Cap. 30

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Corro desesperadamente até o celular assim que Wendy vai embora

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Corro desesperadamente até o celular assim que Wendy vai embora. Procuro o número de Hillary na lista de contatos e ligo.

Irmã❤️

|Hillary?

|Oi! Faz um tempão que eu não te vejo, você tá bem? Tá parecendo meio desesperada.

|Qual o nome do seu irmão?

|Harry, ué! Tá com amnésia? Ou bateu a cabeça?

|Não, não. O outro.

|Harish? O que tem ele?

|A Wendy tá gostando dele.

|Do Harish?! Com tantos garotos no mundo, porque logo ele?

|Eu me perguntei a mesma coisa.

|Você tem que dar um jeito de tirar ela desse rolo. Ela definitivamente não pode namorar com o Harish.

|Eu sei, mas o que você quer que eu diga? "Oh, Wendy, você precisa parar de gostar desse menino, porque o pai dele é um mafioso procurado internacionalmente"?

|Ah, se é isso que temos...

|Hillary, ela me disse que vai encontrar com ele semana que vem. Ele não tá vindo pra cá, tá?

|Na verdade, tá sim.

|Como assim? Ele definitivamente não pode vir!

|Ah, o que eu posso fazer? Ele ainda é meu irmão, e infelizmente a mamãe faz questão de convidar ele para todos os nossos aniversários.

|Bom, ele poderia vir sozinho, sabe. Sem o pai mafioso dele junto.

|Não entendo como a minha mãe namorou um homem daquele, as vezes acho que ela é louca.

|Éh, parece que ela tem um péssimo gosto pra homens.

Analisei o estranho silêncio de Hillary diante daquilo. Será que eu disse algo errado?

|Bom, pelo menos ela fez uma boa escolha pra mim e pro Harry.

Seu tom de voz soou triste, e eu precisei de alguns segundos pra entender que ela estava falando do pai dela.

|Olha, Hillary, desculpa... Eu não quis magoar...

Me senti mal por ter falado aquilo. Hillary nunca falou sobre o pai, eu nem sei se ele está morto ou se simplesmente abandonou ela. Só sei que ela não se sente bem com a ausência dele.

|Não, não, tudo bem. Mesmo com todas as mentiras e esforços da minha mãe, eu tenho consciência de que o meu pai é um homem ótimo.

|Queria poder dizer o mesmo do meu.

|Ele é um bom homem, Leylla. Eu sei que você não gosta do fato dele ter se divorciado da sua mãe, pra se casar com a minha, mas ele ainda é seu pai. Ele te ama.

|Hum, se você diz.

(...)

|Ah, e os problemas com o Jacob? Já resolveu?

Estava conversando com a minha mãe jogada na cama. Ela contou as novidades e parece estar muito animada com os acontecimentos no novo emprego.
E eu? Bom, eu devo confessar que estou morrendo de saudades!

|A Wendy disse que ele terminou com a Claire, mas ele não apareceu aqui ainda.

|Nem ligou ou mandou mensagem?

|Não.

|E porque você não foi lá?

|Ai, vai ficar parecendo que eu tô desesperada, mãe! Foi ele quem pisou na bola, eu não vou lá tirar satisfação.

|As vezes, você tem que abrir mão do orgulho um pouco, filha.

Sim, eu sou orgulhosa. A minha mãe não é a primeira a me dizer isso e eu tenho consciência desse defeito meu. Mas a questão é: como? Como "abrir mão do orgulho"? O que isso quer dizer afinal?

|Eu não quero ficar correndo atrás dele, mas também não quero dar a entender que estou desinteressada.

Suspiro caminhando lentamente até a janela e observando o quarto dele. O quarto está escuro, mas as lâmpadas dos postes iluminam suficiente para que eu o veja encostado na janela, olhando pra baixo enquanto observa as pessoas andarem e os carros passarem.

|O que eu deveria fazer, mãe?

Era uma pergunta que realmente precisava de uma resposta, então depositei toda a minha confiança na melhor pessoa possível. A minha melhor amiga e conselheira pra todas as horas, a única pessoa que fez e faz qualquer coisa por mim, a única que eu sei que pode me ajudar com isso.

|Deveria se arriscar.

|E se não der certo? E se acontecer o mesmo que aconteceu com o Alex?

|Leylla, você vive muito apegada ao que já se foi. Querida, não se pode mudar o passado, nem apressar o futuro; você tem que viver o presente. O passado, passou; o futuro, virá; mas o presente está aí, a chance de fazer escolhas que podem mudar a sua vida está nas suas mãos a cada segundo. Siga seu coração, filha. Se conseguir o que queria, você venceu, se não conseguir, você aprendeu; no final das contas você sempre ganha alguma coisa. Mas o que vai ganhar se continuar parada aí, sem fazer nada?

O Badboy da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora