Tudo o que Estéfane não queria, era ser notada pelo grupinho mais popular do colégio, composto pelos quatro garotos mais bonitos do lugar, porém, os mais cruéis que ela já teve o desprazer de conhecer. Quando a garota chegou ao colégio, a um ano atr...
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Ponto de Vista By Jason Miller
Assim que Teca foi embora, eu sabia que teria que enfrentar um Max babaca enchendo a porra do meu saco, não era nenhuma novidade.
— Eu ainda não entendi. – ele disse pensativo. – Sério que você... tá pegando ela? – questionou a me encarar.
— Sim cara, é sério. – disse o encarando de volta. – Não tem razão para mentir, meu feitiço se virou contra mim, é isso.
— Entendo... – ele disse olhando a paisagem além da janela do meu quarto. – Ela até que... não é feia né? – ele questionou voltando a me olhar. – Tipo, se ela soltar aquele cabelo, escovar ou passar chapinha, ou pode ser natural mesmo, só cuidar, usar um óculos mais bonitinho, usar um pouco de maquiagem e umas roupas melhores...
— Por quê você está falando disso? – eu o encarei agora, com uma semblante mais fechado. – Tá imaginando ela assim?
— Sim. – sorriu de lado. – E o resultado não é tão ruim...
Por puro impulso peguei a primeira coisa que encontrei ao meu lado, ou seja meu fone e o arremessei direto contra o rosto de Max.
— AI PORRA! Tá doido é? – gritou enquanto esfregava o local atingido. – Imagina se acerta meu olho? – fez drama. – Você teria um amigo cego e uma consciência bem pesada!
— Menos Max! – resmunguei. – A Teca não precisa mudar nada, tá ótima assim... – disse mesmo sabendo que ela ficaria ainda mais linda do jeito que meu amigo falava.
— Você só não quer que ela se arrume porque sabe que os outros vão conhecer uma nova versão dela, uma versão que vai agradar, a concorrência será aberta e você não quer que ela chame a atenção... – ele disse me estudando. – Caramba dude! É isso mesmo cara! Você gosta mesmo dela, tá com ciuminho...! – disse em um tom zombeteiro. – Caraca, eu vivi pra ver o Jason apaixonado e ainda pela nerd que ele desprezava! QUE CLICHÊ! – gargalhou.
— VAI SE FERRAR PORRA! – joguei a almofada nele. – Eu não tô apaixonado merda nenhuma!
— Tem certeza? – riu debochado. – Então eu posso dá em cima dela?
— Quê? – o incarei incrédulo por tamanha audácia. – Você nunca achou ela bonita, você me ajudava a zoar ela, agora que ela é minha... – parei de falar ao notar o que estava prestes a dizer.
— Agora que ela é sua...? – disse segurando a risada. – Continue, sua o quê?
— Olha Max... – suspirei tentando manter a calma. – Você sempre tirou sarro dela também, vai me dizer que de repente ela ficou atraente pra você?
— Não foi assim com você? – deu de ombros. – Por quê não comigo?
—Fique à vontade, se ela te quiser... – eu disse sentindo meu interior ferver. A única coisa que se passava na minha mente era eu socando a cara bonita de Max, deixando ela toda desfigurada para arrancar aquele maldito sorriso presunçoso dos seus lábios. Ódio.
