•O in(esperado) Beijo•

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  Ponto de Vista Jason Miller:

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  Ponto de Vista Jason Miller:



  Era difícil para mim ignorar a existência de Estéfane.

Eu conseguia facilmente ignorar meu pai porque não queria falar com ele, pelo menos quase nunca , podia ignorar o Joshua porque estávamos sempre brigando, então era comum estarmos de cara amarrada um para o outro, poderia até mesmo ignorar Natasha, pois ela não era importante assim para mim.

Mas, tentar ignorar ela, foi a pior idiotice que eu já fiz na minha vida. Primeiro, porque meus amigos já estavam desconfiados de algo, afinal, eu já estava há uns três dias sem nem sequer mencionar o nome dela, os outros poderiam engolir numa boa, mas não Erick, ele era esperto e sabia que tinha algo acontecendo, mas também não ficava fazendo perguntas, talvez só estivesse esperando o momento certo.
E segundo, ela parecia não querer ser ignorada por mim, o que era estranho já que eu confesso que eu fui babaca, ou melhor eu fui um filho da puta com ela esse tempo todo. Ela parecia incomodada diante a minha indiferença, e eu não gostei nada daquilo, por quê ela sentiria falta das provocações? Das piadinhas? Dos apelidos? Ela era burra ou o quê? Era só ela ficar quieta, na dela, e seguir o roteiro, fingir que eu também não existo, como ela fazia antes de eu começar a pegar no pé dela.

— Está horrível. – Derik, o nosso professor de artes falava em um tom de desaprovação. – Vocês precisam entrar no personagem, falar com mais emoção! – suspirou impaciente. – Tentem novamente!

O "auditório" do colégio estava um pouco movimentado, alguns professores que estavam ajudando na peça e alguns alunos. Inclusive meus amigos, que olhavam tudo gargalhando da minha cara. Amigos da onça.

Serei teu à tua ordem, apenas chama-me de amor.""Oh, doce Julieta, tua beleza enfraqueceu-me!" – disse eu "entrando" no personagem enquanto olhava "encantado" para Júlia.

— Assim está melhor. – sorriu orgulhoso. – Mas ainda não está bom, você precisa falar com mais emoção Miller! Mas por hoje é só, amanhã retomamos.

O local ia se esvaziando um pouco e eu pude respirar aliviado enquanto pegava minha mochila a jogando nos ombros.

"Romeu, Romeu! Onde estás, meu Romeu?" – Erick se aproximou tirando sarro de mim. – Cara, ainda não acredito que tu tá participando dessa coisa de viado!

— Eu nem sabia que tu gostava de ler ou algo assim. – David comentou fazendo careta.

— Há muitas coisas que vocês não sabem sobre mim. – eu disse um pouco rude talvez andando com um pouco de pressa.

— Cara, o que você tem? Tem agido estranho nos últimos dias! – Max comentou tocando meu ombro.

— Nada demais. – eu disse dando de ombros.

*Finalizada* Os Clichês não Existem Onde histórias criam vida. Descubra agora