Cap. 18

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- Leylla? - pergunto quando paro em um sinal vermelho

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- Leylla? - pergunto quando paro em um sinal vermelho.

- Oi? - me olha.

- Eu queria te levar em um lugar, mas...

- Tudo bem. Devido as circunstâncias de hoje, eu entendo.

Ela tentou não demonstrar, mas notei um pouco de decepção em sua voz.

- Inauguraram um parque de diversões novo ontem, - dou partida no carro novamente - pensei em ir pra lá.

- Tá bom. - sorri.

Eu só estou notando agora, ou ela sempre teve esse sorriso lindo?
Seguimos para o parque e nos divertimos bastante, voltamos cerca de 22:30.

- Não achou? - pergunto.

- Não.

Estamos parados em frente a porta da casa de Leylla enquanto ela procura a chave dentro de sua bolsa. Leylla se abaixa e vira a bolsa, jogando tudo no chão. Não tinha muita coisa, mas nem sinal da chave.
A mãe de Leylla ligou quando estávamos voltando e disse que precisava sair pra resolver algumas coisas, o que me fez pensar: "O que ela foi resolver quase 11 horas da noite?"

- Ai, não tá aqui! - Leylla resmunga colocando as coisas de volta na bolsa - Fiquei tão distraída com a Jéssica que devo ter esquecido de pegar. - se levanta.

- Olha, no meu quarto só tem uma cama, mas ela é grande. Pode dormir lá se quiser.

- Ah, não. Eu posso ir pra casa do meu pai ou da Jéssica, tenho que conversar com ela, aliás.

É nítido que ela quer aceitar minha proposta, mas parece que a vergonha é maior.
"Ah, mas você vai dormir lá, sim!"

- Eu dormi aqui naquele dia, hoje é sua vez. - a puxo em direção ao elevador - Tô te devendo uma, lembra?

- Mas não precisa...

- Você vai, mesmo que eu tenha que te levar carregada. - a abraço por trás e ela ri.

- Tá bom. Mas só porque a sua casa é mais perto e já é tarde. - sorri vitorioso a soltando.

(...)

- Cheguei! - grito entrando em casa, e Leylla logo atrás.

- Demorou ein. - Wendy vem andando com uma cara de tédio, carregando uma bolsa grande no ombro direito - Ah, oi Leylla! - acena pra Leylla, que logo faz o mesmo.

- Pra onde vai?

- Acampar, esqueceu? - faz a cara de tédio novamente.

E agora me lembrei disso. Eles iriam semana passada, mas meus pais tiveram alguns imprevistos no trabalho e adiaram pra essa semana.
Eu optei por ficar em casa, e Wendy também não queria ir, mas meus pais não confiam em deixar ela sozinha em casa e eu não vou pagar uma de babá.

- Cadê a mamãe? - pergunto e volta a andar em direção a porta.

- Desceu pra arrumar algumas coisas na mala do carro e eu também tô indo agora. O papai tá na cozinha, se quiser falar com ele.

Vou até a cozinha e Leylla me segue. Encontro meu pai colocando suco dentro de algumas garrafas, pra levar pro acampamento.

- Pai? - o chamo e ele me olha, assim que vê Leylla, um sorriso simpático se abre no seu rosto.

- Boa noite. - fala, mais pra Leylla do que pra mim.

- Boa noite, senhor Willows. - Leylla se pronuncia ainda envergonhada.

- Pai, tudo bem se a Leylla dormir aqui hoje? Houve um probleminha, e como já está tarde... - balancei a cabeça e assentiu entendendo.

- Sem problemas. - coloca as garrafas de suco dentro da bolsa térmica e vem até mim - Só tente não colocar um filho dentro dela tão cedo, ok? - sussurra pra mim, e sai.

O olho de relance e ele sorri, nós deixando sozinhos em casa. Nathaniel Willows é uma comédia!
Guio Leylla até meu quarto e dou algumas roupas pra ela vestir, e uma toalha pro banho. Logo ela entra no banheiro e eu fico olhando a rua pela janela.

Daqui dá pra ver o quarto de Leylla todinho, mas nunca fui de prestar muita atenção. Certo dia, quando eu estava no tédio, eu fiquei na janela olhando os carros passarem pra lá e pra cá; e de repente eu ví ela, totalmente estressada e triste, chorando enrolada nas cortinas. Não sei o que tinha acontecido, mas ela sem dúvidas não estava bem.
Depois daquele dia, eu passei a olhar pro quarto dela de vez em quando. Mas em um trágico dia, a vi entrando no quarto, ainda molhada e enrolada na toalha de banho. Ela se trocou um pouco distante da janela, mas deu pra ver bastante coisa.
Eu sei que é errado, mas devo admitir que já cheguei a ficar sentado perto da janela, torcendo para que aquela cena acontecesse de novo. Mas aquilo nunca se repetiu.

- Jacob? - Leylla me chama, me tirando dos meus devaneios.

- Hum? - me viro a olhando.

A olhei de cima a baixo e ri, vendo que a camisa que a dei ficou grande como um vestido nela.

- Onde estendendo a toalha? - pergunta, me mostrando a toalha.

- Deixa que eu levo.

Pego a toalha de suas mãos e vou até a área de serviço, estendendo a mesma lá. Volto para o quarto e encontro Leylla na encostada na janela olhando o céu, e do nada, uma ideia idiota surge na minha mente.
"Já fiz tantas besteiras, que essa não vai fazer diferença", penso.

Estava distraída olhando pro céu quando sinto um beijo quente no meu pescoço e me assusto

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Estava distraída olhando pro céu quando sinto um beijo quente no meu pescoço e me assusto.

- Jacob? - pergunto.

- Oi? - sinto seu hálito quente em meu pescoço e me arrepio.

- O que está fazendo?

- Nada, só dando um beijo na minha amiga.

O Badboy da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora