Zikiya
Eu fui obrigada a ficar na casa dos meus pais, o que já me deixou estressada, eu odeio esse lugar desde criança, não é a minha casa.
—É bom tê-la em casa, senhorita Zikiya. —Anders, o mordomo da mansão murmurou, assim que entrei pela porta principal.
—É bom ver você também, Anders. —eu estava sendo sincera, apesar de eu ser uma criança bem "espoleta", o Anders era o único que ficava comigo, até me ensinou a jogar xadrez, vim aqui poucas vezes depois disso.
—Eu pedi pra que preparassem sua comida favorita. —minha mãe avisou, havia um sorriso esperançoso no rosto da mesma, eu havia me afastado mais depois da morte do meu avô.
—Você precisa comer alguma coisa antes de dormir pra te dar energia, meu amor. —Sharon acariciou minhas costas, mas eu olhei pra ela apenas acenando que não tinha saco pra isso, eu só queria dormir. —Os remédios que te deram no hospital, não é? —assenti. —Melhor você ir dormir mesmo. —ela deu um beijo na minha testa, minha sorte na minha infância era a Sharon e Nat, elas me conhecem mais que meus pais.
—A senhora Haize pode ficar com você até resolver as questões da minha casa? —ela assentiu, a Shair não veria problema, foi ela que contratou a Haize pra ajudar a minha avó quando eu estava me recuperando.
—A senhora Haize pode continuar aqui se isso te deixa confortável, meu amor. —meu pai sugeriu. Helmut Zemo faria de tudo pra me manter aqui, só a Zulai e eu conseguimos o feito de sair de casa, mesmo assim, a Zuzu voltou porque não é muito confiável ela ficar em casa sozinha por enquanto por causa dos constantes desmaios e crises de pânico.
—Não vai ser preciso, eu não vou ficar muito tempo aqui, amanhã eu vou pro apartamento do Sam. —aquilo decepcionou os meus pais, mas eles não podem me culpar, eles me afastaram a vida inteira, eu me sinto uma intrusa aqui.
—É bom ter a família toda reunida de novo, seria bom você passar esse final de férias aqui conosco, como era… —papai estava verdadeiramente feliz, ele não suporta o fato de ter algum filho que saia da asa dele.
—Eu vou dormir. Boa noite. —o interrompi antes de continuar, essa memória dele é bem distorcida porque tudo que eu lembro era que eu ficava na minha casa em West Village com o meu avô ou com os meus irmãos. —Shair, muito obrigado por tudo, te vejo amanhã. —dei um beijo na bochecha e subi as escadas.
Céus, eu odeio esse lugar, odeio mesmo, não é o meu lar. Nunca foi.
Tomei um banho, peguei minha escova de dente dentro da minha mochila pequena que Sharon havia preparado pra mim, escovei os dentes e fui pra minha cama, eu simplesmente apaguei.
Na minha mente passou uns flashes, o primeiro deles foi comigo brincando com o meu avô quando era criança, depois eu saia correndo em meio a pessoas gritando e pedindo socorro, avistei meu primo de longe e o segui, foi tão rápido que quando eu vi estava em cima de uma pilha de corpos, com destaque para o corpo de Sam.
Quando acordei senti meu corpo todo dolorido, parecia que eu havia tomado uma surra, meu pai estava segurando a minha mão.
—Foi só um pesadelo. —ele pegou em minha testa e acariciou.
—Eu preciso saber se o Sam está bem. —minha primeira reação foi levantar da cama e procurar meu celular, disquei o número do Sam.
—Querida, se alcama. —meu pai pediu.
—Se acalmar? —Ele só podia está brincando. —Eu não vou me acalmar enquanto eu não falar com meu irmão. —eu continuava tentando ligar, mas só dava caixa de mensagem.
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Um Contrato Para Amar
FanfictionBucky e Zikiya se odiaram desde o momento que se conheceram pessoalmente e não conseguiam ficar no mesmo ambiente sem ofender um ao outro, mas por trás das suas ofensas vinham gestos e sentimentos pouco compreendidos por estes. Ocorre que para abafa...