Um Amor Duvidoso

Ainda o Amo Loucamente

Rindou POV*

Estava na minha sala, pesquisando sobre esse tal Hakkai, o que foi fácil pelas quantia considerável de fotos que ele tem com Angry. O que me deixou um tanto quanto irritado.

Descobri que o mesmo se chama, Hakkai Shiba é o irmão casula de dois irmãos. E o que tranquilizou um pouco foi saber que ele estava comprometido, seu noivo é um estilista e sócio da Boten assim como o próprio Shiba, Mitisuya Takashi, irmão mais velho de duas garotas. O Hakkai é gay e é um modelo extremamente famoso.

Em algum momento parei de stalkear o Hakkai e comecei a ver o Instagram do Angry onde tinha lindas fotos do mesmo, que iam de extremamente fofas para extremamente sexy's.

' Por que tão belo senhor?!'

Estava ali no meu mundinho até ouvi minha porta ser literalmente arrombada pelo o idiota do meu irmão.

'Cavalo.'

- BORA COMER!!- diz ele extremamente feliz, apenas o olhei entediado, tem certeza que ele é o irmão mais velho?!!

- O que aconteceu para estar tão feliz ?- pergunto desconfiado.

- Não pode mais ficar feliz?! Estou de bom humor, não precisa de um motivo!

- Tá, e o motivo é?- pergunto sabendo que ele falaria de qualquer jeito.

- Se precisar de um, tem nome e sobrenome- sorri convencido- Nahoya Kawata- diz suspirando.

- O que você fez com o irmão do Angry?!

- Não fiz nada!- se faz de indignado- Vem almoçar ou não?- volta a sorrir.

- Não, eu ainda vou terminar meu relatório e mandar para o sistema.

- Chatoo!

- Saia com esse sorriso idiota da minha frente.

- Ouch! Como essa doeu!- sarcastico ele né.

- Pode ir, caso fique com fome dou um jeito- responde com um aceno de cabeça logo saindo. Igual uma libélula saltitante.

~°~

Novamente minha porta é aberta sem educação nenhuma, e ao olhar na direção da mesma vi o azulado no qual não consigo parar de pensar, sempre foi assim, até mesmo depois dele sumir continuei alimentando meu coração apenas de memórias. Ainda dói.

- Inui me entregou essa papelada e aconselhou pedir sua ajuda, já que você entende do assunto.- diz

Ele entra de uma vez fechando a porta e se sentando na minha frente sem pedir licença.

Ele me entrega a papelada, eu passei os olhos pela mesma. Era algo até que simples, estava tão concentrado que nem ouvi meu estômago roncar, por isso me assustei quando o Angry apenas se levantou e saiu da sala.

Eu não entendi o que ele queria fazer, então apenas voltei a me concentrar para facilitar o trabalho dele, mas logo meu computador foi afastado junto dos papéis, o que me fez olhar confuso aqueles olhos turquesa.

Tão lindos quanto o céu limpo e sem nuvens, sem perceber suspirei o encarando. Lindo.

' Um verdadeiro colírio para os olhos.'

-O que comeu hoje?- diz ele desviando seus olhos do meu.

- Tomei chá de camomila de manhã, por quê?- pergunto.

Não havia entendido o ponto, mas meus questionamentos foram respondidos quando ele coloca uma marmita na minha frente.

- Coma- diz curto e grosso em um tom de ordem.

E eu, como sou um adulto, independente, responsável e que toma conta de si mesmo! Comi a comida, mas, me entendam, ele estava me ameaçando com os olhos.

Assim que terminei, me senti cheio, a comida estava extremamente boa!

- Agora que acabou, vamos logo com isso, tenho que me arrumar pra encontrar o Kai- ele fala arrumando a mesa e novamente se sentando começando a ler.

No começo eu não me importei, mas, onde está o rascunho de uma carta que eu fiz pensando no Souya?!! Assim que eu vi na mão do mesmo um papel de tonalidade azul meu peito gelou, peguei da mão dele para que ele não conseguisse ler.

- Foi mal, é que preciso refazer isso, não mexa- digo guardando o papel.

Pude o ouvi resmungar algo de como eu sou sem educação. Tão perfeitinho, por isso que eu ainda te amo loucamente, Souya Kawata.

- Você sabe que, se continuar com isso aberto pode infeccionar né?- diz ele tirando o paninho do seu terno.

Limpou com cuidado onde ele havia me acertado com a faca, ardeu um pouco onde ele passou mais não fiz muito drama.

- Ai, ai, ai, ai! Tá doendo! Vai arrancar minha bochecha desse jeito!

- Calado, dramático - diz irritado.

Em seguida, tira do bolso um curativo azul infantil, com desenhos de amoras e o colocou no meu rosto.

- Prontinho, se sente melhor?

-Sim, obrigado- sorri para o mesmo- Sentiria melhor com um beijinho...

É claro que aquilo era só uma provocação com uma pitada de verdade.

Assim que abro os olhos percebo que nossos rostos estão bem próximos, e como se fosse um ímã, eu olhei para os seus lábios, que pareciam clamar pela união de nossas bocas, me aproximei no automático, claro que ainda um pouco nervoso. Ele não se afastou, então o puxei fazendo o mesmo passar por cima da mesa, vindo em minha direção.

Ele me puxou pela gravata que eu usava colando nossos lábios em um beijo quente e necessitado. Oh Deus! Que beijo maravilhoso, boca perfeita! Com certeza eu já estava viciado naquele beijo caloroso.

Estávamos em sincronia, com em uma dança, uma dança erótica e sensual, aperto sua cintura com certa possessão enquanto ele deixa cafunés na parte de trás do meu cabelo. Suspira e ofega em deleite contra os meus lábios.

'Queria que isso não acabasse.'

Mas, nos separamos pela maldita falta de ar!

' Pulmões, não conseguiam aguentar  mais um pouco?!'

  Assim que nossos olhos se encontram eu percebo que ele está completamente corado e ofegante,porra assim você me quebra!

Ele me afasta lentamente se levantando da mesa ainda meio tonto, e quando conseguiu ficar em pé começou a pedir várias desculpas e depois saiu correndo me deixando novamente sozinho, ofegante, e muito, mais muito excitado.

Ah! Angry você sempre dando um jeito de colocar minha vida de cabeça para baixo! Mas sinceramente penso que

- Me acostumei viver nesse mundo de cabeça para baixo. E você sem fazer nada me conquistou- completo meu pensamento fechando os meus olhos e suspirando.

Ainda consigo sentir seus lábios contra os meus, como se ele ainda estivesse aqui. Sorrindo grande, me recobro a consciência arrumando minhas coisas para poder ir embora.

' Parece que vai chover...'

Constato olhando a grande parede de vidro que serve de janela na minha sala. Deixo a empresa e mando mensagem para o meu irmão avisando que eu iria para casa.