capítulo 34

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Sabo acordou e piscou algumas vezes, localizando onde se encontrava e o que fizera até chegar ali. Algumas memórias pareciam um tanto confusas, mas se lembrava claramente da noite anterior, das conversas, dos beijos, do sexo... 

E como um raio, a vergonha caiu em seu coração, trovejando forte e deixando seu rosto tão vermelho quanto um tomate maduro. Talvez se transformasse em um se ficasse mais tempo se lembrando da noite anterior. 

Seu olhar desceu pelo próprio corpo, notando que estava apenas de cueca e nada mais e que Koala dormia encolhida ao seu lado, totalmente embrulhada nas cobertas, apenas do nariz para cima saia dos panos. 

O loiro sentou na cama e se espreguiçou, seus dedos coçando as pálpebras antes de se levantar totalmente e caminhar pelo quarto em busca da roupa da noite anterior, não a encontrando em canto algum. 

Um suspiro deixou seus lábios e seguiu para o armário da mulher, sabia que havia alguma roupa sua ali a qual pudesse usar. 

Após se vestir, foi para a cozinha e tomou alguns bons copos de água para tentar aliviar a ressaca. Passou longos minutos ali, pensando a respeito do que conversara com Koala na noite anterior. 

Realmente era uma proposta interessante, estar com a mulher, mas sem ter alguma exclusividade ou exigência nesse sentido e estar aberto a desvendar outras formas de se relacionar... 

Não era uma pessoa ciumenta no geral e saber que Koala também não o era e que podiam tentar se relacionar fisicamente com outras pessoas sem cobranças, sem brigas e insinuações, lhe dava uma certa esperança. 

Maturando a ideia de um relacionamento aberto, cada vez parecia mais e mais a sua, não ter que se preocupar em como o outro veria sua relação interpessoal, mesmo que fosse uma simples amizade, sem brigas por ciúmes ou discussões acaloradas sobre traição e lealdade, sem desconfiança, parecia tudo o que não tivera com Lucci e que ocasionara seus maiores desentendimentos. 

Sentia que com Koala era diferente, tudo era diferente, desde a amizade até o amor romântico, o beijo, o sexo, o carinho, a afeição... Era completamente outro mundo, mais livre, mais acolhedor. Podia ouvir seu coração bater em um ritmo mais constante e certo, sem ter nenhum temor ou julgamento. A mulher dos olhos que lhe lembravam uma tormenta era a própria calmaria e aceitação. 

— Bom dia, Sabo, acordou cedo. — Ouviu a voz de Koala adentrar a cozinha e logo se virou para observá-la, seu rosto se aqueceu suavemente com a presença e seus olhos passearam pela forma com que a mulher se aproximava em passos sonolentos, o pijama curto de coalas deixando-a extremamente graciosa. 

— Bom dia, acho que acordei por hábito do trabalho — afirmou em um bocejo e abriu os braços para que a mulher se encaixasse ali. — Dormiu bem? 

— Como um bebê... E você? — questionou se permitindo ser envolvida pelos braços do maior. 

— Dormi bem... Sabe onde estão minhas roupas de ontem? 

— Coloquei 'pra lavar, você as derrubou na privada ontem a noite quando foi se vestir.

— Céus... Nunca mais vou beber. 

A mulher riu alto e se afastou levemente, sua mão subindo para as bochechas do loiro e as acariciando por curtos segundos. 

— Você disse isso ontem... Sabe que não precisa parar de beber, me divirto bastante quando bebemos juntos, sua companhia é muito bem-vinda em qualquer circunstância. 

— Fala isso para tentar me embebedar de novo e arrancar coisas constrangedoras de mim que eu sei, já estou esperto com isso — pontuou ao colocar as mãos no rosto da mulher, pressionando levemente as bochechas rechonchudas e deixando seus lábios em um biquinho. 

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