Capítulo dezessete

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Quando chegaram em casa na manhã seguinte, de cabelos despenteados e mãos dadas, eles realmente não esperavam encontrar com todos reunidos, vestidos e armados discutindo ao redor da mesa de jantar.

Todos. Nem mesmo Niall era exceção. Alguém havia lhe arranjado um uniforme e ele estufava o peito em orgulho conforme se esticava sobre a mesa para alcançar algo que Louis não conseguia ver. Todos mantinham as vozes elevadas o suficiente para fazer com que Harry se encolhesse e Louis se precipitasse para dentro da sala, esbarrando o joelho em uma das cadeiras e chamando a atenção para si.

_ Oh, Louis! Graças aos deuses - Mark exclamou assim que o viu - Olá, Harry, não há nada com o que se preocupar.

_ Louis! Diga a ele que está louco - Charlotte saltou em frente ao humano.

_ Lou! Onde está aquele esquema de batalha que você desenhou? - Liam o interrompeu - Sabe se temos armas o suficiente em estoque?

_ Permissão para falar sobre Louis e Harry terem passado a noite fora da barreira? - Zayn estendeu a mão, claramente desviando o assunto.

_ Permissão negada, precisamos dele agora - Felicité puxou a mão do feiticeiro para baixo.

_ Alguém vai me explicar o que está acontecendo? - O humano perguntou, impaciente.

Todos os olhares estavam sobre ele. De mão em mão um pedaço de pergaminho foi passado até que estivesse na mão do rapaz. Harry assistiu conforme os olhos azuis passavam sobre as palavras escritas em caligrafia grosseira e sentiu quando sua mão foi solta.

À meu querido amigo, Mark Tomlinson, líder dos renegados.

Devo admitir que fiquei surpreso que tenha aceitado minha proposta. Se bem me lembro ainda é um homem reservado e não costuma sair desde seu acidente. 

Tenho ciência de que o adequado a se fazer é convidá-lo para jantar em uma área comum que não ofereça riscos para ambos os lados, porém estou ansioso para ter uma nova opinião a respeito da reforma de minha adorável residência. Sabe como sempre odiei a decoração feérica.

Aguardo sua presença na próxima sexta para que possamos nos reencontrar e colocar a conversa em dia. Farei questão de remover meus homens da floresta para evitar possíveis imprevistos e avisarei que que chegará ao castelo.

Sinta-se a vontade para trazer seus garotos, estou curioso para saber por que decidiu ter crianças depois de tudo. E espero que não seja tarde demais para apadrinhá-los.

Aguardo sua presença.

Atenciosamente

S.C.

_ Filho da puta, arrogante e prepotente - Louis xingou assim que terminou de ler o bilhete - Um dia de paz, é pedir demais? - Ele jogou a bolsa no chão e saiu andando e reclamando sozinho - Me diz que já pegaram o espião?

_ O que? - Mark parecia não esperar aquela reação, menos ainda aquela pergunta.

_ Espião, informante, tanto faz - Ele se aproximou da mesa e pegou uma xícara de chá que provavelmente pertencia a alguém. Todos o observavam como se ele estivesse falando em outro idioma - O que? Papai se feriu na toca dos metamorfos, a única forma de Simon saber disso é tendo ouvido de alguém.

A verdade é que ninguém havia pensado naquele detalhe. Todos estavam tão desorientados ao saber que Cowell havia tomado o reino para si que não perceberam todos os detalhes ocultos na carta. Esse era o bom de pedir a opinião de Louis. Ele era detalhista demais para deixar algo passar.

Midnight Prince || L.S.Onde histórias criam vida. Descubra agora