Cap. 1

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– Não! – recusei pela 4ª vez o pedido desesperado da minha melhor amiga, tentando me convencer à ir numa festa com ela

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– Não! – recusei pela 4ª vez o pedido desesperado da minha melhor amiga, tentando me convencer à ir numa festa com ela.

– Ah, pelo amor de Deus, Leylla! – se jogou na minha cama que foi perfeitamente arrumada à menos de 20 minutos – Não precisamos chegar tarde.

– Eu não gosto de festas, Jéssica. Você sabe disso.

Achei que ela fosse responder alguma coisa, mas pra minha sorte, ela foi embora. Provavelmente cansada de insistir e receber sempre a mesma resposta.
Voltei a minha atenção ao meu vizinho gato que mora do outro lado da rua, Jacob Willows. E sim, eu sei que isso é invasão de privacidade, mas quem liga? Ele nem sabe.

O observei se jogar na cama enquanto olhava pro celular. Como sempre, ele estava vestindo apenas uma calça moletom e estava sem camisa. Os cabelos loiros pingando indicavam que ele tinha acabado de sair do banho.
O vi jogar o celular na cama irritado, imagino o que ele deve ter visto de tão ruim ao ponto de jogar o celular que ele comprou a menos de um mês desse jeito.

– Ao invés de ficar só olhando, porque não vai lá e chama ele pra sair? – me assustei com a voz da minha mãe.

– Mas é claro que não! Isso não é papel meu, e ele tem namorada.

– Hum, passa tanto tempo aí que já sabe tudo sobre a vida do homem. – caminhou calmamente até mim.

– Faço isso quando não tenho o que fazer.

– Nesse caso, você nunca tem o que fazer.

– A vida dele é mais interessante do que a minha, mãe. – resmunguei baixo.

– O seu pai ligou. – pronunciou triste – Ele nos convidou pra um almoço na casa dele amanhã, disse que quer te ver antes de viajar.

– E o que você disse? – perguntei sem muito interesse.

– Disse que iríamos.

– Como é?

– Leylla, ele pode não ser mais meu marido, mas ainda é seu pai.

– Não, ele não é meu pai, não. – respondi calmamente – Ele deixou de ser meu pai quando entrou por aquela porta com os papéis do divórcio nas mãos.

– Eu entendo que você ainda não se acostumou com isso. Mas olha pelo la... – a interrompi imediatamente.

– Lado bom? É isso que a senhora ia dizer? "Olha pelo lado bom"? – fiz aspas com os dedos e dei ênfase no "bom".

Sinceramente eu não entendo a minha mãe. Ela ainda ama ele, eu sei, mas não sei porque está sempre defendendo ele e falando como se ele não tivesse feito nada de errado. Ele machucou ela, pediu o divórcio pra casar com outra mulher depois de duas semanas, e ela não se importa?

– Não existe lado bom nisso, mãe. – falo baixo saindo do quarto.

Saio de casa e desço as escadas do prédio devagar, como se não bastasse morar no último andar, o elevador tá em manutenção.
Ando em direção à praia, normalmente vou lá quando quero ficar sozinha ou pensar.
Assim que chego, vejo que não tem muitas pessoas, talvez seja por já estar anoitecendo ou porque está um pouco frio. Me sento perto de algumas pedras e fico lá por um tempo.

Fiquei tão distraída em meus pensamentos que não notei quando alguém sentou do meu lado, e não um alguém qualquer. Ele.

O Badboy da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora