ego - chapter 7

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Zikiya

A reunião que estou participando agora é com uma empresa norueguesa  que quer uma auditoria e fiscalização, é o meu primeiro cliente fora do país, estava realmente muito empolgada, mas acabei descobrindo que a empresa me procurou por causa do meu pai.

—O senhor Zemo tem grande interesse em comprar nossa empresa, mas segundo este, há certas coisas que não batem nas contas da companhia, os meus filhos cuidam atualmente, eu confio neles, mas preciso que o Zemo confie também. —falou, me fazendo concordar.

—O senhor Zemo é um homem… atento. —declarei, forçando um sorriso.

—E um pouco desconfiado. —concordei, com os olhos atentos a tela. —Me impressionou muito quando ele a indicou para fazer esse trabalho, principalmente agora, a senhorita é muito jovem. —o homem riu.

—Jovem, mas extremamente competente. —fui certeira em minha colocação.

—Para um homem tão desconfiado de tudo, o senhor Zemo confia cegamente na senhorita, como conseguiu a confiança de homem tão poderoso?

—Senhor Jutul, estamos aqui pra conversar sobre sua empresa ou sobre como o senhor Zemo me indicou? —questionei, sendo direta.

Eu não estava podendo recusar trabalho, mas eu também não quero trabalhar pro meu pai porque eu sei que esse é o primeiro passo pra me controlar, acho que não terei escolha e terei que aceitar uma proposta de Stark pra trabalhar com ele em alguns projetos, não é minha primeira opção, mas pra se livrar do meu pai, eu faria isso.

A explosão da frente da minha casa me gerou grandes prejuízos, minha sorte foi o seguro cobrir boa parte dos danos. Não só aos meus veículos, mas também aos vidros da minha casa e de alguns vizinhos, além do carro de James e de um vizinho, fora o fato de que eu estava querendo contratar a empresa de Walker pra fazer minha segurança.

—Bem, de acordo com o relatório enviado pelo senhor Herman a empresa exportou acima do esperado gás, no entanto uma conta não bate eu preciso dos documentos da contabilidade da empresa, mas os seus funcionários insistem em não ceder. —falei, entrando no assunto da reunião.

—Senhorita Matos, eu confio nos meus filhos…

—Senhor Jutul, família é família, negócios a parte. —retruquei, o interrompendo.

—Garota, eu estou no mundo dos negócios há mais tempo que a senhorita está no mundo, minha empresa é melhor aquisição que o senhor Zemo vai ter no ano. —replicou, me fazendo negar com a cabeça.

Ele estava escondendo algo para proteger os filhos, a empresa é lucrativa, mas tem uns números que não bateu nos relatórios, eu não quero me meter nisso e meu pai se vira sozinho, principalmente porque o escritório da minha mãe tem ótimos economistas que trabalham fazendo essas análises.

—Bem, já que o senhor está no mundo dos negócios a mais tempo do que eu viva, acredito que possa lidar com o senhor Zemo tranquilamente, eu indicarei o senhor Zemo a um colega pra fazer o que o mesmo deseja. —o homem ficou sem palavras. —Isso faz com que eu dê a reunião por encerrada. Foi um prazer. —encerrei a vídeo conferência.

Abri o word e comecei a fazer o relatório e mandar para o cliente que me contratou, notei que alguém coçou a garganta pra chamar minha atenção, olhei em direção a pessoa e vi James com um sorriso orgulhoso me observando de longe com uma bandeja de café da manhã nas mãos.

—O que foi? —questionei, meio ríspida.

—Nada. —respondeu, colocando a bandeja ao meu lado na mesa, ele deu meia volta e encostou na parede.

Um Contrato Para AmarOnde histórias criam vida. Descubra agora