Como eu havia dito antes, era uma merda admitir para mim mesma que todos os meus sentimentos, pensamentos e emoções estavam alterados, confusos, e não me deixavam de fato, em paz. O resto da semana após o dia do "trabalho escolar" na casa dos Miller, foi uma verdadeira tortura já que eu não parava de pensar na possibilidade ridícula e praticamente impossível de Jason Miller gostar de mim, era absurdo.
Como alguém que lhe humilha, acaba com a sua auto estima todos os dias, sente prazer em te ferir, pode sentir algum afeto? Uma Paixão? Impossível.
Jason Miller era um verdadeiro idiota, mais que isso na verdade, ele era um verdadeiro imbecil.
Todos os dias quando acordava durante aquele restante da semana, dava de cara com o seu casaco, pendurado num cabide velho que a vovó deu a mamãe antes mesmo de eu nascer.O casaco que ele havia jogado nas minhas pernas quando Joshua chegou.
As mesmas pernas que ele dizia serem nojentas.
O que o incomodou de fato?
E assim o fim de semana chegou e eu ainda pensava em Jason, e sua bipolaridade, e suas idiotices.
E uma única coisa se passava em minha mente, não que houvesse justificativa para ele fazer o que fazia com os outros, principalmente comigo mas, o que havia acontecido a ele no passado? Joshua falara com tanto pesar, ao tocar no assunto.— Arghhh, eu te odeio! – atirei o dinossauro de pelúcia contra o espelho do meu guarda-roupa. – Sai da minha cabeça! – falei em alto e bom som enquanto me levantava caminhando até o meu reflexo. – Eu não quero pensar em você!!
Por quê eu estava a me importar tanto? Não é como se ele merecesse isso vindo de mim, porque ele não merece.
— Filha, Júlia está lá em baixo. – minha mãe disse dando leves batidinhas na porta do quarto.
— Já desço!
Eu precisava parar de me preocupar com Jason Miller, ou então...eu me daria muito mal...
[...]
O shopping estava meio vazio naquela tarde de sábado, mas não impediu que nos divertíssemos juntas e nem que Blossom fizesse merda no cabelo. A garota que vocês conheciam antes como ruiva, havia descolorido o cabelo e pintade metade de azul. Eu queria ter essa coragem dela, de fazer certas loucuras, porém eu não tratava meu cabelo nem natural, quanto mais com química.
— Eu estou faminta, e gostaria muito de um MC agora, nesse exato momento. – resmungou tocando a barriga.
— A cabelereira fala muito. – resmunguei. – É gente boa, mas não cala a boca. – arrisquei em dizer, com certo mau humor.
— Ela é uma conhecida da minha mãe, como era mesmo o nome dela? Leila? – questionou incerta. – Deve ser... – deu de ombros.
Quando alcançamos a praça de alimentação, senti a alegria voltando de novo, e quando avistei os letreiros do Mcdonalds um sorriso exageradamente largo tomou meus lábios. Era meu lanche favorito.
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*Finalizada* Os Clichês não Existem
FanfictionTudo o que Estéfane não queria, era ser notada pelo grupinho mais popular do colégio, composto pelos quatro garotos mais bonitos do lugar, porém, os mais cruéis que ela já teve o desprazer de conhecer. Quando a garota chegou ao colégio, a um ano atr...