Para muitos, Leylla é a típica garota quieta, ingênua, com poucos amigos e que raramente sai de casa. Para os que pensam assim, realmente não estão errados, mas também não estão completamente certos. Se apaixonar nunca esteve nos planos de Leylla...
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– Olha, não quero te incomodar, – falou calmamente assim que se sentou ao meu lado – mas ficar resfriada está nos seus planos?
– O quê?
– Tá chovendo.
Olhei em volta e realmente estava chovendo, e bastante por sinal. Não tinha mais ninguém na praia além de nós, e "nós" estávamos encharcados.
– Ah... Você também vai acabar ficando resfriado. – me levantei.
– Eu não ligo.
– Então porque disse isso pra mim?
– Eu não me importo de ficar resfriado. – deu ênfase no "eu" – Já você, parecia nem ter notado que está chovendo.
– Realmente.
– Então eu imagino que queira sair logo daqui, não?
– E você vai ficar?
– Desculpa aí, princesinha. Eu só te avisei sobre a chuva, não te chamei pra um encontro.
– Pode acreditar, – falei um pouco grossa – eu sei.
Tratei de sair de lá o mais rápido possível, o que não foi difícil já que eu não tinha nada pra pegar.
Ok, eu sei que fui um pouco iludida, mas não precisava isso. Não podia responder com um simples: "não"?
Caminhei de volta pra casa devagar. A chuva já tinha passado e eu precisava estar mais seca antes de entrar no prédio pra não acabar molhando.
– Eu não quis magoar, princesinha. – se pronunciou logo após diminuir a velocidade do carro.
– E eu não quero suas desculpas, badboy.
Escutei uma risada baixa vindo dele, mas o ignorei e entrei em meu prédio.
Logo após subir as muitas escadas e finalmente parar em frente ao apartamento onde – apenas – eu e minha mãe moramos, escutei algumas risadas femininas vindo de dentro. Abri a porta e ví minha mãe sentada no sofá juntamente com uma outra mulher, que até então estava de costas.
– Boa noite. – anunciei calma, fazendo com que as duas me olhassem.
– Boa noite, princesa. – respondeu a mulher.
Eu estava bem. Nenhum sinal de surpresa no meu rosto. Porém quando a "mulher" se virou, notei não ser qualquer mulher. Mas sim, a mãe do meu vizinho gato à quem costumo vigiar todos dias.