XXVII Capítulo - 2° Temporada

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P.O.V Selina
-Selina... O que vai fazer? -Emma perguntou se levantando e pegando a espada dela.
-Tudo começou aqui mãe. Sua fuga da ilha, sua volta, tudo. E vai ser aqui que vai acabar.
-Você não vai mesmo querer lutar comigo, vai?
-Porque não? -ela riu- Você me subestima. Ainda me enxerga como uma criancinha, não é mesmo? Pois eu vou te contar uma coisa, mamãe -disse cuspindo as palavras- Eu cresci. E se tiver que te matar para conseguir viver em paz e feliz na ilha com Peter, não me importo nem um pouco.
-Quem diria. A minha garotinha que tinha medo da morte ameaçando a própria mãe.
-Você deixou de ser minha mãe a muito tempo -com essa frase ela deixou cair uma lágrima- Olhe só, está chorando. Não achei que pudesse chorar, na verdade, não achei que tivesse sentimento algum.
-É claro que tenho sentimentos! -ela gritou- Eu sinto falta da minha pequena e inocente Selina! A garotinha que cresceu antes da hora, a garota que sempre foi minha filha.
-Pois vou te contar um coisa, essa garotinha se perdeu a muito tempo -disse avançando para ela.
-Você se tornou igualzinha a ele -parei de andar- Está igualzinha a ele. Ameaçando a tudo e todos para conseguir o que quer.
-Oh! "Era o plano desde o início, manipular tudo e a todos para conseguirmos o que queremos" -disse imitando a voz dela- Bom, parece que o jogo virou não é mesmo?

E com isso, parti para o primeiro ataque. Ela se defendeu, mas tirei uma adaga da minha bota e fiz um enorme corte em seu braço direito. Com isso ela soltou a espada e andou para trás, eu chutei a mesma e pela primeira vez vi em seus olhos uma coisa que nunca estiveram ali, pânico. Eu chutei sua cara e ela ficou alguns segundos atordoada, então parti para mais um ataque. Tentei enfiar minha espada em seu peito, mas ela desviou e enfiei no corte que havia feito antes, ela berrou de dor e a chutei novamente, mas desta vez no estomago. Ela caiu, mas se levantou em um segundo.

-Ora, ora... Isso é a cena mais engraçada que já vi na minha vida -ela tirou outra espada do suspensório e ficou em posição de luta- Não acho que nenhuma de nós irá perder e não acho que nenhuma de nós irá ganhar, mas acho que pelo menos uma de nós vai voltar pra casa muito, muito machucada.

Gritei e parti para cima dela. Ela começou a lutar de verdade, desviando aqui e ali de mim. Mas então ela parou de se defender e sim a atacar. Ficamos com as espadas cruzadas uma hora e ela tirou uma adaga do bolso e tentou me arranhar, mas eu pulei para trás e recuei. Ela partiu para cima de mim e defendi de seu golpe, lançando a espada dela longe. Mas ela pegou a adaga e enfiou em minha coxa.
Berrei de dor e com um movimento a lancei para o outro lado da caverna. Tirei a adaga e olhei o machucado, estava sangrando muito.

-Ora sua... -senti aquele fogo em mim novamente.

Lancei um raio nela, mas a idiota se lançou para o lado e se levantou, pegando a espada de novo e vindo para cima de mim. Criei um campo de força em cima de mim e tentei aguentar a força dela, me esgueirei para o lado e peguei minha espada. Tirei o campo e desviei da mesma.

Ela parou de brincar comigo, e eu também. Me levantei e tentei me manter de pé, desferindo ataques contra ela. As técnicas que Peter me ensinou nestes últimos tempos foram muito úteis agora. Eu tenho uma coisa de sobra, raiva, e aprendi a usar ela a meu favor. Não posso simplesmente pegar uma espada e balançar ela, tenho que concentrar a raiva e acabar com meu adversário.
Cruzamos as espadas e eu chutei seu estomago, fazendo ela se curvar. A empurrei e tirei sua espada de suas mãos. Ela caiu no chão e coloquei as espadas em seu pescoço. Mas ela usou essa minha posição como vantagem e chutou minha perna machucada e gritei de dor, ela pegou as espadas de mim e pronto. Ela estava em cima de mim, com o joelho em cima da minha ferida. Eu berrava de dor e chorava.
E, mais uma vez, aquele fogo estava surgindo em mim. Sentia meus olhos arderem, assim como todo meu corpo.

-Já chega Selina -ela disse quando eu virei a cabeça de lado, para não ter que olhar para ela- Eu não vou te matar, mas vou te levar para casa. E ai sim seremos felizes.
-Nunca pensei que você fosse tão cabeça dura assim, tão consumida pelo ódio.

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