capítulo 14

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Depois da pequena, ou nem tanto assim, sessão de cuidados e de algumas fotos para guardarem de recordação e se zuarem no futuro, Sabo decidiu por fazer uma proposta a Koala, não sabia se a mulher aceitaria ou não, mas não custava tentar de toda forma. Ambos estavam no carro da família do maior, visto que não tinham muito mais o que fazer dentro de casa e queriam dar uma volta por aí.

— Ei, Koala, 'tá a fim de ser ajudante de papai noel hoje? — questionou com um pequeno sorriso travesso em seus lábios, a piada estava na ponta de sua língua, entretanto se controlou para não fazê-la. 

— Só por que eu sou baixinha e seria um elfo perfeito? Essa você usou no ano retrasado — afirmou a castanha, seu ombro se esbarrando levemente contra o loiro.

— Não, claro que não... Quer dizer, também, mas não só isso... Lembra dos garotos que foram na delegacia, os que eu te contei? 

— Sei, os que foram lá atrás de doces... Você comprou presentes 'pra eles? — O loiro assentiu com um pequeno sorriso ao qual a mulher retribuiu. — Que fofo. Vamos, eu adoraria conhecê-los.

— Já que concordou... — comentou o loiro, abrindo o porta luvas e tirando dois gorros, um vermelho e outro verde com bolinhas do mesmo tom de vermelho do outro. — Vai precisar usar seu gorro, elfinha. 

— Sabia que essa piada viria em algum momento — reclamou a castanha, um leve bico em seus lábios, mas acabou por pegar o objeto e ajeitar em sua cabeça. — E onde está o resto da sua fantasia, senhor papai noel? Ninguém vai acreditar que é o bom velhinho com essa cara lisa de bebê. 

— Ora, minha barba não está grande o suficiente? A cultivei o ano todo — mencionou passando os dedos pelo queixo completamente sem pêlos, o que fez a castanha rir alto. 

— Claro, está imensa, só esqueceu de tirar a tinta transparente dela — brincou a mulher, sua mão bagunçando os fios loiros. — Espere aqui, eu vou dar um jeito nisso.

O maior assentiu e esperou enquanto a mulher deixava o carro e voltava para casa. Alguns poucos minutos depois ela retornava com um pacote e um tubinho de cola. O loiro franziu o cenho tentando observar do que se tratava e assim que a porta do carro reabriu, pode notar que era um pacote de algodão. 

— Vem cá mais perto, Sabo — pediu a castanha, desfazendo levemente uma das bolinhas fofas e passando a cola em pontos específicos. 

O maior se inclinou para perto, deixando que a mulher colasse os diversos algodãos por seu rosto, fazendo uma fofa e macia barba esbraquinçada. 

— Agora sim, está perfeito — afirmou a castanha se ajeitando contra o banco do carro e colocando o cinto. — Pronto para partir com o Rudolph? 

— Parece que escolhi uma excelente ajudante de papai noel — falou observando sua imagem pelo retrovisor. Em seguida colocou o gorro avermelhado sobre seus fios dourados. — Mais pronto do que nunca. 

Logo o loiro dava a partida, ligando o rádio e dando play no CD que estava ali, acreditando que seria algum dos álbuns dos Beattles que seu pai costumava ouvir para ir ao trabalho, entretanto ao ouvir o toque familiar, não pode deixar de rir baixo. 

— Vamos, logo, otária, nós vamos fazer entregas — falou a castanha ao ouvir a canção "jingle bell rock" e logo associar ao filme e suas frases marcantes. 

— Isso é tão barro — disse o loiro entre risadas, dando a partida com o carro e seguindo pela rua. 

Os dois acompanhavam a música durante o caminho, vez ou outra algumas pessoas nas ruas acenavam para eles por causa das "fantasias", algumas crianças até mesmo chegaram a ficar paradas na frente do veículo, as bocas abertas em pura empolgação ao ver a figura natalina ali. 

ReamarOnde histórias criam vida. Descubra agora