As formas

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1. A VULNERABILIDADE À DOR E A DEPENDÊNCIA DE SEGURANÇA/PROTEÇÃO O ESQUEMA


PRINCIPAL É A BAIXA AUTO-SUFICIÊNCIA: "NÃO SOU CAPAZ DE TOMAR CONTA DE MIM MESMO". ESSAS PESSOAS PRECISAM DE ALGUÉM MAIS FORTE DO PONTO DE VISTA PSICOLÓGICO, QUE SEJA RESPONSÁVEL POR ELAS. A IDÉIA QUE AS MOVE É OBTER SEGURANÇA/PROTEÇÃO SUFICIENTE PARA ENFRENTAR UMA REALIDADE PERCEBIDA COMO MUITO AMEAÇADORA.

Esse tipo de dependência é das mais resistentes, porque o sujeito a experimenta como se fosse uma questão de vida ou morte. Não se procura o amor, a ternura ou o sexo, mas sobrevivência em estado puro. O que se persegue não são mais prazer e euforia, mas calma e sossego. O assunto não é de taquicardia, é de bradicardia, repouso e alívio: "Estou a salvo".

A origem dessa dependência parece estar na superproteção dos pais durante a infância e na crença aprendida de que o mundo é perigoso e hostil. O resultado dessa funesta combinação ("Não sou capaz de ver por mim mesmo" e "O mundo é terrivelmente ameaçador") faz a pessoa perceber a si mesma como indefesa, desamparada e solitária. O destino final é altamente previsível: sem autonomia, sem liberdade e, claro, com dependência.

Como disse antes, a segurança obtida nem sempre é evidente. Os sinais de proteção podem ser muito sutis e, aparentemente, sem sentido, mas úteis e significativos para a pessoa. Não importa o quão fria seja a relação, às vezes somente a presença do parceiro produz a sensação de estar a salvo. Estar com ela ou com ele, compartilhar o mesmo espaço, respirar o mesmo ar, dormir na mesma cama, olhar a mesma televisão, cuidar dos mesmos filhos ou viver a mesma vida é suficiente para se sentir acompanhado, ou seja, "sem estar só". Não é necessário que o parceiro seja um judoca faixa preta ou um integrante da Liga da Justiça; conquanto que esteja ali, visível e sob o mesmo teto, o viciado e sua necessidade ficam satisfeitos.

Déficit: Baixa auto-suficiência ("Eu não me basto").

Medo: Do desamparo e da falta de proteção.

Dependência: Da fonte de segurança interpessoal.

2. O MEDO DO ABANDONO E A DEPENDÊNCIA DE ESTABILIDADE/CONFIABILIDADE TODOS ESPERAMOS QUE NOSSO PARCEIRO SEJA RELATIVAMENTE ESTÁVEL E, SEM DÚVIDA, FIEL. DE FATO, A MAIORIA DAS PESSOAS NÃO SUPORTARIA UMA RELAÇÃO FLUTUANTE E POUCO CONFIÁVEL, E NÃO SOMENTE POR UMA QUESTÃO DE PRINCÍPIOS, MAS DE SAÚDE MENTAL. SOB QUALQUER ÂNGULO, UMA RELAÇÃO INCERTA É INSUSTENTÁVEL E ANGUSTIANTE.

ASPIRAR A UMA VIDA DE CASAL ESTÁVEL NÃO IMPLICA APEGO, MAS TORNAR-SE OBSESSIVO FRENTE À POSSIBILIDADE DE UM ROMPIMENTO, SIM.

Amar ou depender?Onde histórias criam vida. Descubra agora