Aqui está, demorou um pouquinho porque acabou as férias e voltei pra vida de proletariado. Provavelmente sábado irei postar o próximo.
— Confesso que não pensei que você seria burro para vir parar em meus territórios novamente filho de Hades.
A voz seca e metálica continuava a zombar de Nico. Ainda estavam a uma boa distância de Tártaro, não haviam feito nenhum movimento até então.
— Mas sei o que te traz aqui, a obrigação imposta pelos deuses.
Ele acabou por capturar a atenção de Nico. O semideus não imaginava que Tártaro pudesse de fato saber do que se passava para além de seus territórios e muito menos que se interessaria em saber o que acontecia consigo.
— Sabe nunca gostei dos deuses, filhos de titãs, os mais fracos entre as criaturas, porém tenho que admitir que foram esperto; ao terem filhos com meros mortais passaram a usar os semideuses como moeda de troca, designam os filhos e nunca enfrentam por si mesmos suas batalhas. Mesmo sendo tão dependentes de vocês, os tratam como interiores.
Will notou as expressões de Nico mudando enquanto ele ouvia as palavras do deus primordial; sabia de certa forma que estarem ali já era a concretização da profecia e temia que Nico voltasse atrás e escolhesse pela raiva.
Queria apenas proteger o garoto da escuridão que ele possuía dentro de si mesmo.
Mesmo com medo Will tomou uma atitude desesperada e apontou uma flecha para Tártaro; o objetivo pontiagudo não foi o suficiente nem mesmo para ferir a pele grossa, mas deixou-o irritado.
— Pelo visto terei que me livrar dele antes de podermos conversar de verdade.
As sombras se solidificaram ao lado do deus e ele puxou delas uma lança. Nico e Ágrio não esperaram ver a lança atravessar o peito do filho de Apolo para atacar Tártaro.
— Eu sou o senhor das criaturas das trevas, vocês dois não podem ir contra mim — Tártaro apontou sua lança — são parte de mim.
Nico era poderoso, mas com toda certeza não seria confiante para ser o primeiro a atacar se não estivesse juntos de Ágrio. O semideus passou a espada de ferro estígio na canela de Tártaro que soltou um urrou de dor, aquele era o único material possível de realmente machucar um deus.
O deus da obstinação entrou na primeira sombra com Nico para que ele não levasse um golpe da lança de Tártaro.
— Hiperíon, Crios, vocês precisam ajudá-los. — Will gritou pelos dois titãs que apenas olhavam a situação de longe.
Sem esperar a resposta dos dois, o semideus se aproximou de Tártaro para tentar acertar uma flecha no redemoinho em seu rosto que parecia ser seu ponto mais vulnerável.
— Pede ajuda aos titãs? Eles não souberam dar conta de semideuses, que dirá me derrotar.
Enfim um dos titãs se móvel, Hiperíon ajoelhou ao lado de Solace e o mostrou um frasco já destampado. O objeto parecia uma grande bacia para Will, mas era pequeno para o titã.
— Molhe suas flechas aqui, mas não encoste suas mãos. É do rio Aqueronte.
O rio da dor.
— NICO WILL, FECHEM OS OLHOS.
O filho de Apolo os fechou com força e enfiou a ponta de quase todas suas flechas na água do rio. Ágrio mostrou sua forma divina que desnorteou Tártaro por tempo o suficiente para que o acertar um soco.
Quando os semideuses abriram os olhos perceberam que Ágrio estava do mesmo tamanho que Tártaro; como um deus ele poderia se transformar no que quisesse afinal.
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Luminous angel || Solangelo
FanfictionO filho das sombras, voltará a enfrentar o que o assombra. Pelo sol gritará a palavra não dita, e assim abrirá a vala infinita. Entre o amor e a raiva escolherá, e o futuro do olimpo, só assim decidirá. Nico di Ângelo já havia ajudado muitos heróis...