Faísca (A namorada do meu irmão gêmeo)

capítulo 4

- Você tem certeza que não se confundiu? - pergunta Felipe pela milésima vez.

- Era ela! - Digo.

- inacreditável.- diz.

- Se não se importa, eu não quero mais falar sobre ela; quero que ela continue no passado. Fecha o zíper do meu vestido por gentileza. - Solicito jogando meus cabelos para o lado e virando de costas para Felipe.

- Eu não consigo acreditar que depois de anos ela voltou a te ligar.- Continua com o assunto

- o zíper felipe.- alerto.

- Como será que ela conseguiu seu número? - pergunta pensativo.

- Agora somos donos de uma empresa popular nacionalmente, não deve ser difícil localizar nossos contatos até mesmo os contatos pessoais; você sabe. agora fecha o zíper, por Deus.- digo impaciente.

- Tá. - diz enquanto fecha o zíper do vestido.

- Você realmente está desinteressada com o convite feito por ela ou só está tentando parecer ser uma pessoa insensível? - interroga. - Sim Felipe. Eu estou tentando ser uma pessoa "insensível" por ignorar a mulher que foi uns dos estopim para eu tentar suicídio, inclusive é a responsável pelo o meu bloqueio emocional.- digo chateada

- Eu me expressei da maneira incorreta, me desculpe. - pede - Mas Sofia, pense comigo como ela é a causa por trás desse bloqueio você não concorda que..- O interrompo - Não. Não concordo.

- Você ainda gosta dela? - pergunta.

- Eu mesmo Felipe? - digo com desdém - se passaram anos. Eu posso não ter seguido muito em frente, mas isso não significa que eu goste dela e ela está casada. -

- Como sabe? - pergunta - Ela disse em ligação.- ele mesmo conclui.

- Óbvio que não. Você me disse há um tempo atrás, esqueceu? - digo em tom ignorante.

- Se ela seguiu por que veio atrás de você? Alguma coisa de errado não está certo. -

- Não. está tudo correto. ela está casada agora, com certeza veio passar uns dias no Brasil para fugir de sua rotina de Marido e Mulher, conhecendo bem a Natasha ela deve está entediada. Então veio para o Brasil na intenção de se divertir da forma que ela mais ama, infernizando minha vida. Digo podendo sentir o efeito da raiva, Os anos passaram e ela continua sendo tão previsível.

-  Bem, qualquer coisa a gente coloca a Amora para arrancar um braço dela. - Brinca.

- Você acha mesmo que eu vou deixar a Amora morder aquilo? - Digo séria, Felipe cai na gargalhada achando que eu estava brincando. -

- Bom chega desse assunto. Estou indo para a empresa, compareça lá às 15 horas por favor. - digo um pouco exaltada com toda essa história.

Depois de anos, o assunto Natasha conseguiu tirar minha atenção até mesmo no trabalho. Eu não gosto da Natasha, nem quero ela por perto pois lembro da influência e poder de manipulação que ela tinha sobre mim; certo eu era uma adulta com uma mentalidade de adolescente, e hoje me sinto outra pessoa nem se quer reconheço aquela jovem fútil de anos atrás. Talvez Natasha também tenha mudado, tomara que tenha sido para uma pessoa melhor.

Porém pessoas com mal caráter é difícil de mudar sua natureza; talvez eu esteja exagerando em relação a ela, só talvez. É um tormento não poder viver uma vida em paz e com tudo em ordens; só em pensar que ela pode desorganizar tudo que eu demorei anos para construir em questão de minutos é agonizante.

Tomara que esse marido dela tenha vindo acompanhar ela e mantenha ela o mais longe possível.

No trabalho hoje está sendo tranquilo por mas que eu não esteja 100% focada.