I just saw him trying -chapter 6

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Zikiya

Não tinha muita coisa pra mim fazer na casa do Bucky, eu havia limpado e cozinhado, mas o quarto dele e um outro quarto eram proibidos a minha entrada, eu estava trabalhando em minhas coisas também, mas quando terminei de fazer isso, não tinha mais nada pra me distrair.

Até os canais de televisão estavam chatos, resolvi assistir o noticiário, o que foi uma péssima ideia, posto que a cada atualização do leste europeu e do conflito político, cível e militar, eu ficava mais preocupada com meu irmão e com Steve, consequentemente mais ansiosa.

—Boa noite. —James chegou em casa com sacolas de mercado. —O trânsito estava maluco hoje. —adicionou, mas eu mantive meus olhos no aparelho.

—Boa noite. —respondi, sem tirar minha atenção da televisão.

—Eu trouxe umas coisas do mercado pra você. —comunicou, me fazendo concordar.

Ele saiu da minha vista e eu continuei assistindo atenta aquelas notícias, até agora acho que o lado mais inocente dessa história são os civis, um prédio foi bombardeado covardemente e apenas 15 pessoas de 230 sobreviveram, havia crianças no local também. O grupo de resistência chamado "Apátridas" é o menos pior, pois o mesmo luta contra o aumento de células nazistas nos países em conflito, eles são a resistência, mas fazem muita merda também.

—O Sam e o Steve estão bem, eu conversei com eles antes de vim pra casa. —James apareceu na sala com duas colheres e segurando um pote de sorvete.

—Eu sei. —disse, meio seca

Eu ainda não queria papo com ele, mas o mesmo ainda insiste, o que me irrita.

—Esse é o seu sorvete favorito, não é? —não o respondi. —Eu acho essa garota muito louca, essa Kali é tão lunática quanto Salazar Kysv. —seu comentário me deixou desconfortável, pois era ignorante dizer que uma garota que lutava por condições melhores de vida e pela liberdade fosse igual a um filho de uma puta nazista que gerou uma guerra civil.

Embora a mídia americana vendesse a ideia de que apenas essa garota fosse a vilã, eu conheço muito os conflitos daquela região e eu converso muito com um amigo de Yale que trabalha lá, este Salazar tem apoio de milícias armadas neo-nazistas, já fez sérias declarações em apologia ao nazismo, mas por ser anti comunismo, um regime que nunca foi implantado, é apoiado pelos Estados Unidos.

—Você vai ficar me ignorando mesmo? —questionou, me entregando uma das colheres, assim que peguei o talher, James conectou a Netflix e colocou em filme de romance adolescente, aquele "Tall girl".

Ele estava fazendo isso de pirraça, eu deixei claro que não sou muito de assistir filmes de romance, mas eu não irei cair, peguei a colher e comecei tomar o sorvete, ao invés de me deixar em paz, Bucky sujou meu rosto com sorvete.

Filho da puta!

—Que porra, James! —rosnei, limpando meu rosto.

—Olha a língua, princesa. —soltou, com um sorriso debochado. —É feio xingar, bonequinha. —me sujou novamente.

—Ah, vai se foder, seu babaca. —tentei me levantar, mas ele me impediu. —Idiota!

Ele colocou o pote de sorvete  no chão e me puxou de vez, acabei caindo no seu colo com minhas pernas encaixadas nas suas, Bucky tem umas coxas grossas e bem definidas. Essas me apertando enquanto eu pago um boquete…

Foco!

—Você não vai sair daqui enquanto não falar comigo direito. —segurou meus pulsos nas costas com a mão biônica, o que fazia ser difícil soltar minhas mãos.

Um Contrato Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora