Cap. 7

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É claro que quando eu disse esse "segue a sua vida", eu quis dizer "se agarra em outra"

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É claro que quando eu disse esse "segue a sua vida", eu quis dizer "se agarra em outra". E é ÓBVIO que eu adoraria ser essa "outra", mas é claro que eu não tenho chances com ele.

(...)

O domingo foi entendiante. Passei praticamente o dia todo vigiando o Jacob da janela. Mas o estranho é que ele não saiu do quarto o dia inteiro!
Já seria um milagre se ele passasse um dia inteiro dentro de casa, mas dentro do quarto?

Ele não estava normal, parecia nervoso, inquieto.
Andava pra lá e pra cá; sentava na cama; se deitava; levantava; ligava a televisão; desligava; vinha na janela; voltava; pegava o celular; jogava na cama... Eu tava ficando doida só de olhar ele rodando em círculos o dia todo.
Não sei se ele estava esperando a Claire, até porque um carro vermelho - muito chique e bonito, por sinal - parou na frente do prédio dele por volta das 13:30, mas como ele não é o único que mora naquele prédio, talvez tenha sido pra outra pessoa.

(...)

Já é segunda. Entrei na escola e fui direto até a diretoria pegar meus horários.
Assim que cheguei lá, dei de cara com Normani, a capitã das líderes de torcida e uma das mais populares da escola, sentada em uma cadeira enquanto recebia uma bronca do diretor. O tipo de garota bonita e conhecida que todos os garotos querem pegar.
Dei uma pequena risada saindo da sala, "a primeira aula nem começou ainda e ela já aprontou?"

(...)

O resto da manhã foi chato, nunca acontece nada muito importante no primeiro dia de aula. E a Jéssica nem foi, o que me lembra de ir na casa dela depois, já que eu não fui no sábado.

Estava sentada no sofá esperando Wendy, hoje começam nossas aulas de francês. E sinceramente, estou muito curiosa pra saber o motivo desse interesse dela pra aprender francês. Estamos nos Estados Unidos, pra quê essa urgência em aprender o idioma?

(...)

Já são 16:40, combinamos das aulas serem das 13:00 às 17:00, e honestamente, ela é muito inteligente e consegue aprender rápido, não vai demorar muito até se tornar fluente.

Demos uma pausa pra descansar um pouco e eu andei vagarosamente até a janela. Passo tanto tempo aqui, que nem noto como isso já se tornou um ábito.

- Da pra ver o quarto do Jacob todinho daqui - fala animada.

Pelo jeito dela, já tá na cara que eles são do tipo de irmãos que vivem brigando e pegando um no pé do outro.

- O seu quarto é aquele do lado? - pergunto a ela.

- É. Aquele é o meu, esse é o do Jacob... - aponta, indicando com o dedo - E o dos meus pais são do outro lado.

- Entendi.

- Dá pra ver tudinho que o Jacob faz daquí. - esfrega as mãos animada - Você ganharia um bom dinheiro com isso. - sorri maliciosa.

- Como assim?

- Ah, a minha mãe não confia muito nele, e ele tem uma namorada, a Claire. Minha mãe não gosta muito dela, e ela acha que o Jacob trás ela pra cá quando ele fica sozinho em casa. Se você colocasse uma câmera, com certeza minha mãe te pagaria bem. - sorri de ladinho enquanto vai até suas coisas.

"Mal sabe ela que a câmera sou eu", penso.

- Eu não vou fazer isso, é invasão de privacidade, sabia? - a observo guardar suas coisas na mochila.

- Ah, ele também invade sua privacidade e não tem problema nisso. - coloca sua mochila nas costas e sai do quarto.

- Como é?

Saio do quarto e vou até ela, que já está na sala, perto da porta. Ela se vira e sorri de forma maliciosa me olhando.

- Leylla, você costuma fechar a janela depois do banho? - pergunta ainda sorrindo.

- As vezes, quando estou com frio.

- Você abre as cortinas?

- Ah, normalmente não.

Pode ter sido impressão minha, mas tenho quase certeza que ela sorriu ainda mais.

- Se eu fosse você, começaria a abrir as cortinas.

E então ela sai, me deixando completamente confusa.
O que ela quer dizer com isso?

O Badboy da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora