Tudo o que Estéfane não queria, era ser notada pelo grupinho mais popular do colégio, composto pelos quatro garotos mais bonitos do lugar, porém, os mais cruéis que ela já teve o desprazer de conhecer. Quando a garota chegou ao colégio, a um ano atr...
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▪︎ Uma aula antes do intervalo para o almoço, tivemos prova de álgebra, na verdade foi um teste surpresa, e eu acabei tendo problemas, já que nos últimos dias ao invés de me preocupar em continuar a minha rotina de estudos, eu estava preocupada em enfiar minha língua na boca de Jason, literalmente. Eu não sou nenhuma nerd neurótica que não aceita tirar menos de dez, ou que reclama por meio ponto, mas eu não tinha dificuldade com cálculos, porém naquela manhã eu estava ferrada, a matéria era nova, havia sido passada na semana turbulenta que estava a minha vida (morte do vovô + amassos com o Miller), eu não tenho nem o direito de reclamar com a professora, na verdade não tenho nem cara de pedir que ela me dê outra chance também, já que a culpa claramente era minha.
Um zero bem redondo eu não diria, mas menos que a média padrão (6) eu tiraria com toda certeza. E já estava me preparando para o sermão que ouviria dos meus pais, da minha mãe principalmente, que iria colocar a culpa no meu "rolo" com Jason, e com toda razão. Fui quase uma das últimas a entregar o teste, depois de mim só restava Mike (eu já havia falado dele), Tifanny (uma garota punk) e Hope, uma morena que eu não sabia nada sobre, havia sido transferida há uns quatro meses e costumava conversar com Ashley (a ex? de Jason). Srta Karen me olhou por cima dos óculos de grau com certa atenção, se eu fosse um pouquinho mais perturbada poderia dizer que vi certa decepção e confusão em seu olhar quando passou os olhos pelo teste e depois tornou a me encarar, não tive outra a reação a não ser sorrir fraco, totalmente sem jeito.
— Eu tô ferrada. – comento com certo pesar enquanto encontro Júlia escorada na parede enquanto mexia em seu celular, a minha espera.
— E, qual é a novidade? – ela pergunta sarcástica enquanto guarda o aparelho no bolso.
— Vai ser a minha primeira nota baixa, da vida. – lamento. – Onde eu estava com a cabeça?
— Quer mesmo que eu responda? – ela questionou sem um pingo de paciência, e eu entendi que ali seria o momento de cortar o assunto. – Espero que agora você tenha entendido quando eu te disse para afastar daquele garoto! Pois se eu me lembro bem, a Alisson aquela meretriz passou todas as respostas para ele e para o Max, tanto que ele foi um dos primeiros a deixar a sala, e quem se ferrou?
Eu.
— É, você. – disse despois que eu havia respondido mentalmente. – O Jason não está nem aí pra nada amiga, por favor, acorda! – resmungou.
— Não foi culpa dele. – o defendi, pois em partes era verdade. – A responsabilidade é toda minha, eu deveria ter estudado, eu deveria ter ido atrás dos conteúdos perdidos, não vou culpá-lo, ele não me obrigou a nada, então a culpa é minha!
Júlia sorriu sem humor e negou erguendo as mãos em sinal de rendição. Aquele assunto estava encerrado para ela.
— Vamos logo que eu estou morta de fome. – disse andando na minha frente.
