capítulo 18

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O som baixo do despertador acabou por acordar o loiro, seus olhos vagueando um tanto confusos pelo recém-despertar  tentando entender como chegara ali em seu quarto. Não se lembrava de muita coisa próximo a meia noite, apenas pequenos relances dos acontecimentos e sensações que passara. 

Assim que desligou o despertador, voltou sua atenção para seu corpo, notando que suas roupas já não estavam ali. A leve dor de cabeça soava como um aviso sobre o quanto bebera com os outros três. Não demorou para que as memórias do final da noite invadissem sua mente em curtos rastros. 

A ligação, o carro, a pequena briga a qual não se lembrava totalmente do conteúdo, apenas que estava bêbado o suficiente para não conseguir juntar as ideias em sua mente para serem reproduzidas por seus lábios. Em seguida olhou para o lado, procurando qualquer sinal de que Lucci dormira consigo ou se somente havia o deixado dormindo em sua cama. 

O espaço ao seu lado parecia levemente quente e Sabo suspirou baixo ao notar isso. O namorado definitivamente ficara ali até pouco antes de acordar, mas para onde ele havia ido era uma pergunta a qual Sabo não saberia responder. 

Logo pensou em verificar seu celular, se Lucci tivesse ido embora teria dito ou mandado algo, ele não era de ir sem deixar qualquer aviso. 

Quando olhou o aparelho notou que haviam algumas boas ligações perdidas de Ace e Koala, além de diversas mensagens preocupadas com o seu paradeiro. Primeiro abriu as mensagens de Ace, e viu que o moreno havia mandado a própria localização poucos minutos depois da meia noite, em seguida muitas outras mensagens perguntando onde ele estava, se estava bem e por fim uma em que dizia que o vira dormindo e que caso precisasse de ajuda para expulsar o namorado de casa era só chamá-lo. 

Sabo deu uma baixa risada ao ver a figurinha que o irmão mandara escrito "bora resolver no diálogo" seguido de um personagem segurando um bastão com a palavra "diálogo". Depois de ler todas as mensagens do irmão, passou para as da castanha, as primeiras eram sobre o ano novo e pedindo para que desejasse um feliz aniversário ao sardento por ela, mas algumas mensagens depois o tom alegre mudara para o preocupado, em que a mulher mandara e ligara diversas vezes perguntando sobre seu estado. 

Após ler a última mensagem, Sabo decidiu por ligar para a mulher, ao menos para dizer que estava bem e despreocupá-la. Logo os apitos da ligação se iniciavam e o jovem se sentava em sua cama, os dedos brincando com a barra da coberta. 

— Alô? — A voz sonolenta da mulher ecoou pelo aparelho, seguido do som de um bocejo. 

— Koala, oi, sou eu... Desculpa te acordar. 

— Sabo? Que bom que apareceu... O Ace me ligou ontem de madrugada falando que tinha te perdido de vista. 

— Foi mal te preocupar... Eu me afastei um pouco para atender uma ligação e quando vi tinha me afastado demais e não sabia voltar... Mas agora eu estou em casa. 

— Acho que vou sugerir ao Ace para amarrar uma corda em você, assim você não se perde mais — comentou a mulher em um tom divertido acompanhado por um bocejo. — Fico feliz que esteja em casa, chegou bem? 

— Eu não me lembro direito, mas acho que sim. O Lucci me trouxe de carro... E você? Está em casa? 

— Ah, ele estava lá perto? Ainda bem que ele te levou para casa em segurança, não saberia o que fazer se algo tivesse acontecido com você... Eu estou na Robin, ela e a colega de quarto deram uma festa de despedida e acabei dormindo aqui. 

— Eu não sei, acho que ele deveria estar na casa dele... Não lembro de ter perguntado algo 'pra ele... — Sabo se espreguiçou levemente, virando na cama até colocar os pés no chão. — E você se divertiu ontem por aí? Como passou o ano novo? 

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