Para muitos, Leylla é a típica garota quieta, ingênua, com poucos amigos e que raramente sai de casa. Para os que pensam assim, realmente não estão errados, mas também não estão completamente certos. Se apaixonar nunca esteve nos planos de Leylla...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
(...)
- Ah, oi, Leylla! - a mãe de Jéssica me abraça assim que abre a porta de sua casa.
- Olá, senhora Morris.
- Veio ver a Jéssica? - me dá passagem e eu entro.
- Sim, ela está?
- Ela foi naquele supermercado aqui perto, disse que só ia comprar um pote de sorvete, então daqui a pouco ela chega.
- Ah, nesse caso eu acho que vou ficar esperando ela então.
- Pode esperar no quarto dela se quiser. Eu sei que vocês não tem segredos, então acho tudo bem.
- Tá bom, obrigado senhora Morris. - sorrio pra mesma e vou em direção as escadas.
Vou até o final do corredor e entro na última porta à esquerda. O quarto estava uma zona, o que não me surpreende, já que a Jéssica é extremamente bagunceira. Eram roupas jogadas no chão, papéis e um monte de maquiagem espalhadas pelas prateleiras, a cama estava toda bagunçada, tinha uma caixa de pizza encima da cômoda... Nem quero ver o estado do closet e do banheiro!
- Não sei como ela consegue viver nesse chiqueiro. - escutei a voz de Alex saindo de seu quarto, que é logo enfrente.
- Eu também não. - o olhei.
- Se eu fosse você, iria preferir esperar na sala. O estado desse quarto assusta só de chegar na porta!
- Não precisa ser tão dramático.
- Dramático, não. Realista. - coloca a mão no peito e eu rio.
- Sim, senhor realista. - brinco e entro no quarto de Jéssica, me sentando na cama da mesma.
- Já faz um tempo que a gente não se vê, né? - se encosta na porta e cruza os braços - Como você tá?
- Consideravelmente bem, mas não finge que se importa, tá?
- Aquilo foi um erro, você ainda guarda mágoas? - começa a andar devagar em minha direção.
- Não guardo mágoas de ninguém, só não tenho amnésia.
- Eu juro que se eu pudesse voltar no tempo e não consertar a merda que eu fiz, eu consertaria. - se senta ao meu lado, me olhando - Talvez tivéssemos uma vida diferente hoje. - fala, mais pra ele mesmo do que pra mim.
- Ou talvez não. Não dá pra saber, então é melhor se conformar com a sua vida atual. Que, sejamos sinceros, não é tão ruim.
- Não, mas poderia ser melhor. Seria melhor se eu ainda tivesse você.
- Você teve uma parte de mim Alex, e poderia me ter por completo se não fosse tão idiota.
Ele ficou pensativo por um tempo, e quando o vi abrir a boca para responder algo, Jéssica entrou como um furacão dentro quarto.
- Se querem fazer as pazes, vão para o quarto do Alex, ok? Não vão se pegar no meu quarto. - entra rebolando, com um pote de sorvete nas mãos.
- Se é que podemos chamar isso de quarto, já que tá mais pra lixão. - Alex faz cara de nojo e se levanta.
- Cai fora daqui, vai. O quarto é meu, ou seja, eu arrumo do jeito que eu quiser.
- Se isso é arrumação, então eu não sei o que é. - Alex sussurra pra mim e eu rio - Faz o que quiser, maninha. Mas acho que já está na hora do papai fazer uma visitinha aqui, não?
- Ai, vai embora. - o empurra pra fora do quarto e fecha a porta - Então, porque não me avisou que vinha? - se joga ao meu lado.
- A ideia surgiu na hora, e eu vim.
Mentira, eu já tinha decidido que viria desde ontem.
- Ah, ok. Mas veio só pra ficar de bobeira, fofocar...? - se senta na cama, de pernas cruzadas - Aliás, que sorvete? - me estende o pote e eu nego.
