capítulo 8

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Antes de darmos início ao beijo somos interrompidas por algumas batidas na porta.

- Entre.- manda contra vontade, se afastamos uma da outra.

Um funcionário do restaurante parece na porta, solicitando suas desculpas pela inconveniência.

- Eu solicitei que não nos interrompesse, acho que não fui clara o suficiente. - diz, vejamos que ela não é uma boa recepcionista, coitado.

- Desculpe-me senhora mas tenho algo importante creio eu pa...- Natasha o interrompe - Seja breve.- manda.

por que ela sempre tem de ser tão autoritária e arrogante com os demais? E o pior por que essas atitudes extremamente desnecessárias consegue deixar ela mais atraente? Eu nunca vou entender.

Nessa altura o homem já estava todo desconfortável, não duvido que agora ele esteja com medo de falar, pois deve ter engolido a saliva umas 10 vezes antes de revelar o motivo de sua interrupção.

- A senhora Isabella Dimarães, secretária da senhora Cooper pediu para informá-la que infelizmente já está indo embora devido ao horário e deseja uma boa noite. - informa o funcionário, naquele momento me dou conta que havia esquecido completamente de Isabella. - E a parte importante? - pergunta séria deixando o homem sem saber o que dizer, como se ele tivesse culpa por entregar um recado. - chame um táxi para ela.- fala despreocupada.

- Não será necessário, vou deixá-la em casa.- Falo, Natasha no momento me olha surpresa e aparentemente decpcoonada. Em questão de segundos ela passa a me fuzilar com o olhar, mas nada diz. Então ela pega sua bolsa e sai da sala sem me direcionar uma só palavra.

Aparentemente nós duas nunca vamos terminar uma conversa bem.

Saio da sala segundos depois de Natasha sair, ainda tinha ela em vista, observo ela seguindo em direção ao estacionamento não sei se é porque eu a conheço, mas é impossível não notar sua chateação mesmo de longe eu poderia ir atrás dela e pedir para conversarmos melhor, era isso que eu realmente queria. porem desvio o caminho para fora do restaurante em preocura de Isabella.

Isabella estava sentada em perto do balcão do restaurante, imagino que esteja esperando sua carona.

- É aqui chamaram um táxi? - digo sorrindo para ela, consequentemente me culpando por fazer ela esperar até aquele horário.

- Aí está você.- diz retribuindo o sorriso, ela não parecia chateada, ainda bem.

- Desculpa por ter feito você esperar até esse horário senhora Guimarães- digo um tanto que envergonhada pela situação.

- Não se preocupe Senhora Cooper, negócios a frente.- Diz, sua compreensão realmente encanta.

- Vamos vou deixá-la em casa.- digo enquanto estendo a mão para ela em seguida ela segura, soltando segundos depois.

Seguimos em direção ao estacionamento enquanto conversávamos assuntos aleatórios.

Ela me contou que ligou para o marido vir buscá-la, mandou uma mensagem para o mesmo informando que não seria mais necessário explicou a situação para que ele entendesse.

Ao chegar no estacionamento de forma aleatória meu o olhar procura por Natasha, pois não fazia muito tempo que ela tinha vindo para cá e poderia ser que ela ainda estivesse. Porém não, ela supostamente já tinha ido.

No caminho a casa de Isabella foi um repleto silêncio, não por culpa dela e sim minha. Não tentei puxar assunto pois meus pensamentos estavam ocupado pensando em uma pessoa que eu tentei esquecer por anos.

- Parece distraída.- diz enquanto me olha.

- Um pouco talvez.- digo prestando atenção no trânsito.

- Um pouco? - sorrir - Eu disse para a Senhora três vezes "esquerda." E você pegou a direita. - Declara em um tom de brincadeira.

- Canhotos tem problemas em distinguir Esquerda e Direita, sabia? - Brinco e Isabella cai na gargalhada.

- Isso não tem sentido, meu marido é canhoto e ele consegue distinguir muito bem. - Rebate.

- igualmente como todo homem é infiel.- Digo

- Nem todos. - afirma.

- Então, esse é o ponto. Não é porque uma pessoa sendo canhoto não saiba distinguir Esquerda e Direita que outro canhoto também não vai saber. - digo e ela concorda. - E não é porque pela história da humanidade que nunca encontraram um homem fiel, tecnicamente não significa que ele não exista. - digo de forma brincalhona ela revira os olhos e sorrir, logo depois ela volta para o assunto inicial. - Nunca notei que você fosse canhota.- diz pensativa.

- E eu não sou.- declaro sem importância e ela sorrir desacreditada.

- Então só não sabe distinguir Esquerda e Direita mesmo? Não precisa inventar desculpas. "É normal" tenho até amigos que não sabem também.- debocha..

- Eu sei distinguir.- digo e ela me encara como quem não acreditasse. - dobra na esquerda.- manda na intenção de me testar.

Dobro na esquerda e pisco para ela.

Parecíamos duas crianças sacaneando uma a outra.

- Você não existe. - conclui.

Depois de alguns minutos chegamos em frente ao seu prédio, se despedimos com um beijo no rosto e um "até amanhã."

Sigo para a casa e mais uma vez meus pensamentos resgata Natasha, lembro o quanto ela estava deslumbrante hoje, partindo do ponto quando ela não esta.

Repenso em suas palavras, elas me acertaram de jeito. Estava inquieta pelo o modo que terminamos nossa conversa ou melhor nem chegamos a terminar pois ela simplesmente foi embora e agiu de forma impulsiva, creio eu por motivos inválidos mais uma vez. Ela queria que eu deixasse minha secretária que me é tão eficiente na mão? Jamais.

Eu terei outra oportunidade de conversar com ela, afinal agora nossas empresas passará a ter um vínculo.

                            ******

O domingo estava lindo e Amora inquieta. decido por vontade própria (sem o Felipe me infernizar, ao menos dessa vez) ir passear com Amora pela praça.

Chegamos na praça e Amora logo fica agitada por ver seus outros amiguinhos, ao contrário que vocês estão pensando os amigos dela são as crianças barulhentas. Essa cachorra odeia os outros cachorros, maluca em preferir crianças ao invés dos cachorrinhos divertidos da praça.

Sempre que Felipe vem com ela, solta-a. O bom é que ela só corre pela praça jamais ousou ir para a rua ou pista o que me surpreende sendo que ela é uma pestinha desobediente.

Minutos depois aquele garotinho da outra vez que estávamos aqui, chega abraçando a Amora. Tá bom ele é fofinho, e a Amora aparentemente adora ele. Fico receiosa, sei lá vai que do nada a Amora resolve morder essa criança, tendo em vista que ele fica o tempo inteiro em cima (literalmente) da cachorra ao menos Amora parecia não se importar ao contrário ela estava se divertindo com o garotinho.

Minutos depois aquele mesmo homem tatuado chega me cumprimentando de modo gentil.

- Ele ama a Amora.- Diz sorridente ao observar o garotinho brincando com ela.

- E a Amora ama ele.- digo sorrindo.

- Seu filho? - pergunto

- Sim, sim. uma benção ele, não para quieto.- Diz observando o menino, ele parecia ser um pai bastante cuidadoso pois em nenhum momento tira os olhos do filho.

- Desculpe-me não me apresentei. Me chamo Nícolas Amorim. - fala - Prazer, Sofia. - digo.

Depois de alguns minutos conversando e observando seu filho que se chama Théo brincar, ele recebe uma mensagem e sorrir alegre.

- Minha mulher - Declara sorridente - compramos um cachorrinho para o Théo e chegou hoje de São Paulo. - diz completamente animado, sorrio com sua felicidade - que notícia maravilhosa, mais um membro para a família. - digo realmente feliz por eles. Ele parecia ser um cara legal, bem família e responsável.

Nos despedimos, Amora e Théo demoraram para se desgrudar mas depois de muito carinhos trocados e brincadeira Théo decide se despedir. Mal esperava ele pela surpresa dos pais, fofinho.




Faísca (A namorada do meu irmão gêmeo)Onde histórias criam vida. Descubra agora