Tudo o que Estéfane não queria, era ser notada pelo grupinho mais popular do colégio, composto pelos quatro garotos mais bonitos do lugar, porém, os mais cruéis que ela já teve o desprazer de conhecer. Quando a garota chegou ao colégio, a um ano atr...
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Alguns dias depois...
Estar na Inglaterra era diferente de tudo aquilo que eu havia vivido em toda a minha vida. Principalmente porque eu estava realmente sozinho, em outro país, outro continente, sem amigos, sem nenhum familiar, sem a Teca.
Mas estava sendo desafiador, eu diria. Alguns dias longe foram o suficiente para refletir sobre muitas coisas, e perceber outras.
Uma delas é que, esses anos que eu ficaria longe da Estéfane serviria para amadurecimento, meu e dela! E o tempo quem decidiria o que seria de nós dois.
Ela poderia dar certo com o Felippe e serem felizes, eu poderia encontrar alguém e ser feliz com esse alguém e o melhor, não erraria com ele como errei com a Teca, jamais seria aquele Jason babaca novamente.
E outra coisa que percebi é que, não importava que estivesse na Inglaterra, não importava que estivesse a Km de distância, ou que ela já estivesse postando fotos nas redes com o Felippe, eu ainda era completamente e loucamente, apaixonado por Estéfane Mendez.
Porém, na vida nem sempre as coisas terminam do jeito que gostaríamos ou do jeito que projetamos. E o que foi difícil, mas que finalmente aprendi foi que, o amor não é posse, o amor não deve machucar, o amor é cuidado, é zelo, é querer o bem do outro, por mais que esse alguém não esteja mais ao seu lado. E depois de constatar que ainda era loucamente apaixonado por Teca, eu ainda constatei que verdadeiramente a amava, pois vê-la toda feliz, acompanhar seu dia a dia mesmo de longe, me deixava feliz, me fazia sentir menos pior por toda a dor que lhe causei.
Eu queria me redimir e a melhor forma disso, era viver como um homem completamente novo, fazer tudo certo daquela vez. E eu estava tentando ao meu máximo, e estava me orgulhando disso.
Ás vezes eu recebia notícias de Teca, Max me ligava para contar tudo, e a última notícia era que ela iria fazer uma viagem com o pessoal da sua turma para Vegas. Ela estava se divertindo, e aquilo era muito legal. Max por outro lado, estava tentando algo com Júlia, apesar da ruiva ser durona. Eles pareciam estar em uma espécie de relacionamento difícil, e só para ressaltar, Júlia ainda me odiava.
Mas, ás vezes quando eu ligava para o meu melhor amigo, e ela estava junto podia ouví-la dizendo coisas como "Ele está bem?" "Pergunte quando ele vem para o Estados Unidos!" "Você contou sobre..."
É claro que, ela não me odiava de verdade, pelo menos não tanto quanto odiava antes, e era engraçado notar que ela se importava comigo mesmo quando ela fazia questão de pedir ao Max para me dar o seguinte recado:
"Ninguém aqui está sentindo sua falta, Miller."
E foi em meio a uma dessas ligações, que um pouco distraído, eu esbarrei em alguém a caminho da cafeteria. Merda! As coisas da mulher a minha frente havia ido tudo de encontro ao chão inclusive, seu celular e algumas pastas.
