e olhei o céu alaranjado, roxo e amarelo. O cenário perfeito.
E assim, fechei os olhos novamente.

P.O.V Peter
Me levantei e assim que me virei, Emma estava lá.

-Você... Realmente matou seu filho?
-Eu não o matei, tomei cuidado para não atingir o coração e nenhum outro órgão -disse soluçando um pouco- Apenas... Apenas...

Eu não conseguia conter as lágrimas. Mas respirei fundo e continuei.

-Apaguei a memória dele sobre mim. Eu nunca conseguiria matar ele, nunca.
-Mas você mata sem pensar... Você é um monstro.
-Emma... Selina me mudou. Quando vai perceber isso? Ela me disse que era aprisionada em casa e no inicio eu iria matá-la, mas sabe porque eu era tão insensível? Tinha perdido um filho e o amor da minha vida. Pensa que é a única com cicatrizes que não se fecharam, mas você está muito enganada. Eu tentei por anos encontrar meu filho e esposa, mas desisti depois de muito tempo. Pensei que estivessem mortos. Naquele dia eu perdi todo o amor do meu coração. Mas Selina, a nossa linda Selina, ela me mostrou esse amor de novo -eu comecei a sorrir- O amor inocente e puro que...
-Ela está morta -ela me interrompeu e o sorriso sumiu de meu rosto.

Eu... Fiquei em silêncio por alguns segundos.

-O que? -perguntei.
-Eu... -ela começou a chorar- E eu... Sinto tanto...

Ela caiu no chão e começou a chorar. Eu perdi minha Selina, minha pequena Selina. Mas eu ainda podia sentir ela na ilha, viva e respirando. Mas como da última vez, pode ser minha imaginação tentando não ver a realidade.
Andei na direção dela e fiquei parado. Chorei mais e quando ela notou que eu estava parado na frente dela, estendi minha mão e ela aceitou a mesma para se levantar.

-Você a matou, não foi? -perguntei quase matando a mim mesmo- Você matou ela.
-Sim... E eu te imploro que... Que me faça um favor.
-Você quase destruiu a ilha, quase me matou, matou um dos meus meninos, matou uma garotinha, manipulou quase todo mundo aqui e ainda matou Selina -disse soluçando e secando algumas lágrimas- Por que eu te ajudaria?
-Eu não vou conseguir viver sabendo que você está vivo, então o melhor é eu não saber que você existe. Faça o que fez com Rumple em mim, apague minha memória de você.
-E quer que eu apague as de Selina também? -perguntei perplexo.
-Não, claro que não. Vou ter que conviver sabendo disso. Você nunca mais me verá e Selina vai finalmente descansar em paz. Eu te imploro, Peter Pan. Te imploro.
-Antes -disse enfiando minha mão em seu peito e retirando seu coração- Aprendi algumas coisas na Floresta Encantada, uma magia muito linda.

Apertei o coração dela levemente e Emma gritou de dor.

-Você matou ela... -disse com raiva- Você matou a Selina! -apertei o coração mais forte.
-Por favor, eu imploro! Me faça esquecer tudo e... ARGH! Me mande embora! ARGH!
-Antes, como eu salvo a ilha do veneno?
-O veneno... -ela disse respirando com dificuldade- Foi feito com sangue de um inocente e sangue de uma pessoa com ódio. Apenas os mesmos ingredientes podem acabar com o veneno.

Fiz o coração dela sumir e me agachei na frente dela.

-Você pode até não vir mais atrás de mim, Emma -disse segurando no queixo dela- Mas isso não quer dizer que eu não vá querer ir atrás de você.

Welcome to Neverland   •em revisão•Onde histórias criam vida. Descubra agora