Danilo
Já estava bem incomodado com fato dela não me responder mais minhas mensagens ou ligações, desde quando a gente conversou notei em seu tom de sua voz que havia algo de errado, depois que conversei com a Maiara e ela me falou que a Maraísa havia conversado com o Edu há alguns dias atrás na casa da Marília, juntando com o fato daquele carro suspeito está rondando sua residência não pensei duas vezes em ligar para a polícia fazer uma diligência em sua casa.
Eu sei que podia ser loucura da minha parte mas era bem estranho ela sumir assim do nada e não me responder mais já que ela mesmo sempre falava que estava morrendo de saudade.
Assim que liguei para a polícia e mandei fazer uma diligência na sua casa voltei a conversar com a Maiara, perguntando o que ela achava sobre o Edu, ela me respondeu que ele sempre foi um ótimo profissional e que não tinha nada de ruim para falar dele, só que cortou totalmente à relação com ele é assim que soube o que ele fez com a sua irmã quando eles terminaram, falou que no dia que ela e ele conversaram na casa da Marília ela mal olhou na cara dele, e que apesar de tudo ela achava que ele não seria capaz de fazer algo de ruim com a sua irmã.
Falei o que tinha feito para ela e ela achou que era exagero da minha parte, mas mesmo assim iria na casa da sua irmã para ver o que estava acontecendo, agradeci e falei que assim que ela conversasse com a Maraísa ela pedisse para que a mesma entrasse em contato comigo.
Maraisa
Assim que ele falou que só sairia dali morto e me levaria junto voltei a entrar em desespero e ter uma crise muito forte de choro, que era a todo momento era interrompida pelo monstro do Edu mandando eu ficar calado para não chamar atenção dos policiais lá fora, continuamos e completo silêncio...
- SE NINGUÉM RESPONDER VAMOS TER QUE ARREBENTAR A PORTA. O silêncio é quebrado mais um vem com a voz vindo do lado de fora.
O Edu ao ouvir rapidamente corre até a porta e olhar pelo buraco da fechadura, e em fração de segundos ele abre a porta e faz um disparo contra os policiais que estavam do lado de fora me assustando me fazendo soltar um grito bem alto.
- CALA A BOCA SUA DESGRAÇA. Ele vem em minha direção e segurou bem forte no meu braço.
- VEM AQUI. Ele fala me segurando por trás e colando a arma na minha cabeça, me fazendo de escudo humano.
Me levou até a janela com aquela arma apontada a todo momento na minha cabeça, eu não conseguia fazer nada a não ser chorar de desespero.
- EU ESTOU COM ELA, E SE ALGUÉM TENTAR ENTRAR EU MATO ELA, ENTENDEU ? ENTENDERAM SEUS VERMES ? Ele grita da janela.
- Entendemos. Um dos policial grita do lado de fora, eles não podiam nos ver por causa da janela escura.
- Calma, como é seu nome e quantas pessoas tem aí com você. O policial pergunta, mas o Edu permanece em total silêncio com o revólver apontando para mim.
Ele voltou a me sentar no sofá e ficou com arma apontada para mim andando para um lado e para o outro inquietamente na sala, acho que pela pouca quantidade de policiais que estavam ali eles realmente não sabia do que se tratava, assim que disparou contra eles cada vez mais era possível ouvir vozes e sirenes do lado de fora.
O Edu me mandou ligar a televisão e colocar no noticiário, mesmo desesperada procurei por todos os jornais e ainda não havia saído nada, o clima continuava o pior possível em dentro daquela casa, cada vez mais ficava com medo do que o Edu poderia fazer comigo e com meu filho, Já que em momento algum ele sequer cogitou a possibilidade de se entregar por deixar eu sair.