collapsin' and reflectin' - chapter 5

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Zikiya

Eu estava no quarto brincando com Midnight enquanto as notícias passavam na televisão, minha mente simplesmente me jogou o dia que Peter e eu nos aproximamos de verdade.

5 anos antes...

Voltar a morar nos USA me fez ficar muito triste, por isso eu estava indo frequentemente a um lugar que sempre me ajudava a pensar, uma fundação que ajuda pessoas em situação de rua em Nova York, esta fica no Queens.

-Ziki, eu quero que conheça Peter, Peter Stark. Peter, essa é a Ziki. -Bob, o rapaz que me apresentou a esta fundação, nos apresentou.

Eu sabia quem ele era, só não o conhecia "pessoalmente", Zur e ele são amigos, mas as nossas famílias nem sonham por causa da rivalidade entre elas. Ele era moreno, olhos castanhos, lábios finos e boca pequena, mais baixinho que eu uns centímetros, corpo másculo e pele branca, era padrão, mas era fofo.

-Nice to meet ya. -apertei sua mão.

-Nice to meet you too, Zikiya. -murmurou.

-Vocês se conhecem já?

Como todos aqui me chamam pelo meu apelido, acabou gerando estranheza para Bob.

-Só de vista, nossas famílias tem certas peculiaridades em comum. -Peter me encarou com um sorriso até fofo nos lábios após minha resposta.

-Então você também é rica? -Bob questionou, surpreso.

Digamos que eu nunca conto sobre a condição financeira da minha família pra ninguém, isso me ajuda a passar mais despercebida e quem olha pra mim acha que eu não sou rica ou coisa do tipo e não é pelas minhas roupas...

-Mais ou menos, pode manter isso com você?

-Claro.

-Bob, pode ajudar aqui rapidinho. -alguém o chamou e ele foi, me deixando ao lado de Peter.

-Você tem um sorriso bonito, moça. -uma mulher elogiou. -Inspira as pessoas.

-Bem, minha mãe sempre fala que sorrisos sempre aquecem a alma de qualquer pessoa. -murmurei, distribuindo o kit com os alimentos.

-Ainda bem que você herdou as características da tia Zu.

Peter certamente estava se referindo ao fato de que meu pai é extremamente rude com qualquer Stark, já a minha mãe não, inclusive ela é amiga da madrasta dele e advogada da família.

-E você certamente herdou as do seu pai. -retruquei.

-Obrigada!

-Isso não foi um elogio, Pet.

Ele fez cara de interrogação e eu dei de ombros, provavelmente havia sido o apelido que eu havia dado a ele.

-Seus pais perguntaram de você pro seu irmão. -Peter comentou, enquanto organizavamos as demais quentinhas que seriam distribuídas.

-Bem, eu presumo que Zur tenha contado o que aconteceu e presumo que você vá calar a boca e não mencionar onde estou ou que eu faço de madrugada pra ninguém se quiser sua língua intacta na sua boca.

Ninguém sabe que eu venho aqui ou para outros lugares de trabalho voluntário, normalmente todos acham que eu vou pra festas quando estou triste ou brava, então fui mais ríspida para deixar claro que queria continuar assim.

-Ei, eu não vou dizer nada a ninguém, eu só estou falando isso porque ele está surtando de preocupação.

-Que ele surte e vá pra puta que pariu! -eu estava brava com meu irmão porque ele não entende o que o Brasil significa pra mim.

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