Um Contrato Para Amar

the myth of Persephone

Zikiya

Enquanto eu estava viajando pra Itália no jatinho do meu marido, acabei lembrando do quanto amo mitologia grega desde criança. Aliás, amo todos os tipos de mitologia, em partes passei a ser fissurada por mitos por causa de Zemo, eu tinha uma obsessão em querer ser próxima a ele.

Uma das raras vezes em que ele conversou comigo quando eu era criança, ele me contou a história de três deuses, lembro-me de ter ficado simplesmente fissurada por um dos mitos, durante a adolescência eu até sonhava em viver algo parecido mas com os cantores que eu era fã, como Zayn Malik por exemplo.

Um dos mitos que Zemo me contou é de um deus que antecede o surgimento dos doze deuses do Olimpo, Érebo,  que é a personificação do mau e é conhecido como deus da escuridão, hoje enxergo esse deus como o Zemo, não há nada pior do que ele. Helmut é sádico e doente, nunca irei me esquecer a primeira vez que ele violou o meu corpo simplesmente porque eu disse que a única pessoa que eu queria parecer era com a minha mãe e por isso lutaria para continuar próxima a ela, ele repetiu comigo a covardia que destruiu a alma da mulher mais incrível e forte que conheci na vida.

Hoje me encontro na situação e pele de uma deusa que é filha de Zeus com Demeter, Perséfone. Essa deusa possuía uma beleza única, além de poderes que deixavam a vegetação mais bela e a agricultura mais farta. Meu avô costumava dizer que eu tinha um poder bom de transformar as pessoas e a vegetação, já que as flores do quintal lá de casa só ficavam verdadeiramente bonitas quando eu cuidava.

Uma coisa sobre a história de Persefone que é marcante é que a mesma acabou chamando atenção de Hades, o deus do submundo, que a raptou e forçou a mesma a casar-se com ele.

Teoricamente eu fui forçada a casar, não por James, mas pela minha própria sobrevivência. Zemo me torturava, eu estava vulnerável precisava de alguém pra ser meu escudo. Algumas horas depois do casamento acreditei que apesar das circunstâncias viveríamos bem, mas eu estava enganada, Bucky não é muito diferente do Zemo.

Eu nunca mais vou confiar nesse desgraçado, ele me obrigou a assinar um contrato que literalmente diz que eu sou a prostituta particular dele. A chefe da segurança dele apontou uma arma pra mim, não tive escolha se não ceder a todas aquelas exigências.

Só de pensar que terei que aguentar esse verme até o mesmo se cansar de mim, me dá ânsia. Eu passei a odiar esse patife depois do que aconteceu hoje, irei acabar com o Zemo por mim mesma, nunca mais irei me entregar ao Bucky, prefiro morrer a ter que sentir tudo que eu senti por esse crápula.

Em pensar que hoje mais cedo consegui provas de que Zemo pagou os oficiais que registraram a denuncia da tentativa de homicídio do Bucky para excluir o nome dele e de Rebecca da denuncia. Na verdade, Afonso conseguiu isso para mim, eu estava tão empolgada, iria ser meu presente de casamento.

Além disso, eu tenho ajudado muito o meu amigo numa nova fase da vida dele, o mesmo vai largar a realeza pra viver uma vida normal ao lado da noiva e da filha, ao qual conheci ontem e recebi o convite pra ser a madrinha da garotinha, a minha doce Sophia. Afonso estendeu o convite ao Bucky, posto que conheceu a noiva no hospital quando o James estava em coma, mas claro que James mostrou as garras e preferiu estragar tudo.

— Vem aqui. — James comandou, dando tapinhas no colo.

Revirei os olhos e olhei para o lado emburrada após ser tirada de meus devaneios. Ele suspirou impaciente e me puxou para o seu colo, senti meu corpo inteiro estremecer, mas eu me segurei. Me levantei e voltei para o meu lugar o olhando muito brava.

— Нечего на меня так смотреть, я не боюсь некрасивых лиц, моя богиня. — James murmurou, chamando minha atenção.